Escutar tudo aquilo era muita informação de uma única vez, fui realmente entregue em moeda de troca para um alfa demoníaco, não ele não era assim, essa maldição que era o problema.
— Onde entro nisso tudo?
— A algum tempo procurei o xamã que sempre nos ajuda, ele me contou que com a loba certa serei liberto dessa maldição e assim vou conseguir vencer essa guerra.
— Quer dizer que você estava me caçando?
— Sim, mas não sabia quem era até te tocar, mas ele foi bem específico que seria uma loba — tento me levantar do seu colo, mas ele me segura pela cintura me mantendo no mesmo lugar.
— Eu tenho uma loba, apenas não consigo me transformar, tenho contato com Luna desde os meus treze anos, foi nesta época que os meus olhos, cabelos e pele começou a alterar…
— Ficando albinos, a sua loba deve ser assim também — ele completou minha fala e o máximo que consigo é confirmar com a cabeça.
— Mas me ter ao seu lado vai mudar o quê? Não sei lutar, sou fraca, me canso rápido e como pode ver me machuco muito fácil.
— Você precisa ser marcada — me levanto na hora do seu colo e começo a andar por onde vim, em poucos minutos ele já estava parado a minha frente — Sno isso é necessário para que ninguém desconfie, mas vou manter minha promessa de liberar o casamento.
— Não — volto a andar novamente o fazendo bufar atrás de mim, me puxando pelo braço fazendo nossos corpos se chocarem.
— Por quê?
— Não vou ser sua submissa, acha mesmo que não sei que após marcada estou eternamente ligada a você, mesmo que cancele o casamento nunca vou conseguir me afastar de você.
— É tão ruim assim?
— Não foi o combinado, você mentiu para mim.
— Eu não menti — ele me segura com mais força contra seu corpo — Já disse para não me chamar disso, é necessário, existe uma cerimônia de casamento onde você precisa mostrar a marca, não vou rejeitar você, assim não sentirá dor, eu vou libertar você, te deixar livre para ir e vir quando bem entender.
— Não posso — me solto e volto a andar, mancando mais ainda, sim, andando.
— Por quê? Me dê um motivo para não te marcar aqui e agora.
— Você só pode estar ficando louco — volto a andar.
— Volta aqui.
— Não.
— Teimosa da poha — ele me joga nas suas costas enquanto se transforma em Demon, fico paralisada com o tamanho e a beleza dele, Demon era completamente preto como a escuridão, mas seus olhos eram brancos assim como os meus.
Já em cima dele não consegui evitar, em me acomodar e passar a mão em seus pelos, escuto o seu rosnado, mas não ligo e continuo afagando seu pescoço, ele passa pelo bando que já tinha voltado a andar numa velocidade tamanha que consigo apenas acenar para Brat que estava de boca aberta, assim como os demais.
Ele correu muito e agora me pergunto por que raios ele não fez isso antes, sem pensar dou um tapa em sua cabeça o fazendo rosnar novamente para mim e quase me jogando no chão, ao me colocar em pé ele vem se aproximando como se fosse me atacar, mas não tenho medo.
— Demon, você é lindo, seu pelo é maravilhoso — ele para no lugar e agora eu que vou me aproximando — Mas meu querido pode me explicar por que não me trouxe assim antes? Me fez andar feito uma idiota?
Em resposta tive um som que saia de sua garganta, ele estava… rindo? Lobos riam nessa forma? Não faço a menor ideia, pois nunca tive contato com outros assim que não queiram me matar.
Logo vejo ele se transformando novamente em Dods sem não penso muito indo até ele dando tapas, ele apenas gargalhava, mas não era ele ainda e sim Demon, agora que bati mesmo, sei que ele nem sentia os tapas e que logo minhas mãos estariam vermelhas, mas mesmo assim ele levaria uns tapas.
— Para com isso — ele consegue segurar as minhas mãos e me vira as prendendo nas minhas costas enquanto as segura apenas com uma mão, ele vai me empurrando até uma clareira que tinha ali e ao puxar o ar com meus pulmões já sinto o cheiro de várias ervas me fazendo sorrir — Eu disse que ia entender quando chegássemos.
— Já chegamos? Não estou vendo neve e nem estou com frio — ele volta a gargalhar e como não consigo bater piso em seu pé o fazendo rosnar para mim novamente.
— Quase, falta pouco — ele me conduz até uma pedra me sentando e ficando a minha frente, mantendo minhas mãos ainda presas.
— Me solta — ele nega me fazendo suspirar e olhara para o outro lado.
— Por que recusa tanto ser marcada?
— Não posso, já tenho um amante — as palavras pulam da minha boca sem controle, que merda não consegui pensar em mais nenhuma outra desculpa que o faria me deixar livre de ser marcada.
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Atualizado até capítulo 112
Comments
Joelma Oliveira
Parece besteira mas eu a entendo. Ela passou tanto tempo presa só recebendo ordens e sendo maltratada q agora quer ser livre e dina da própria vida
2024-11-15
2
Nannda Gomess 💋🍀
🤣🤣🤣🤣
2024-11-25
0
Eli Silva Aquino
e uma fresca
2024-10-24
0