capítulo 6

#REBECA#

Dei as minhas primeiras aulas, na parte da manhã teria duas turmas, mais três a tarde e uma a noite para as mulheres.

Ao meio-dia, o Guilherme veio me buscar, pegamos a Juliana na escola, e fomos para casa almoçar.

Depois a Paula falou que iria me levar de volta, pois queria falar comigo.

PAULA - Então, vai me ajudar?

REBECA - Claro, até te empresto a roupa.

PAULA - Obrigado.

REBECA - Posso perguntar?

PAULA - Respondendo a sua pergunta, eu sou, como eu disse antes, eu sempre fui apaixonada por ele, então, quis me guardar para ele.

REBECA - Que romântica.

PAULA - Agora, eu posso perguntar uma coisa?

REBECA - A vontade.

PAULA - O que acha do meu irmão? Eu vi que ele tem demonstrado interesse em você.

REBECA - Ele é bonito, em outros tempos, seria o tipo de homem que eu ficaria, mas...

PAULA - Eu sei, mais isso já faz anos, deveria começar a se abrir novamente a um relacionamento.

REBECA - Tem também a Juliana, ele não vai aceitar criar a filha de outro.

PAULA - Tenho certeza de que vai.- Disse sorrindo.

REBECA - Porque tem tanta certeza?

PAULA - Porque foi isso que o meu pai fez.- Disse, mais eu não entendi de primeira.- Antes de conhecer o meu pai, a minha mãe estava em um relacionamento abusivo, o infeliz batia na namorada e no filho de seis anos.

Ela fugiu dele e veio morar aqui, onde conheceu o meu pai, eles se apaixonaram, se casaram e o meu pai assumiu o Guilherme, o criou como filho dele.

REBECA - Eu não sabia.

PAULA - Ele não gosta de falar do pai biológico.

REBECA - Entendo, as vezes a família é difícil

PAULA - A quanto tempo não vê a sua?

REBECA - os meus primos três anos, quatro meses e cinco dias, já meus pais, já faz muito tempo.

PAULA - Tem medo?

REBECA - Da minha família? Não, mais tenho medo do que pode vir com ela.

Fomos o resto do caminho em silêncio, logo ela me deixou na associação e foi trabalhar.

Terminei o resto das minhas aulas, por volta das 16h, iria dar tempo para eu descansar um pouco.

Quando estava a arrumar as minhas coisas para ir embora, uma mulher loira apareceu na sala e perguntou.

MULHER - Deve ser a nova professora de dança?- A sua voz era bem simpática.

REBECA - Sim.

MULHER - Prazer Andreia.- Disse estendendo a mão.- Futura fiel do Soberano.- Canalha, ele tem namorada e fica dando em cima de mim.

ANDREIA

REBECA - Você é namorada do Guilherme?

ANDREIA - Porque você chama ele de Guilherme.- Ela pareceu curiosa e talvez, com um pouco de raiva.

REBECA - Ele pediu que eu o chamasse assim.

ANDREIA - Como conheceu?- Perguntou bem rude.

REBECA - Eu sou amiga da Paula, e estou morando de favor na casa dela, com a minha filha.

ANDREIA - Sei.- Senti um cinismo na sua voz.

REBECA - Com licença, preciso ir.

Sai de lá, o mais rápido que consegui, quando estava na rua encontrei o Orelha, que me ofereceu uma carona de moto, e como estava cansada aceitei.

Cheguei em casa, tomei um banho, comi um lance, que a dona Vera fez para mim, depois me deitei e dormi.

Quando deu 18h, a Paula me acordou, para eu para a minha aula noturna.

Troquei de roupa, comi uma fruta, dei um beijo na minha princesa e fui.

Guilherme estava-me esperando no lado de fora, sabia que não iria adiantar discutir, entrei no carro e fomos conversando.

REBECA - Conheci a sua namorada.

GUILHERME - Namorada?- Me olhou confuso.

REBECA - Uma tal de Andreia, disse que era a sua futura fiel, não entendi direito.

GUILHERME - Ela te disse isso?- Perguntou parecendo meio bravo.

REBECA - Sim, e para todos na associação.

Guilherme fechou a cara, e não disse nada até chegarmos na associação. Quando estava saindo do carro, ele segurou a minha mão gentilmente e disse.

GUILHERME - Ela não é nada minha.

REBECA - Isso não é da minha conta, mais da forma que ela falou, é claro que vocês tem algo, então peço que não se aproxime de mim, não quero problemas com ninguém.

Ele me soltou e eu fui trabalhar, já tinha certeza de quinze alunas na primeira aula.

#SOBERANO#

Desgraçada, por causa daquela p@ta, a Rebeca pensa que eu sou um cafajeste, mais a Andreia me paga.

Fui para o QG, e mandei um dos vapor chamar a piranha para mim. O meu maior erro foi ter comido aquela maluca.

Alguns minutos depois,a vaca vem em minha direção, com uma roupa minúscula e disse, tentando me abraçar.

ANDREIA - Oi lindo, estava com saudades?

SOBERANO - Quem você pensa que é, para falar que é a minha fiel?- Gritei.

ANDREIA - Eu achei...

SOBERANO - Achou errado, eu nunca assumiria uma puta com você.

ANDREIA - Nos estamos juntos a dois meses, então, achei que o baile, era para assumirmos o nosso relacionamento.

SOBERANO - Eu vou te explicar uma vez, você nunca foi e nunca será nada minha, você que quis abrir as pernas, te comi algumas vezes e não gostei, você foi um passatempo.

ANDREIA - Achei que você gostava de mim.- Disse chorando.

SOBERANO - Gosto, mais nunca te amaria, então não se aproxime de mim.

ANDREIA - É por causa daquela dançaria?

SOBERANO - Sim, ela será a nova dona do morro.

Vi fúria em seus olhos, mais eu não tinha nada a esconder, nunca prometi nada a Andreia, e não estava fazendo nada errado.

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