Capítulo 37 Eleonor

^^^\~O fim é apenas o começo\~^^^

Passamos o ano novo na casa de Dylan, decidimos manter em segredo dos nossos amigos sobre a cirurgia, eu não me sentia preparada mentalmente para contar. Foi uma noite divertida, a minha mãe teve que dormir mais cedo e aos poucos está se recuperando. Quando o ano começou fui direto para a sala de cirurgia, Dylan e a minha mãe ficaram do lado de fora me esperando, Dylan cuidou de tudo para que ela não se cansasse ao extremo, a quimioterapia tem fama de cansar os pacientes. Quando acordei da anestesia me encontrei com os dois amores da minha vida.

— Oi mãe.

— Oi querida - ela sorriu gentilmente para mim, a mulher mais linda deste planeta-

— Olá querido.

— Olá meu arco íris, como se sente?

— Meio dolorida.

Passei alguns dias tendo que ficar em repouso absoluto, era impensável que eu teria que realizar uma cirurgia e que não posso ter filhos a não ser que receba uma doação, por enquanto já aceitei a ideia de não ter crianças por perto por enquanto.

Os meses foram se passando e tive que comparecer às audiências contra o cara que se dizia médico, ver o rosto de sempre me causava nojo, repúdio e raiva. Eu queria me levantar da cadeira e voar na cara daquele ser, o que ele fez com a minha mãe e com outras pacientes foi imperdoável. Depois de passar muita raiva e Dylan ter que competir contra o criminoso para ver quem tinha mais dinheiro para manter a justiça ou não, ganhamos a ação e o criminoso foi condenado. Não me orgulho do que direi agora, mas sinto que foi a melhor coisa a se fazer. Dylan teve que subornar alguns juízes para manter aquele homem preso sem direito ao pagamento de fiança, espero que ele sofra muito na cadeia.

Em uma reunião com Dylan tivemos a nossa primeira briga considerada séria.

— Dylan eu sei que você ama a empresa que a sua mãe construiu, mas é errado deixar os sonhos parados e criando prejuízo para essa empresa!

— Eleonor, eu não vou me desfazer da doceria da minha mãe!

— Faça o que quiser então!

Me virei de costas e sai batendo a porta, considerei uma atitude infantil de minha parte. De fato foi, porém Dylan me estressou ao ponto de me obrigar a ser impulsiva. Dylan queria manter a doceria aberta mesmo dando milhões de prejuízos, decidi então a tomar para mim, o sonho da minha mãe era abrir uma lanchonete novamente, nada melhor do que juntar nós duas para dar continuidade ao sonho de outra pessoa. Voltei para a sala e me deparei com Dylan chorando, aquela cena me partiu o coração e não me aguentei. O abracei forte.

— Me desculpa - beijei o topo de sua cabeça -

— Eu que peço desculpas, fui grosso e me deixei levar pelos sentimentos. Vou vender a empresa.

— Não precisa, minha mãe e eu tomaremos conta dela, sabe que sou uma doceira de mão cheia né?

Consegui retirar um sorriso dele.

— Como vai dar conta de manter dois empregos?

— Não vou - ele fica confuso - eu me demito.

— O que? Não, eu preciso de você.

— Dylan é só você contratar outra pessoa, além do mais eu sou sua namorada.

— Quero mudar seus status.

— De empregada para demitida?

— Não, de namorada para noiva.

Admito que fiquei emocionada, estávamos pensando em casamento e algum dia chegaria, mas não achei que seria tão rápido.

— Eleonor - ele se ajoelha retirando um anel do bolso - aceita se tornar o meu arco iris e concretizar esta aliança eterna?

— Aceito passar todos os meus dias de vida restantes com você - nos beijamos calmamente, um beijo de reconciliação e de uma nova etapa em nosso relacionamento-

Sempre foi o Dylan, não tinha como ser outro. Seja no passado, presente ou futuro, Dylan sempre será a minha escolha na hora certa.

— Eu amo você querido.

— Eu amo você futura esposa.

— A gangue canina vai ter que participar.

— É claro que vão participar, eles são da família.

Eu escolhi a pessoa certa.

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