capítulo 4

Angel segue pelo corredor da mansão e vai até a penúltima porta, lugar onde fica o quarto da Caroline.

Angel — Oi... sou eu Caroline, sua... tia. Eu sei que não está legal, mas queria conversar com você.

Angel olha para porta, esperando algo. Mas conforme os minutos passavam e nada acontecia, só pensava que a Caroline não queria falar com ninguém, o que era compreensivo.

Angel vira as costas para ir embora, mas antes que pudesse dar o primeiro passo escuta a tranca mexer. Ela então se vira a esperançosa e encontra com uma verdadeira anjinha, com os olhos verdes meio avermelhados.

Angel — Que bom que abriu a porta — Sorrir.

Caroline — Você realmente quer conversar comigo?

Angel — Foi o que disse.

Caroline — Então por quê não iria abrir a porta?

Angel — Não sei... Por que a pergunta retórica?

Caroline — É que meus pais são muito ocupados, sendo assim não tem muito tempo para falar comigo. Por isso eu digo, se quiser falar comigo pode falar. Ser ouvida é o que mais quero.

Angel — Então vamos entrar — Fala carinhosa.

Angel entra no quarto de Caroline. O ambiente era lindo, todo rosa, uma prateleira só de bonecas, na cama tinha alguns bichinhos de pelúcia, além de uma TV na parede.

Angel, se senta na cama confortável e fofa enquanto espera Caroline fechar a porta.

Angel — Vamos pode falar...

Caroline — Sabe... há três anos atrás, a empresa dos mais pais cresceram. Parecia algo bom, o papai e mamãe esvam felizes, mas como isso as coisas mudaram.

Angel — Eu entendo... — fica pensativa.

Caroline — Eles tem passado menos tempo em casa, a maioria das vezes apenas chegam em casa pela madrugada. Eu sinto saudade deles.

Angel — Mas meu amor você tem que entender, que eles precisam trabalhar — Tenta explicar.

Caroline — Eu sei, mas não é isso que me incomoda. Eu só queria que mais atenção, a dois anos que invejo as famílias reunidas no Natal. Eu só queria apenas isso que tivesse um dia juntos. As vezes acham que eles não me ama — fala triste.

Angel — Não diga isso, eles te amam muito, só não tem tempo para demonstrar. Eu e sua mãe estávamos conversando pela manhã, ela estava bastante preocupada com você. O que quero dizer é que Laura, não sentiria isso se não te amasse.

Caroline — E quanto ao meu pai?

Angel — O que tem o Arm... Quer dizer Henrique — fica desajeitada.

Caroline — Ele é muito mais distante, fiz que me ama, mas só me dá brinquedos. Queria só passar um tempo com ele, mas parece sempre impossível.

Angel olha bem para os olhos verdes da Caroline, cheios de decepção. Neste momento ela sente uma enorme raiva subindo a cabeça, sua vontade era de descer e dar uma boa surra em Henrique.

Tudo bem que ele não queria que Caroline, soubesse de seu passado. Mas, se afastar da filha? Apenas dar coisas e presentes para representar um amor gélido.

Caroline, só queria conhecer o pai o porque ela o admirava, pois mais que ficasse distante ela o via como herói.

Angel — Olha... — fica pensativa — Vou tentar de ajudar.

Caroline — Como?

Angel — Vou fazer Henrique ficar mais próximo de você e aí dele se não me atender!

Caroline — Por que você acha que pode obrigar ele fazer isso?

Angel — Digamos, que tenho algumas coisas que vão convencer ele.Agora escute Caroline, você confia em mim?

Caroline — Sim.

Angel — Então confia na promessa de sua tia que isso vai mudar. Seu pai não sabe o que está perdendo, você está crescendo. Se Henrique perder isso pode se arrepender, vou fazer ele entender isso.

Caroline — Promete?

Angel — Prometo.

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