Ela Também é Minha Filha!

Elijah leva Yelena com ele para sua sala deixando Yarin nervosa e aflita. O que torna tudo pior é o fato dele entrar e trancar a porta não deixando Yarin e Elliot entrarem junto e ela se desespera batendo na porta.

— Abre essa porta, seu lunático!! Me entrega a minha filha!!

— Ei... Fique calma! Elijah não vai sequestrar a menina... Ele só quer um momento a sós com ela! — Elliot tenta tranquilizar Yarin que fala para ele;

— Seu irmão e você tem a beleza e a alma de Lúcifer! Eu nunca vou confiar em vocês com a minha filha!

— Você está agindo como se fossemos sequestrar a pequena... Estamos no último andar, para onde pensa que meu irmão vai levar a própria filha?

— Ele deixou bem claro para mim que vai tirar minha filha de mim!

— Yarin, você ainda não percebeu?

— O que eu teria para perceber, Elliot? Não está vendo que eu estou um caos?

— Elijah gosta de te provocar! Ele gosta do jeito que você reage a ele... De mais corda e vocês vão acabar enrolados!

Enquanto os dois estão do lado de fora da sala, dentro da mesma Elijah olha para Yelena encantado. Tentando captar com o olhar cada detalhe da pequena Yelena.

— Tio, parece que vai chorar. Não chore, minha mamãe disse que Deus fica triste quando uma pessoa boa chora.

— E você me considera uma pessoa boa?

— Sim! Você deixou a minha mamãe trabalhar aqui, então é uma pessoa boa!

Yelena fala enquanto passa as pequenas mãos nos olhos de Elijah que se senta em sua cadeira com a pequena em seu colo.

— Eu sou seu pai, Yelena. Como se sente em saber disso?

A pequena olha para o pai e jogando a cabeça para o lado fala curiosa;

— Minha mamãe falou que iria procurar o meu papai... Mas ela não disse que era você!

— Você gostaria de ouvir sua mãe dizer isso para você? Se sentirá mais confortável assim?

Yelena afirma com a cabeça e Elijah a coloca de pé e caminha lentamente até a porta. Assim que ele a abre Yarin entra feito um furacão e vai direto em sua filha a pegando em seus braços e apertando ali.

— Mamãe, seu abraço dói... Solta só um pouquinho!

— Está machucando minha filha, Yarin! Solte-a!

— Ela é minha filha, Elijah! Minha!

— Ela é filha dos dois! Não falem assim na frente dela, vão assustar a menina! Se comportem como dois adultos!

Eles se olham e Yarin se senta no sofá com a sua filha. Yelena olha para a mãe e pergunta;

— Mamãe, o tio de gravata cinza é meu papai?

Yarin sente um nó na garganta, mas é obrigada a falar a verdade para a filha.

— Meu raio de sol, vai chegar um papel que vai confirmar se essa loucura é verdade, mas... Tudo indica que sim.

Yelena olha para a mãe e depois para o pai e dá um sorriso fofo para ambos. Elliot se impressiona ao ver o irmão corresponder ao sorriso da filha sorrindo também.

— Minha pequena jóia azul, quer ir tomar um sorvete com o tio na sorveteria que tem aqui enfrente?

— O quê? Você também quer afastar a minha filha de mim, Elliot? — Yarin pergunta nervosa e Elliot responde;

— Vou apenas levar a minha sobrinha para tomar sorvete enquanto os pais dela que são dois adultos responsáveis vão conversar e combinar o que precisa ser combinado.

— Meu irmão, acho bom cuidar bem da minha filha! — Elijah fala e Yarin rebate dizendo;

— Ela é minha filha!

Elliot sai da sala na hora em que percebe que o irmão vai dizer algo em voz alta.

— Ela também é minha filha, Yarin! Meu Deus! Que mulher infantil!

— Infantil é você, seu babaca!

Ambos respiram fundo nesse momento, eles sabem que não adianta brigar. A Yelena é mais importante nesse momento, então Yarin pergunta;

— Como vamos fazer isso?

— Simples, vou pedir ao meu advogado para atualizar a certidão de nascimento da Yelena acrescentando o meu sobrenome. Depois quero ficar com ela por pelo menos quinze dias, para conhecê-la melhor.

— Quinze dias? Só se forem nos seus sonhos!

— Por que nos meus sonhos?

— Não vou ficar longe da minha filha por quinze dias! Me recuso!

— EU FIQUEI SEIS ANOS!!

Elijah acaba se exaltando com Yarin e se descontrola ao gritar com ela e depois disso o silêncio preenche a enorme sala com janelas enormes de vidro.

— É... Diferente. — Yarin fala quebrando o silêncio.

— Diferente? Diferente por que?

— Porque você não sabia da existência dela, você não sabia que era pai dela... Eu não sabia que você era pai dela.

— Mas tenho certeza que quando viu a semelhança entre nós teve sua resposta, mas ainda assim escondeu de mim.

— Tenho medo... De perdê-la para você!

— Não pode evitar o inevitável, Yarin! Yelena é minha filha e você querendo ou não terá que deixá-la ficar comigo.

Yarin se sente impotente, ela sabe que ele tem razão, assim como sabe que está sendo egoísta ao pensar em fugir com sua filha.

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