10 anos antes…
Quando a filial que seu pai trabalha completou 5 anos, a empresa resolveu fazer uma festa para comemorar.
Ana Clara acordou com um sentimento ruim e não quis ir nessa festa. Sua mãe insistiu muito, mas ela estava tão mal, que até vomitou.
Porém ela não quis prejudicar a noite dos pais, e por já ter seus 15 anos, decidiu ficar em casa conversando com seus amigos de escola pelo grupo do WhatsApp.
Eliana não queria deixar sua filha em casa sozinha, ainda mais passando mal, mas por insistência de José e da própria filha, ela foi.
Ela avisou que a geladeira estava recheada de coisas gostosas que trouxe da cafeteria, que atualmente é gerente, e avisa que se passar mal novamente é para ligar que eles voltam imediatamente.
Ana clara tanquiliza a mãe e pede que ela se divirta bastante, pois ela merece.
Antes de sair, os pais de Ana Clara vão até o quarto dela e lhe dão um beijo de boa noite e se despedem com um “Eu te amo” e saem.
Ao ouvir o barulho do carro, Ana Clara vai até a janela do quarto e o ver saindo. Ela sente um aperto no peito e segura o pingente de coração que foi dado pelos seus amigos do Morro.
Ela deita novamente e para destrair a mente ela conversa com seus amigos da escola.
Ana Clara acaba dormindo com a tela do celular acesa, mas durante a madrugada ela recebe uma ligação do número do seu pai.
Clara: Pai?? Tá tudo bem? Já chegou?
Homem: Olá, aqui é o ***, eu achei esse telefone caído perto do carro.
Clara: caído perto do carro? Cadê o meu pai e a minha mãe? Quem é você?
Homem: Calma… Houve um acidente agora mesmo na estrada, o carro capotou algumas vezes e o casal que estava dentro está sendo levado agora mesmo para o Hospital Central.
Clara: Não não não não não.. não pode ser.. meus pais morreram!! Não pode ser verdade.
Homem: Olha, eu não sei se eles morreram, mas estão indo pro hospital, se você puder ir até lá.
Clara: Sim sim. Eu vou. Obrigada por avisar.
Clara joga o telefone na cama e vai se trocar. Ela pega o telefone novamente e liga para sua tia, mas ela não atende.
Ana Clara então sai correndo de casa e vai até a casa da sua amiga de escola Ayla.
Os pais de Ayla acordam assustados e vão ver o que houve. Ana Clara pede que a levem para o hospital, pois essa hora não conseguirá táxi e explica o que houve com seus pais
Rapidamente eles se trocam e a levam. Ayla vai junto na tentativa de consolar sua amiga.
Eles chegam no hospital, Ana Clara corre antes mesmo do carro parar. Ela entra com tudo chamando pelos pais. Um homem que está sentado numa cadeira vai até ela.
Homem: Oi, você é a Ana Clara?
Clara: Sim, sou eu.
Homem: Foi eu quem te ligou. Eu que chamei a ambulância pros seus pais.
Clara: Obrigada. Você Já tem alguma notícia deles? -pergunta chorando
Homem: Ainda não. Mas o melhor a fazer agora é esperar um médico.
Ele a leva até a cadeira e pega água para ela. Sua amiga Ayla entra acompanhada de seus pais e vai até ela.
O homem explica tudo que houve pro pai da Ayla e eles entendem a gravidade do acidente.
Quase duas horas depois um médico vem até a recepção.
Médico: Família do Sr e Sra Aguiar?
Clara: Eu.. eu sou filha deles. Onde estão os meus pais? -fala desesperada
Médico: Me perdoe, mas fizemos tudo que podíamos. -fala triste
Clara: não não não não não, não pode ser. É brincadeira, né? É mais uma das brincadeiras chatas do meu pai. Tenho certeza.
Ela rir de nervoso e sai correndo pelo corredor do hospital, ela abre porta por porta até encontrá-los. E ela os encontra.
Os enfermeiros estavam limpando os ferimentos de seus pais, tirando as máscaras de oxigênio e desligando as máquinas.
