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Ouvindo aquelas palavras e vendo a expressão complicada de Catarina, Amélia sorriu timidamente e disse:

—Bem, não se desespere, você realmente está precisando de um homem pra chamar de seu-brincou ela.

Catarina apenas deu um sorriso tímido, na verdade ela queria dizer que ela estava desesperada, afinal, tem tanto tempo que ela não sente o que está sentindo agora, por isso Catarina está com medo e precisa fugir desse sentimento.

Logo Amélia chegou ao quarto do Igor, virou a tela do celular na direção da cama e daí Catarina pôde ver o rostinho do seu filho, ela sorriu e disse:

—Bom dia meu amor, está na hora de acordar.

Por já estar acostumado a ser acordado pela sua mãe, Igor sorriu e disse bocejando:

—Bom dia minha rainha-disse ele e daí soltou um beijo no ar, Catarina fingiu pegar o beijo com uma das mãos e levou para o coração.

—Eu te amo muito meu filho, agora a mamãe precisa desligar-disse Catarina e aí encerrou a chamada abruptamente, isso porque Alice caminhava apressadamente na direção da jovem babá, então ela guardou o celular no bolso e aguardou a aproximação de Alice.

Logo a mais velha estava bem perto de Catarina e falou sorrindo:

—Veio se envenenar também?-perguntou Alice enquanto tirava do bolso um esqueiro e um cigarro.

—Eu não fumo, eu estava só aproveitando o silêncio, já assisti o nascer do sol e também ouvi o canto dos pássaros-disse ela e daí esboçou um pequeno sorriso.

—E o que eles disseram?-perguntou Alice em tom de brincadeira.

—Para nunca desistir, dias melhores virão e sempre saber esperar pelo tempo de Deus-disse Catarina todo orgulhosa, como se aquilo tivesse acontecido de verdade.

—Eles nem são tão tagarelas assim, agora deixa eu ir cuidar na vida-disse Alice e daí saiu sorrindo.

Catarina também seguiu para a mansão, acompanhou Alice e daí falou:

—A senhora precisa de ajuda?

—Eu ouvi os meninos conversando, parece que hoje a casa vai estar cheia, então eu realmente preciso de ajuda-disse Alice e daí entrelaçou o seu braço no braço de Catarina e foram conversando sobre assuntos triviais.

Logo ambas chegaram a cozinha, Judite, a cozinheira, já estava na labuta.

—Catarina, você sabe fazer khachapuri?-perguntou Alice já colocando algumas coisas sob o balcão da cozinha.

—Acho que dou conta-disse Catarina sorrindo.

"Isso minha querida, faça bem gostoso, pois esse é o prato preferido do nosso chefe, bota pra ficar", Alice brincou mentalmente enquanto observa a garota fazer a massa.

—De quantos khachapuri nós precisamos?

—Faça pelo menos uns 5-respondeu Alice e daí foi preparar alguns sucos naturais, enquanto Judite prepara um bolo de cenoura.

Depois de deixar tudo pronto, Catarina saiu da cozinha e se dirigiu para o quarto do Luca, ele ainda estava dormindo e daí ela sentou-se no cantinho da cama e pôs-se a observar aquele pequeno ser, um menino tão lindo e inteligente, de um sorriso cativante, mas que tem um gênio forte e isso fez Catarina se perguntar porque Andrey não gosta dessa criação.

Luca percebeu a presença de Catarina, fingiu estar zangado por ter sido acordado e disse:

—Pare de me olhar assim, eu nem gosto de mulheres mais velhas-brincou ele.

—Eu nem me declarei e você já está me dispensando? Você é muito malvado-disse Catarina e daí abriu a janela do quarto, escancarou as cortinas e com isso Luca cobriu o rosto tentando fugir da luz do sol que invadiu o ambiente.

—Vamos fazer a sua higiene matinal, a tia Alice disse que teremos visitas hoje-disse Catarina enquanto puxava os lençóis que cobriam o corpo de Luca.

Após falar aquilo, Catarina colocou Luca na cadeira de rodas e seguiram para o banheiro.

—Eu nem fiz xixi na cama, eu não quero tomar banho-disse o garoto, achando desnecessário tomar banho logo cedo.

Enquanto Catarina está no banheiro tentando explicar a Luca a importância de tomar pelo menos dois banhos por dia, Andrey estava sentado no sofá da sala na companhia de seus irmãos, ele estava com as pernas cruzadas e fumando o charuto.

Eles estavam falando de Fabrício, Lúcia e Rami, a casa ficará cheia em breve, mas Andrey não via graça nenhuma, ele soltou um anel de fumaça e disse:

—Nem preciso dizer que eu estou cagando para esses três-disse Andrey irritado, ele já é enjoado e com dor de cabeça ele fica simplesmente intragável.

—Você sabe muito bem que a mamãe gostava muito da tia Lúcia, já a Rami é um pouco chata, mas a gente atura-disse Felipe.

—Eu sinto falta do nosso pai, que bom que ele está vindo para casa-disse Willian.

Nesse exato momento a campainha tocou, Alice veio correndo abrir a porta e daí viu duas mulheres com cara de não me toque, eram Rami e Lúcia.

—Bom dia!-disse Alice e logo se afastou da porta para que as duas dondocas entrassem.

Elas traziam consigo duas grandes malas, parecem estar pesadas, pois os seguranças que carregam as malas estavam suados, Alice disse onde os irmãos Gorky estavam e ela seguiram para lá.

—Oh tia Lucia, a senhora continua linda-disse Dylan e daí abraçou a mais velha.

—Você também Rami-completou ele.

—Obrigada pelo elogio meu querido, mas isso não é verdade, já faço 60 anos mês que vem-respondeu Lúcia e daí deu um beijo na testa de Dylan.

—Sejam bem vindas, agora eu

 preciso comer, saco vazio não segura-disse Andrey sem nem mesmo se dar ao trabalho de cumprimentar as suas parentes e daí caminhou na direção da sala de jantar.

—Liga não, o Andrey é chato com todo mundo, é o charme dele-disse Felipe e daí deu um abraço em Rami.

—Eu já estou acostumada com o bode dele, isso daí é faltar de mulher rsrs-"E eu vim para dar a ele tudo que ele precisa", Rami completou mentalmente enquanto esboçava um sorriso falso para os seus primos.

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