Capítulo 05

Na manhã seguinte Kate está sentada numa mesa no pátio estudando, quando um garoto se aproxima entregando a ela um refrigerante dizendo:

— Bom dia! Trouxe um presente para essa garota tão linda.

Kate: - Nossa, quanta gentileza, obrigada.

O garoto entrega e se retira, deixando Kate encantada com a gentileza do rapaz.

Kate vai diretamente abrindo o refrigerante quando o mesmo espirra para todo lado, sujando toda roupa, cabelo e o trabalho de Kate.

Ao redor todos riem do acontecido, mas Kate ouve uma gargalhada mais forte se aproximando, Rilary senta a sua frente.

Rilary: - Nossa gata que bagunça você fez. — Diz sem parar de rir.

Kate olha revoltada para Rilary e sai com raiva em direção ao banheiro.

Devon chega junto a Rilary que não para de rir.

Devon: — Qual a graça, porque esta rindo tanto?

Rilary: Aquela patricinha tomou um banho de refrigerante que mandei de presente para ela e correu para o banheiro — Diz ainda sem parar de rir.

Devon olha sobre a mesa e percebe o trabalho deles todo lambuzado de refrigerante.

Devon: — Você é louca Rilary, esse trabalho também é meu. — diz pegando o trabalho e indo em direção ao banheiro atrás de Kate, fazendo com que Rilary feche o seu sorriso na mesma hora.

Ao chegar ao banheiro ele da de cara com Kate saindo se secando.

Devon: — Ei, desculpe a Rilary, ela não bate bem da cabeça, vou dar um jeito no nosso trabalho.

Kate: — Ah então quer dizer que o presentinho veio daquela gorila, ótimo, mas não precisa se preocupar com NOSSO trabalho.

Kate puxa o trabalho da mão de Devon e sai em direção à mesa onde estão os seus materiais, e Rilary continua lá. Ao ver Kate aproximando-se começa a rir de novo.

Rilary: - Nossa princesa desculpe, não sabia que o meu presentinho estava com defeito.

Kate ignora totalmente a garota enquanto recolhe as suas coisas e se dirige para sua sala, com os cabelos molhados e a roupa manchada.

Devon volta até Rilary com uma cara de raiva.

Rilary: — Desculpe amor, eu não sabia que ia molhar o trabalho.

Devon: — Da próxima vez pensa antes de fazer essas burrices.

Ele pega as suas coisas e se dirige a sua sala, chegando à porta junto com Kate, que ao entrar na sala ouve risinhos e sente os olhares dos colegas para sua roupa clara toda manchada de refrigerante.

Ela segue até a sua carteira e se senta, se sentindo envergonhada.

Ele entra logo atrás, se sentindo mal pelo que Rilary havia feito.

Ao fim da aula Devon tenta se aproximar para se desculpar com Kate, mas a garota sai com tanta pressa que ele não a alcança.

Kate chega em casa e vai até o seu quarto para recuperar o seu trabalho.

Mais tarde a campainha da casa de Kate toca.

Ao abrir a porta a Sra Webster se depara com um garoto todo vestido de preto, e cheio de tatuagens.

Devon: — Boa tarde senhora, a Kate está?

Sra Webster: — Boa tarde querido, ela está sim. Me desculpe, as minhas mãos estão cheias de terra, pois estou plantando umas plantinhas no jardim do fundo. — Diz ela toda educada e amorosa. — Você pode subir, ela está no quarto, suba as escadas, vire a direita o quarto dela é na segunda porta, bata e pode entrar, ela está estudando.

Devon sobe as escadas meio sem jeito, enquanto a mãe de Kate volta a seus afazeres, ele chega à porta que esta entreaberta, e a vê sentada na mesa de computador, com os seus longos cabelos amarrado. Ele bate de leve na porta e pede licença.

Kate se vira assustada e ao ver Devon fica mais assustada ainda.

Kate: — O que você esta fazendo aqui?

Devon: — Oi! Me senti mal pelo que Rilary fez e te trouxe isso. — ele estende em suas mãos uma pasta.

Kate: — O que é isso? — Pega a pasta abrindo.

É uma planta do trabalho que ela havia perdido. Uma planta extremamente profissional e bem feita. Kate fica impressionada com o trabalho de Devon, mas não dá o braço a torcer.

Kate: — Obrigada, mas não precisava se incomodar.

Devon: — Esse trabalho também é meu, e resolvi ajudar.

Kate: — Ah! Agora quer me ajudar? Você é bem conveniente.

Devon: — Olha só, eu vim até aqui trazer o trabalho que você perdeu, já entreguei e já vou embora.

Kate: — Eu perdi não, sua namorada estragou. Mas pode ir mesmo. Agradeço pelo gesto, agora vai. — empurra-o de leve para fora do quarto dela e bate a porta.

Ele fica parado por alguns segundos olhando para a porta que acabara de bater na sua cara, faz um gesto negativo com a cabeça e desce até a saída.

Devon em voz alta: — Tchau Sra Webster, obrigada por me receber.

Sra Webster: — Tchau querido, os amigos de Kate são sempre muito bem vindos aqui. – Grita la do fundo.

“Amigos de Kate, aham.” Pensa Devon saindo pela porta.

Kate olha impressionada para o trabalho de Devon.

Kate fala sozinha: — Mas é claro né, com certeza ele deve ter corrido pro papai fazer para ele.

Kate fica o resto da tarde estudando, quando a sua mãe bate à porta e entra em seu quarto.

Sra Webster: Filha, querida, vamos jantar na casa da sua tia Emma.

Kate: - Nossa mãe, ela mora do outro lado da cidade, é muito longe.

Sra Webster: — Querida eu prometi que iríamos, então nós vamos.

Kate: — Esta bem, fazer o quê? Vou me arrumar e já vamos.

As duas chegam à casa da tia Emma.

Tia Emma: — Olá queridas que bom que vieram, sei que prometi um jantar para vocês, mas minha pia resolveu entupir e não pude fazer o jantar, que tal irmos jantar numa pizzaria aqui pertinho?

Sra Webster: — Acho ótimo Emma, vamos.

As três chegam à pizzaria e escolhem uma mesa. O garçom chega por trás de Kate dizendo:

— Qual o pedido de vocês?

Kate reconhece aquela voz imediatamente e ao se virar dá de cara com Devon, vestido com uma roupa diferente da usual.

Ele se assusta ao ver Kate e sai em direção à cozinha.

Devon: — Com licença senhoras, eu volto logo.

Passados alguns minutos Kate observa pela janela Devon entrando em seu carro e indo embora.

Ela fica pensativa sem entender, como um cara com tanto dinheiro precisa trabalhar numa pizzaria, ainda mais num lugar tão longe de onde eles moram.

Sra Webster: — Kate querida, esse moço não é seu amigo que foi em casa hoje à tarde?

Mas Kate esta com o seu pensamento longe.

— Kate? — Chama sua mãe.

Kate: — Oi mãe, sim, desculpe, é ele mesmo. — Continua pensativa.

As três jantam e vão para casa.

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