Capítulo 19

Thiago Narrando.

Não costumo ir a festas, odeio aglomeração e lugares cheios, sou o tipo de desgraçado que prefere estar cercado de sua própria escuridão que sentado a mesa rodeado de falsidade e soberba.

— Senhor Berdinazze.

Leon um dos meus sócios me cumprimenta de forma amigável, faz o mesmo com Guilhermo que praticamente tive que arrastar até essa recepção comigo.

— É um prazer recebê-lo, por favor entrem, aceitam um drink?

Assinto que sim pegando da bandeja de um dos garçons um copo com whisky.

— Meu filho e a noiva já devem estar descendo, ele foi buscá-la está terminando de se arrumar.

Tento me manter o mínimo interessado no que ele diz mais é inútil, Eleonor e minha filha estão ocupando completamente minha mente nesse momento.

— Fiquem a vontade.

Se junta a um outro grupo de convidados enquanto Guilhermo me encara entediado.

— Me diga como conseguiu me enfiar nessa roubada?

Resmunga.

— Vou dar o fora.

— Não, você não vai, vai ficar e dividir comigo todas as chateação dessa droga de jantar.

Ele revira os olhos, se serve de uma bebida quando Leon chama a atenção de todos batendo em um taça.

— Senhores, é um prazer recebê-los em minha casa, como sabem esse é o jantar de noivado do meu filho Breno, é um rapaz adorável que tem enchido meu coração de orgulho, e trazer essa jóia.

Aponta para uma jovem loira que pela aglomeração de pessoas próximas ao casal custo a notar de quem se trata.

— Alicia Lucarelli para o seio de nossa família só me faz ter ainda mais certeza de que acertei em sua criação, Alicia seja bem vinda querida é uma filha para nós.

Guilhermo está pálido, não precisa dizer uma unica palavra para que eu perceba o tamanho do tombo que acaba de levar, da um passo em direção a eles mais o seguro forte.

— Não adianta, respire fundo ou vai estragar o noivado dela e isso só a deixará com mais ódio.

Ele me encara furioso.

— É mesmo? então é bom fazer uso dos seus ensinamentos irmãozinho, aquela que acaba de entrar de braços dados com o Mackenzie não é sua querida Eleonor?

Puxa o braço com força sumindo na multidão, minha cabeça gira em 360 graus, demoro para conseguir colocar no lugar meu raciocínio que foi para os ares, ela está lindíssima em um belo vestido de festas e o babaca do Mackenzie está agarrado nela como a porra de um parasita, caminho até os dois completamente cego.

— Senhor Berdinazze.

Ele sorri com a cara de idiota de sempre.

— Uma feliz coincidência nos encontramos duas vezes em um unico dia.

— Também acho.

— Querida, aceita um drink?

Ele a chamou de querida? meu sangue ferve, Leonor sorri, o sorriso que acelera meu coração e o quebra em pedaços com a mesma facilidade.

— Sim por favor.

— Vou buscar.

Nos deixa a sós quando a confronto.

— Achei que não bebesse.

— Achou errado.

Revira os olhos.

— Está saindo com esse babaca?

— Isso não é da sua conta.

Tenta sair mais eu a agarro pela mão.

— Thiago, me larga o que pensa que está fazendo?

Resmunga baixo enquanto a puxo para o jardim, ouço o silêncio do lugar nos envolver, minha cabeça ainda parece girar de ódio e ciúmes.

— Não a quero com o Mackenzie.

— Quem pensa que é para querer alguma coisa?

— Sou,sou o pai da sua filha.

Digo a primeira coisa que vem a cabeça mesmo sabendo que não faz o menor sentido.

— Sim, o pai da Ariel não meu, não é meu dono.

— Não vai ficar por aí se engraçando com aquele desgraçado.

Rosno perto de sua face e ela sorri em deboche.

