Penélope

Cheguei no portão o segurança me olhou.

- O que faz aqui senhorita ? Sabe que não pode sair a essa hora.- O Homem alto e forte me diz olhando intensamente, o carro do Uber é todo preto Penélope ainda não desceu do carro.

- Eu só vou até aquele carro pagar o Uber para minha amiga.

- A senhora acha que sou algum idiota, que acreditará nessa estória?

- Por favor, si quiser saia comigo até o carro.-Ele olhou pro segurança que estava dentro da casa de guarita e acenou que abrisse o portão.

O portão foi abrindo o homem seguia do meu lado atento a cada passo meu, a porta de trás do carro si abriu mais nada da Peh aparecer o vidro da frente do carro do Uber estava aberto .

- Cadê a Penélope? - Perguntei ao motorista que parecia aflito ao volante.

- Estou aqui amiga me ajuda ?

Dei  a volta e fui ao banco de trás Peh estava sentada toda bagunçada os olhos vermelhos e o rosto borrado por causa da maquiagem, totalmente machucada, meu coração apertou tampei a boca com as mãos chocada com o que via. Penélope começou a chorar .

- Tome pague o Uber- Entreguei o dinheiro na mão do segurança, e fui até a Peh a segurando pelo braço a ajudando a ficar de pé com muito custo .

- O que aconteceu amiga ?

- Eu sei que não devia ter vindo, mas não tinha pra onde ir, eu não podia ficar lá amiga por favor me deixe ficar.

- Eu jamais ti abandonaria nessa situação Penélope.- Me virei para o segurança - Me ajude a levá-la pra dentro.  -O segurança pensou muito antes de vir e pegar Peh no colo .

Entramos na mansão.

- Há leve para o meu quarto.

- Sim senhora .

Ele subiu as escadas devagar levando Penélope que estava vermelha de vergonha. Quando chegou na porta do meu quarto, abri a porta e ele a colocou na cama, mas como um bom infeliz que é não conseguiu manter a boca fechada.

- Meu Deus moça você está muito pesada.- Eu fechei os olhos com vergonha da situação, tadinha da minha amiga além de machucada ter que ouvir esse tipo de comentário maldoso.

- Desculpe.

- Não precisa pedir desculpas Peh, esses segurança não consegue fazer nada um bando de fracote, não sei nem pra quê que malha. Agora pode sair .

- A senhora sabe que não pode receber visita.

- Vá fazer sua guarita, que dos meus assuntos cuido eu.

- Depois não diga que não avisei.

Eu não consigo temer suas ameaças, depois de tantos anos sozinha apesar da morte de Marcus, eu sei que ele não viria aqui por tão pouco ou viria ?

Sai dos meus pensamentos e olhei para a minha amiga o braço sangrando o rosto começando a inchar.

- O que aconteceu com você ? - Perguntei com a voz embargada, Penélope me fazia lembrar de mim, quando outrora era eu a estar toda machucada a diferença que eu não tinha ninguém pra pedir socorro nem mesmo pra ela.

- Foi o meu padrasto, ele enlouqueceu.

- Quer me contar o que aconteceu? - Ela balança a cabeça que sim .

- Então primeiro vamos tomar um banho, me permite te ajudar Peh? - Eu não queria invadir o espaço Dela, mais provavelmente precisaria de ajuda.

- Pode ser- Ela ponderou.

- Venha deixe- Me ajudar - Estendi a mão para ela que segurou andamos até o banheiro.

Ajudei a Peh tirar a roupa eu engolia o choro tentando me manter forte por minha amiga, tentando não demonstrar minha aflição e desespero pela sua situação, eu sempre sonhei em ter alguém pra dividir a vida como uma irmã, e a Penélope é a minha irmã do coração, ver que ela sofre o mesmo que sofri nas mãos de marcus me causa a angustia asco.

Como vê tudo isso ser imparcial? como não sentir por ela, ela ficou apenas de calcinha, seu corpo todo machucado, pelo visto foram socos e chutes, reparei algumas marcas antigas também hematomas amarelados, A quanto tempo Peh sofre isso calada?

