Yarin foi obrigada a avisar no RH do trabalho sua atual situação. O medo dela se foi quando percebeu que seus anos de trabalho bem executado valeram muito nesse momento.
O pré natal foi feito através do plano de saúde que a empresa oferece, e a ajudou muito. Os meses passam e Yarin não conseguiu descobrir quem era o homem aquela noite.
Seu parto se aproxima e logo sua licença maternidade será liberada. Tudo o que ela mais quer agora é ver o rostinho da sua linda Yelena, nome escolhido em homenagem a sua bisavó que era russa.
— Minha filha, não precisa passar a noite aqui no hospital comigo! Olhe sua barriga, está enorme.
— Pai, a Ingrid está em casa com a minha mãe, não vou deixar que fique sozinho!
— Só não acho que seja bom para você e minha netinha ficarem aqui nesse lugar.
— Estou preocupada com a sua saúde... Já fez muitas cirurgias e continua fazendo. Isso não faz bem também, pai.
Yarin tem a teimosia de seu pai e fica no hospital com ele até sua alta. Duas semanas depois sua pequena Yelena nasceu.
— Como a Dinda ama essa pequena coisinha gostosa da minha vida!!
— Ingrid, amiga, ela não deve estar entendendo nada do que você está falando. A Yelena só tem horas de vida.
— Amiga, quando vocês vão receber alta?
— Espero que amanhã pelo menos. Não posso pagar a vizinha para ficar muitos dias com meus pais.
— Me ofereci para pagar, mas você é teimosa demais!
— Você me ajudou com todo o enxoval da Yelena, não é justo com você!
— Eu sou a madrinha! E você sabe que não posso ter filhos!
— Não vamos falar sobre isso... Não quero falar sobre isso! Por que você está falando nisso??
— Não quero que se agite... Você acabou de ter essa benção de Deus. Mas você sabe a minha verdade! Me deixe fazer o que eu puder pela minha afilhada... É só o que eu quero!
Yarin olha para a amiga sentindo um peso em seu coração por saber o que aconteceu com a amiga. Mas logo sorri ao ver o jeito engraçado que Ingrid fala com Yelena.
Assim que recebeu alta e foi para casa Yarin se emociona mais uma vez ao ver a reação dos pais quando viram a netinha pela primeira vez.
— Minha neta é uma linda bonequinha! — Fala o pai de Yarin.
— De quem devem ser esses olhos azuis? — Pergunta a mãe de Yarin curiosa.
— Provavelmente do pai! — Ingrid responde sem maldade.
Mas deixa Yarin desconfortável com tal afirmativa. Todos percebem e tentam mudar de assunto, mas a verdade é que os olhos azuis, os lábios vermelhos, o queixo, as mãos e os pés de Yelena pertencem ao tal pai misterioso.
Mas ela não quer pensar nisso agora, precisa cuidar de sua filha e de seus pais. Seu compromisso e responsabilidades aumentaram e ela não pode se dar ao luxo de pensar em nada além de sua pequena família.
Os meses passam e a pequena Yelena vira a luz da casa. Yarin aceitou a ajuda da sua amiga, Ingrid. Contratou a vizinha, Artemis, uma senhora muito simpática para cuidar de sua filha e de seus pais enquanto trabalha.
— Nem acredito que hoje terei que voltar para a empresa! Não quero deixar a minha pequena em casa!
— Amiga, podemos levá-la na bolsa e esconde-la na cesta de frutas... O que acha?
— Que você está mais louca que eu... Não vou colocar minha filha em uma cesta de frutas. Posso esconde-la no meu avental, né?
Elas dão risadas e se despedem da pequena Yelena. Mas quando chega no trabalho Yarin e Ingrid recebem uma notícia nada agradável.
— Ingrid, você veio trabalhar na sexta feira, sabia disso?
— Evidente que não, Yarin! Também trabalho na cozinha esqueceu?
A empresa decidiu contratar um bufê, parceria com outra empresa para servir as refeições dos funcionários. E agora Ingrid e Yarin irão trabalhar servindo no refeitório ao invés de cozinhando na cozinha.
As duas foram até o RH para que suas novas funções fossem atualizadas em seu registro na empresa e um novo contrato assinado. O que desagradou Yarin foi o novo salário que é bem menor comparado ao que ela recebia antes.
— Ingrid, o que vou fazer agora? Isso aqui daa mal para comprar os remédios dos meus pais e as coisas da Yelena! Preciso alimenta-los e comprar roupas, calçados... Aaahhh.
Yarin grita enquanto está no banheiro com a amiga que diz;
— Calma, Yarin! Daremos um jeito! Vamos arrumar um jeito de ganhar um dinheiro a mais.
Yarin chora ao saber que no final do mês terá que fazer escolhas difíceis. Mas antes disso pensa em conversar com seu irmão, ele precisa ajudar com as coisas pelo menos dos pais já que Yarin cuidou de tudo sozinha por anos.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Fatima Maria
YARIN SÓ NÃO VÁ SE PROSTITUIR PARA GANHAR DINHEIRO. MISERICÓRDIA
2024-08-27
2
Rosaria TagoYokota
acho que nao vai adiantar nada yarin conversar com o irmao irresponsavel
2024-05-29
6
Vera Lucia Gomes da Silva
Beli irmão que a coitada têm, um zero à esquerda
2024-05-29
1