Lindo & Cafajeste.

Yarin não dormiu essa noite e não foi só por causa da dor no corpo por ser atropelada por Elijah, mas porque não sabe o que fazer com relação a sua filha e o provável pai dela.

Yarin sabe que se for sincera com os dois chefes eles podem interpreta-la mal e demiti-la. Ela também pensou na mãe que está cada dia mais doente e precisando de medicações e alimentação adequada.

Pensou na sua filha e em tudo o que ela precisa para ser uma criança saudável. Pensou em como manter a casa se por um acaso perdesse o emprego... Sua mente a deixou completamente desnorteada.

— Yarin? Amiga, você está bem? — Ingrid estala os dedos na frente do rosto da amiga.

— Ingrid? Ah, oi... Desculpa, não tive uma noite muito boa de sono.

— Sua manhã também não será muito boa... A tia está queimando de febre! E eu preciso ir para o trabalho. Queria poder te ajudar, mas não vai dar.

— Isso é sério? Meu Deus, estou toda dolorida não vai ser fácil levar a mamãe no hospital estando assim. Yelena já foi para a escola?

— Sim, a vizinha a levou já que iria levar a filha. Mas se quiser posso faltar hoje e invento uma desculpa qualquer.

— Não precisa... Vou dar meu jeito. Obrigada, amiga.

Ingrid se arruma e vai para o trabalho enquanto Yarin se cuida para levar a mãe ao médico. Ao chegar no hospital eles a deixam em uma sala de espera e diz que a mãe dela precisa fazer alguns exames.

Yarin já começa a calcular quanto essa ida no hospital irá custar e se tem esse valor na conta. Ela está distraída mexendo em sua conta bancária e falando sozinha;

— Como vou pagar a conta do hospital sem dever o meu cartão? O dinheiro que está aqui é para pagar a fatura que vence daqui há dois dias. Isso não está acontecendo!

— Posso ser o seu milagre, linda. — Elliot surpreende Yarin falando ao pé do seu ouvido.

— Merda!! Por que fez isso?

— Calma, linda. Não estou acostumado com esse tipo de reação... Eu costumo fazer as mulheres terem outra sensação. A propósito, seu perfume me lembra algo que me faz sonhar todas as noites.

— Mas o quê? — Yarin fala sem entender até que o médico fala próximo a ela.

— Familiar da paciente Yasmin Hawker?

— Sou eu! — Yarin se levanta e vai até o médico e o mesmo diz;

— Sua mãe precisa ficar aqui! Descobrimos quatro tipos de infecções diferentes nela e também percebi que o quadro de depressão dela não melhorou.

— Doutor, quantos dias minha mãe terá que ficar aqui? — Yarin pergunta apreensiva.

— Sinto muito, senhorita Hawker. Mas sua mãe não tem previsão de alta.

— Füdeü! — Yarin diz um palavrão e depois coloca a mão na boca.

— Sua mãe está passando por alguns procedimentos importantes. Em uma hora alguém virá para levá-la até ela.

Yarin fica ali e começa a andar de um lado para o outro. Ela tenta pensar em algo que possa fazer para conseguir o dinheiro para que sua mãe fique no hospital tranquilamente.

— Acho que deve estar preocupada com a conta do hospital, não é linda?

— Aí... Mas que merda... Você ainda está aí?

— Sim, estou aqui porque um amigo foi burro o suficiente para comer algo que ele era alérgico. Amigos... Não dá para viver sem.

— Senhor Novak, eu estou querendo ficar sozinha agora, por favor. Não estou querendo ser rude, mas tenho muito o que pensar.

— Você realmente vai recusar minha ajuda?

— Senhor Novak, um homem nunca faz algo por uma mulher sem algum tipo de interesse obscuro ou sexual por trás desse favor! Então, minha resposta para o senhor é, não precisa!

— Orgulhosa demais para alguém em sua situação... Yarin Hawker.

— Como você sabe... Deixa para lá. Até mais senhor Novak!

— Espera! Não precisa sair assim, eu só quero ajudar você!

— Por que? Pelos meus belos olhos castanhos claro?

— Porque você parece uma pessoa boa... Olha, não costumo ser legal com ninguém! Mas com você eu quero ser, só aceita vai.

— Senhor Novak, eu... — Elliot interrompe Yarin e fala;

— Elliot, Yarin. Me chame de Elliot.

— Desculpa... Mas você é meu chefe! Não dá para chamar pelo seu nome assim como se tivéssemos intimidade.

— Eu adoraria ter alguma intimidade com você! — Elliot fala sorrindo até que um enfermeiro chama por ele.

Ao olhar para onde Yarin estava ele não a vê mais e vai até o lugar onde seu amigo está. Yarin caminhou para longe, ela não queria mais ter aquela conversa com Elliot. Ingrid liga para Yarin;

— Amiga? Como está a Tia?

— Nada bem, amiga. E para piorar tudo encontrei um dos possíveis pai da minha filha aqui!

— Aí meu Deus, qual deles?

— O lindo, mas cafajeste... Elliot Novak.

— Deu até calor amiga, gosto de um cafajeste.

— Ingrid, não sei como vou pagar o hospital, minha mãe não tem previsão de alta. Eu preciso de ajuda.

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