Ela entra pra baixo do chuveiro gemendo baixinho de dor, deve ser pelas feridas abertas. Eu pego o sabonete e a ajudo si lavar, ela é forte e segura a dor o máximo que consegue é eu sei como dói. Terminamos o banho pego uma toalha pra ela, que si enxuga e enrola na toalha.

- Não si preocupe eu tenho roupas que cabe em você.

Não são muitas mais tenho duas peças de roupa maiores pra fazer exercício, gosto de me senti a vontade até mesmo por causa dos olhares dos seguranças, todo cuidado é pouco.

Si sou desconfiada e não confio nos homens sim, eu não consigo confiar a maioria são primitivos quando se trata de sexo.

Vou ao meu closet e pego as peças de roupa uma calça moleton larga e uma blusa de manga.

- Como você consegue vestir isso num calor desses ?

- Si quiser cortamos as mangas .

- Aí você vai ficar sem essa blusa.

- Não tem importância Peh, vamos nus preocupar com seu bem estar depois eu compro outra. Vou pegar a tesoura na cozinha.

Desço as escadas correndo vou a cozinha pego a tesoura na gaveta e subo de novo. Cortamos a manga da blusa foi até bom fazermos isso assim fica mais fácil de cuidar das suas feridas do que ter que subir as mangas, pego a minha caixinha de primeiros socorros no banheiro e começo limpando suas feridas

- Ai,- Reclama.

- Desculpa amiga, acho que vou ter que ir pegar gelo si não seu rosto vai inchar.

Pego uma cartela de analgésico e pego um comprido .

- Tem alguma alergia a medicação?

- Que eu saiba não - Ela ri fraco.

- Tome esse remédio vai ajudar a aliviar a dor.

Termino todos os curativos, passamos gel em outras partes que são dores internas da carne machucada.

- Eu não vou poder dançar esse final de semana, o que vou fazer amiga e Gio vai me matar por faltar.

- Calma ainda é segunda feira, pode ser que esteja melhor até lá .

- Impossível olha o meu rosto - Ela está triste si olhando pela tela do telefone totalmente quebrado- Até sem telefone vou ficar, ele quebrou quase a casa toda a minha mãe, ahh - Ela chora

- Calma amiga - A consolo , e a abraço.

- O que será da minha mãe com aquele homem.

- Eu sinto muito mesmo, eu nem mesmo posso ir a delegacia com você, mas vá amanhã prestar queixa e tente tirar tirar sua mãe de lá

- Farei isso amiga. Amanhã cedo vou a polícia pedir medida protetiva.

- Faça isso, eu não vou poder ir mais vou orar por você. Agora vou lem baixo pegar o gelo.- Me levanto da cama indo até a porta do quarto - Você já comeu?

- Estou sem fome, não si preocupe.

- Está bem .

Saio do quarto indo, desço as escadas e dou de cara com ele Domenico.

- O que faz aqui?

- Achou que preferia fazer o que quiser? Si esqueceu do contrato - Ele tirou A arma da cintura.- Cadê a sua amiguinha.- Então intende o que veio fazer aqui veio me castigar por quebrar uma regra .

- Por favor Domenico não faça isso, ela precisa da minha ajuda.

- Eu não quero saber só vim cumprir ordens

- Não é possível que ele seja tão insensível a esse ponto, ela é minha amiga eu não quebraria uma regra si não fosse importante. - Ele não aparece a anos e acha que tem algum direito sobre mim. Por favor não é possível que você seja um monstro como ele - Ele gargalha alto .

- Aí sophi você é engraçada eu sou muito pior, ou você esqueceu que mandei matar o seu pai na sua frente.

Eu perdi a esperança ali, ele a mataria assim como fez com Marcus a diferença que eu me importo com a Penélope. Ele passou por mim, subindo as escadas com a arma na mão.

Eu não quero ver, mas si eu puder ao menos me despedir dizer que a amo, meus pés que estavam travados no chão si destrava e eu subo as escadas correndo.

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