capítulo 7

Em meio a mata descalça Bruna tenta fazer o menor barulho possível a cada passo que muda, mesmo estando apavorada ela observa por todos os lados o clarear da lua a ajuda, ela muda um passo em falso e acaba caindo e rolando algumas vezes oque faz com que ela se machuque um pouco, ainda esticada no chão observa que seu pé está cortado e com o corpo todo esfolado, ela se levanta aos poucos sentindo um pouco de dor por todo o corpo, passa a mão em sua testa sente o calor do sangue em seus dedos, e parece que esse corte foi feio, seu vestido rasgou um pouco, meio zonza ela tenta continuar a caminhada o pior é não saber pra onde está indo sem ter uma direção para seguir ela muda alguns passos sentindo muito o toque das folhas e galhos secos em seu pé descalço...

Em meio a mata o silêncio paira no ar, apenas a brisa fresca que sopram em seus ouvidos como uma melodia Bruna faz uma pausa apoiada em uma árvore observando a noite

Do seu pensamento não sai seu amigo que ficou baleado, a angústia de tê-lo deixado a sufoca a cada segundo...

Um estalo de um galho a alguns metros dela faz com que todo seu corpo gele, coloca a mão em seu coração tentando segurar a angústia e o medo somente pra ela... Nesse exato momento ela quase não respira tentando não fazer um barulho se quer, entendendo que agora mais do que nunca, a sua vida depende disso, são segundos eternos, onde Bruna começa a pedir proteção divina...

Até que outro estalo mais perto e mais suave que o anterior parecendo que se aproxima em sua direção como se soubesse exatamente onde ela está...

....pensamentos de Bruna..

- E agora? Eu fico aqui? Ou devo correr? Mas com esse pé machucado e tonta vou correr direitinho pra minha morte!...

Quando ela ouve o som de respiração próximo ao seu rosto, o arrepio incontrolável toma conta de todo o seu corpo é como se seus cabelos estivessem em pé e sem querer um pequeno gemido escapa pelos lábios que estão com um pequeno corte...

Nesse pequeno instante desesperador ela sente uma mão grande e forte em sua boca enquanto o outro braço envolve seu corpo a erguendo do chão a puxando pra trás até se encostarem em uma pedra....

ela se debate tentando chutar quem está lhe segurando e tenta gritar tbm, seu esforço é em vão, as lágrimas escorrem pelo seu rosto..

A pessoa que está erguendo Bruna do chão se senta com dificuldade com Bruna em seu colo bem encostado na pedra como se servisse de abrigo para eles...

O homem aproxima seus lábios do ouvido dela, falando em sussurros muito baixinho...

- Ssssshhhiiii, eles estão bem perto, eu vou largar a mão da sua boca e você não fala nada, entendido?

Bruna reconhece a voz do policial resmungão e concorda vagarosamente com a cabeça, eles tira a mão da boca dela e continua com o outro braço envolto a cintura...

É possível ouvir os passos de duas pessoas que caminham fazendo bastante barulho e conversando alto com gargalhada...

Homem1: Mas que putinha, se escondeu na mata!

Homem2: vai ser difícil a gente achar ela, acho melhor procurarmos de dia!

Homem1: oque é isso quer que o chefe nos mate? Você sabe como isso funciona!

Homem2: não está mais aqui quem falou.

Bruna está congelada, e sabe que estão falando dela, e ainda mais aquela situação constrangedora de estar sentada no colo de Pedro com o braço em sua cintura a segurando muito forte como se ela fosse cair ou fugir, ela não consegue achar lugar nem para por as próprias mãos que está apenas de braços cruzados esperando que eles vão embora logo, muito calmamente ela vira o rosto para olhar para Pedro que está imóvel...

A luz da lua permite que ela veja perfeitamente cada detalhe do rosto dele que parece ser bem desenhado a pincel por cada centímetro, seus olhos verdes brilhantes a encaram sem ao menos piscar, mas não está com a mesma cara feia de sempre, seu olhar é meigo e compreensível parece estar sorrindo com olhos como se dissesse " vai ficar tudo bem" ..

Bruna desvia o olhar ainda se sentindo constrangida pela situação em que se encontra e sabe que não pode mover um músculo...

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