Um Agradável Jantar.

O Clima tenso se instala até que Bernardo diz;

— Não me olhem assim! Nós dois precisamos ir juntos até a casa dos meus pais para que possamos persuadir eles. Será melhor com nós dois juntos.

Eu apenas dou de ombros e saio, esse circo já deu para mim. Logo Bernardo me segue, mas não tivemos nenhum tipo de comunicação na nossa ida para casa e depois para a casa dos pais dele.

Meus sogros e os avós paternos de Bernardo moram juntos. São uns amores comigo e me tratam muito bem, me sinto realmente da família quando estou com eles. Assim que chegamos Mamãe Nádia diz;

— Meu anjo, como está magra! Não se alimentou bem nessa viagem que fez, né?

O Papai Emanuel não fica atrás e pega no meu pé também;

— Ela não deve ter se alimentando, Amor! Sabe que lá para fora a comida é horrível.

Dou risadas e tento explicar:

— Eu me alimentei sim, mas sabe como é quando estamos trabalhando... Acabamos comendo menos do que deveríamos. Mas estou bem!

Bernardo apenas observa tudo e não diz nada. Até que nossos avós, Maria e Jorge, entram na sala e vão até o neto.

— Meu neto, tem algo diferente em você!

Diz o meu vô querido, em seguida diz nossa vó;

— Jorge, talvez ele precise comer aquela comidinha que a vovó faz para ele!

Nesse momento um sorriso muito acolhedor e amoroso surge nos lábios de Bernardo, isso me deixa com o coração quentinho. Ele não sorri ao meu lado, nunca.

— Eu amo vocês dois, e adoraria provar da sua comida vó.

Até o som da voz dele sai mais melodiosa ao falar com eles. A tarde passou rápido e logo estava na hora do jantar e as perguntas que não poderíamos responder começaram.

— Meu anjo, vocês estão casados há um ano, acho que já podemos considerar que vocês estão a caminho de nos dar um neto, né?

Nesse momento Bernardo se engasga e começa a tossir enquanto o pai dele diz;

— Concordo com a Nádia! Vocês precisam diminuir o ritmo de trabalho e começarem a preparar tudo para a vinda dos herdeiros.

— Pare com isso os dois! Nós mal terminamos o jantar e já jogam essa bomba em nosso colo?

Meus sogros parecem magoados com o rompante do filho e ele se sente péssimo com aquilo, então diz;

— Me perdoem! Eu não quis ser rude, só que não estamos preparados para isso agora!

Bernardo pensou que diria isso e tudo iria ficar bem mas não foi bem assim, os avós decidiram se impor e nos colocar contra a parede dizendo;

— Nós não somos mais tão jovens! Queremos curtir nossos bisnetos antes de partir dessa vida!

— Resumindo, o que seu avô está dizendo é tenham logo um filho! Queremos bisnetos! Estamos velhos!

— Fiquem calmos, não quero que se exaltem. Nós vamos começar a cuidar disso... Não é, amor?

Eu não tenho coragem para falar sobre o divórcio agora... Não quando vejo que esse casamento deixa eles tão felizes. Bernardo a todo momento foi gentil comigo e isso me fez ter esperança.

Mas eu sei que estamos apenas fingindo ser o casal apaixonado na frente da família dele. A nossa realidade é outra. Eu não posso me iludir, Bernardo não me ama e isso está bem claro para mim desde o dia em que nos casamos.

Eu sigo atuando ao lado dele, mas gostaria muito que tudo isso fosse de verdade. É uma pena que essa noite tenha que acabar e a minha dura realidade venha me atormentar.

Eles são tão amorosos e gentis, estou me sentindo péssima por enganar todos.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***