Clara: Não… não desliguem isso -vai até os enfermeiros-
Eles precisam disso para viver. Não tirem nada, deixa aqui -coloca a máscara na sua mãe.
Médico: Menina, não tem mais o que fazer… eles se foram.
As palavras do médico invadiram seu coração como uma porrada. Ela caiu ajoelhada perto da cama de seu pai é só então sua ficha caiu…
Clara: NAAAAAOOOOOOO!!! Grita chorando
Ayla corre até sua amiga e abraça. Ela tenta de todas as formas consolar Ana Clara que só sabe chorar e repetir a palavra “não”.
O médico não ver outro jeito a não ser aplicar um calmante nela. Ele olha para um dos enfermeiros da sala é só com o olhar o homem sabe o que fazer.
O enfermeiros aplica a injeção no braço de Ana Clara e ela se debate não querendo dormir. Mas é tarde, já fez efeito.
O médico e o enfermeiro colocam ela numa maca e os pais de Ayla ligam para Jane pelo celular da Clara, que só atende a ligação depois da quinta vez.
O pai da Ayla conta por alto o que aconteceu e Jane sai correndo pro Hospital encontrar sua única sobrinha.
Ao saber de tudo que aconteceu, Jane fica desolada. José era seu único irmão e agora ela só terá Ana Clara de família.
Quando acordou Ana Clara se deu conta de onde estava e lembrou do que aconteceu na madrugada. Ela chorou alto, chamando a atenção de Jane, que correu até ela e abraçou:
Jane: Calma meu amor, vai passar. Essa dor vai passar. -a abraça
Clara: Eles não podem me deixar, tia. Eu não quero ficar sozinha.
Jane: Você nunca estará sozinha. Eu sempre estarei contigo. E pode ficar tranquila que eu cuidarei de tudo.
Ana Clara só sabia chorar.
O laudo médico acusou um grau elevado de álcool no organismo do José, e provavelmente ele dormiu no volante, fazendo assim perder o controle do carro, bater em uma árvore e sair capotando pela pista. Infelizmente os dois morreram não só pela imprudência ao volante, mas por tmb não estarem com seus cintos de segurança.
O enterro foi dois dias depois da morte dos pais de Ana Clara. Ela não tinha mais forças para seguir em frente. E antes mesmo do enterro encerrar, ela desmaiou e foi levada às pressas para o hospital.
Sua tia passou um tempo na casa de Ana Clara para ter certeza que ela ficaria bem, mas com alguns dias ela precisou voltar a trabalhar, e só ia lá 1x ao dia.
E mesmo dizendo que estava melhor, cada dia ela estava mais magra e com cara de doente.
Com um mês pós morte dos pais, Ana Clara foi diagnosticada com anemia profunda por não se alimentar adequadamente. Foi então que sua tia a levou para sua casa para cuidar melhor da sua sobrinha.
Ela passou o resto do ano sem ir à escola. Ayla sempre levava as matérias para ela, mas ela mal pegava no caderno e no lápis.
Foi então que Jane a colocou para fazer terapia. Pois ela já temia pela vida da sobrinha.
Com as terapias, ela foi diagnosticada com Depress@o e ansiedade. Mas fazendo as seções regulamente, seu quadro começou a mudar. Ela voltou a sorrir, mesmo que por um instante. Ayla sempre ia na casa da Jane e levava para sair… cinema, sorveterias, parques de diversões, circos e mais o que tivesse para fazer.
A sua amizade e lealdade foi essencial para sua recuperação. Ela voltou pra escola já com 16 anos, e por sorte não repetiu de série pq os diretores e professores entenderam o caso dela e seria injusto ela perder o ano por falta, sendo ela uma das melhores da classe.
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Atualizado até capítulo 125
Comments
Sirlene Soares
começando a lê hoje 06/03/25
2025-03-07
0
Bezerra Silvaa
13/3/25
2025-03-13
0
Lourdes Morais
07/03/2025
2025-03-08
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