Quando vejo os raios do sol apontar na pela janela, sei que logo o meu pai iria explodir de raiva comigo novamente, durante toda a noite escutei eles discutirem e brigarem no andar de baixo.
Em nenhum momento eles discutiam sobre o meu bem-estar, ou que o poderia acontecer comigo e sim como eles vão reagir quando descobrir que não tenho a minha loba, eles estavam até planejando se mudar, mas era impossível fugir do anjo da morte.
Como estava esperando a porta é aberta agressivamente, mas nem me mexo na cama, prefiro continuar deitada, escutar todas aquelas ofensas durante a noite toda acabou com o meu psicológico, eu realmente estou acreditando agora que sou uma inútil.
— Snohaxa, olha para mim — a voz do meu pai era fria, nem parecia mais o pai que tinha na infância, chego a pensar se ele realmente existiu ou se foi apenas uma fantasia que a minha mente alimenta para me dar conforto.
— Pai — o meu irmão vem na frente e me chuta fora da cama e ao escutar o meu resmungo de dor ele começa a rir — Haaa, ela está viva ainda.
— Snohaxa, se levante que precisamos conversar antes que eu te leve — me levanto enquanto ele se aproxima.
— Vai me entregar mesmo? Agora finalmente sirvo para alguma coisa? — o meu pai chegou erguer a mão para me bater, mas parou antes de chegar ao meu rosto.
— Para de ser abusada menina, ainda sou seu pai e você me deve respeito e é exatamente sobre isso mesmo que vamos falar, então preste muita atenção para não fazer nada de errado.
Me sento na cama escutando o seu discurso de sempre que sou uma inútil para a comunidade, além de sempre precisar de proteção por ser a mais fraca, parei de ouvir quando ele me chamou de aberração pela cor dos meus cabelos e olhos, não tinha mais lágrimas, então não chorei ali na sua frente.
Como ele poderia exigir respeito, ele nunca me respeitou, essa foi a única vez que o respondi, sinceramente foi a melhor sensação, mas tenho noção que só consegui fazer isso sem apanhar, por ele estar sobre ameaça.
— Sno…
— Oi, Luna!
— Vamos sobreviver, eu te garanto.
— Sempre juntas?
— Sim, minha menina, agora confirme com a cabeça — fiz o que ela me mandou e sinto me puxarem para fora do quarto.
— O que está acontecendo Luna?
— O seu pai te fez prometer que nunca vai contar que não tem lobo, por isso pedi para você concordar, afinal você me tem, então não precisa mentir.
— Obrigada Luna, mas sei que ele falou mais coisas.
— Sim, mas foi apenas bobeiras, você não é nada do que ele fala, muito menos fará o que ele está mandando, sempre te protegi e vou continuar a fazer isso.
— Promete Luna?
— Sim, se mantenha firme minha menina, nunca vou te abandonar, agora preciso que volte, pois estamos chegando ao local da troca.
Volta à realidade olhando ao redor e percebo que ele está me olhando intensamente, o meu pai falava como a minha loba era especial e raramente era vista.
Quando ele mencionou que eu sempre fui muito bem tratada por todos, acabei rindo baixo enquanto negava com a cabeça e sinto um beliscão na minha cintura, era meu irmão que segurava firme como seu eu fosse fugir, me fazendo gemer de dor pelo seu aperto.
— Vou ficar sempre de olho em você irmãzinha, se abrir essa sua boca e arrumar confusão para nós, vou te caçar nem que seja no inferno e agora sorria para seu alfa demoníaco — ele sussurrava ao meu ouvido enquanto ainda apertava a minha cintura me deixando mais dolorida do que já estava.
— Por que está fazendo isso? — toco a sua mão na tentativa de fazer ele me soltar ou pelo menos parar de me beliscar, mas era em vão, pois a cada tentativa minha ele apertava mais ainda, fazendo algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.
— Você acha mesmo que não tenho o conhecimento que você nos dopava? — a olho espantada, jurava que nenhum deles desconfiava, o meu corpo paralisa de medo, não era pânico mesmo deixando a minha respiração alterada — Eu sempre soube, mas ia na sua, pois sabia que cedo ou tarde você iria receber o seu castigo…
— O papo está bom pelo jeito — Brat se aproxima estendendo a mão, não preciso pensar duas vezes e pego a sua mão indo com ele até o seu líder, para me livrar do aperto do meu irmão eu topava qualquer coisa.
— Você está bem? O que ele te disse?
— Deixa para lá — a minha respiração estava acelerada ainda e ele me olhava apreensivo, ao chegar perto do alfa sinto o seu olhar sobre mim, era frio e distante, nada parecido com aquele cara que conheci antes.
— Acordo feito, aí está ela, posso me despedir? — ergo o meu olhar em desespero para ele e nego sutilmente com a cabeça, já bastava tudo o que o meu irmão tinha me falado e de tudo que ele já me xingou essa madrugada.
— Se chegar perto dela novamente, eu esqueço esse acordo, isso vale para seus filhos também, então sugiro ficarem bem longe — sinto as suas mãos na minha cintura e por pouco as minhas pernas não amolecem.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 112
Comments
Margarete Borges
caramba p q não matou toda família bando de miseráveis.🤬
2025-01-28
0
Ameles
só acho que ele podia ter matado toda a família dela
2024-12-12
0
Valdenise Nunes
concordo Aff
2025-03-24
0