— Sim eu vou, vou me engraçar, me esfregar e transar com quem eu quiser Thiago, não sou a infeliz ingênua e inocente que você desgraçou, que seduziu e abandou, se eu me entregar a alguém não será mais acreditado na porcaria de um conto de fadas, no amor verdadeiro que você me jurou que existia, tenho necessidades e vou satisfaze-las quando e como eu quiser.

— Não pode estar falando sério, minha Leonor jamais faria isso.

— Sua Leonor?

Gargalha furiosa.

— A sua maldita Leonor está morta.

Me dá as costas mais eu a puxo, a seguro firme a beijando com fúria, perdi definitivamente minha sanidade, jamais imaginei que estaria assim, completamente de quatro por ela.

— Me larga Thiago.

Ela me empurra forte, se afasta e me estapeia.

— Bata, bata o quanto quiser, não vai, você é minha Eleonor, não pode ter esquecido tudo o que vivemos, de quando esteve em meus braços, de quando a fiz minha.

— Isso é passado.

— Não pode ficar com aquele infeliz, eu o mato Leonor, mato ele se encostar em você.

A seguro novamente dessa vez invadindo sua boca,minha língua pede passagem mais ela nega, insisto e quando sua boca se abre seus dentes cravam em meu lábio com força ao ponto de sentir o sangue invadir nosso beijo.

— Está louco.

— Sim, louco, louco por você, louco em pensar que pode ser de outro.

— É tarde para isso.

— Eleonor.

A sigo aos gritos mais ela não me olha.

— Algum problema?

Mackenzie se dirige a ela, está segurando uma taça de champanhe que ela pega de sua mão tomando um gole.

— Fique fora disso.

A pego pelo braço agora indo para fora.

— Largue a senhora Giordano.

Ouço pela última vez antes de soca-lo com tanta força que ele tomba, subo sobre seu corpo, revezo meus punhos em ritmo sincronizado batendo e batendo, estou completamente cego.

— Thiago, para vai mata-lo.

Eleonor grita alto, posso sentir a pressão sobre meus braços, Breno e Guilhermo tentam me arrancar de cima dele.

— Thiago, já chega.

Arrastam Mackenzie ao não obterem sucesso comigo.

— Tem que sair daqui.

Leon diz agitado.

— Não vou, não sem ela.

Grito para Eleonor que me olha com o rosto molhado de lágrimas.

— Vai ser preso porra, fodeu o Mackenzie de porrada.

Guilhermo grita na minha cara.

— Que se dane, não vou a lugar algum sem ela, que me levem preso, que me levem para o inferno mais ela não fica, não aqui com ele.

Guilhermo leva as mãos a cabeça, os convidados ainda estão tentando raspar do chão o que sobrou do Mackenzie, me sento no meio fio.

— Porque não me ouve? vai ser preso em flagrante seu filho da puta.

Tiro a camisa enrolando em meu punho que está uma merda quando ela para diante de mim, a encaro vendo em seu rosto uma mistura de desprezo e mágoa.

— Nem por um instante pense que estou fazendo isso por sua causa, se levante desse chão, eu irei contigo, não vou deixar que estrague ainda mais o jantar de noivado da Alicia.

Caminha em direção ao enfileirado de carros, abro a porta do meu esporte e ela entra, os braços estão cruzados frente ao corpo.

— Eu odeio você, eu odeio tanto você.

Ela me encara furiosa e meu coração se quebra.

— Não é recíproco anjo, ódio é o único sentimento que jamais terá de mim, acredite eu sei, já tentei odia-la uma vez.

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Comments

Joelma Portela

Joelma Portela

euvtrnho certeza que tudo isso que a Leonor falou foi da boca pra fora , ela continua amando o Thiago,mas o orgulho no momento está falando mais alto

2024-04-12

1

Joelma Portela

Joelma Portela

eita que os ciúmentos vão ter que se segurar kkkkkkk

2024-04-12

0

Nil

Nil

Eu estou amando 🥰🥰🥰

2024-03-25

0

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