Fim de festa

Noah

Depois de algum tempo sumidos, meu tio Caio me perguntou por onde andava a Marina e o Guilherme. Eu disse que os dois tinham se desentendido e estavam conversando lá fora para se acertarem. Meu tio imediatamente disse que iria até lá ver o que estava acontecendo, foi então que a Laura tomou a frente da situação. Disse que ele poderia voltar para o seu lugar, que nós iríamos até lá fora chamá-los. Ele olhou meio desconfiado, mas assentiu e voltou para perto da minha tia.

E não sei como, mas parecia que a Laura estava adivinhando em não deixar o meu tio vir, enquanto olhávamos para todos os lados os procurando, vimos os dois saindo do carro do Gui, parecendo bem contentes.

— Parece que já ficou tudo bem entre eles. — Sorrio satisfeito.

— Eu tenho certeza que sim. — Laura, olhando os dois se aproximando abraçados.

— Dessa vez vocês demoraram para se acertar, meu tio Caio já estava vindo atrás. — Falo, quando já estão próximos.

— É, mas agora está tudo bem. — Mari, olhando para o Gui.

— Bem, não, está tudo ótimo! — Guilherme, empolgado.

Vamos entrar e curtir a nossa festa!

Não sei explicar o que, mas tem algo diferente entre os dois.

Voltamos para a festa, e conversamos com algumas pessoas, comemos, dançamos, tiramos muitas fotos e conforme as horas iam se passando, mais nervoso eu ficava. Estava esperando o momento certo para fazer o que já planejo a um ano, mas sou tímido demais para fazer como os meus cunhados fizeram e não combinei nada com ninguém, apenas os meus pais estão cientes.

Fiquei observando enquanto a minha namorada fazia uma coreografia animada com a Mari e as minhas irmãs e finalmente tomei coragem, fui até o responsável pelo som e pedi que tocasse uma música mais calma e romântica, assim que terminasse a que estava tocando, para que eu tivesse tempo de me aproximar.

Assim que a música terminou e o ritmo mudou, algumas pessoas reclamaram, inclusive ela. Mas logo apareci na sua frente e pedi que dançasse comigo e ela aceitou. Logo que começamos a dançar, outros casais apareceram na pista, como o Gui e a Mari, a Alice e o Théo, a Nina e o Gabriel e alguns colegas de escola com seus pares.

— Lembra de quando dançamos no aniversário de 18 anos das minhas irmãs? — Perguntei bem próximo ao seu ouvido, devido à música alta.

— Lembro, você me largou e saiu correndo para dentro de casa.— Ela me respondeu sorrindo, me deixando um pouco envergonhado com a lembrança.

— E você imagina o porquê de eu ter feito aquilo?— Ela balança a cabeça em negativa.

— Porque foi a primeira vez que senti vontade de te beijar. Foi quando eu descobri que estava apaixonado por você e não queria ser apenas seu amigo.

E sabe o porquê de estarmos dançando agora, como fizemos naquele dia? — Ela afastou um pouco o rosto para me olhar e balançou a cabeça em negativa, voltando o rosto para perto do meu em seguida.

— Porque agora eu não quero ser só o seu namorado, eu quero mais que isso. Quero que se torne a minha esposa.

Casa comigo Laura! — Parando de dançar, se afastou alguns sentimentos do meu corpo e me olhou com uma das mãos cobrindo a boca, como se não acreditasse no que acabou de ouvir. Mas viu nos meus olhos que era verdade.

— Eu caso príncipe! — Me surpreendendo com um beijo. Sorrimos um para outro ao fim do beijo e a tirei da pista de dança.

— Para onde vamos?

— Quero fazer tudo como se deve! — Acenei para o meu pai e ele já sabia do que se tratava.

Levei a Laura até a sala da casa dos meus avós e aguardei até que os meus pais entrassem com os pais dela.

— O que está acontecendo? — Meu tio Arthur pergunta assim que entra e nos encontra na sala. Eu respiro fundo para tomar coragem, tento não olhar para o meu pai, pois sei que vai me fazer rir para tentar aliviar a minha tensão, e começo a falar.

— Tio Arthur e tia Aline, sabem do respeito que lhes tenho e o quanto amo e respeito a filha de vocês...

— Nós sabemos Noah! — Tia Aline.

— É por todo esse amor que sinto pela Laura, que quero pedir sua mão em casamento. — Meu Tio engoliu o seco quando terminou de me ouvir e ficou alguns segundos em silêncio, que mais pareciam uma eternidade.

— Arthur, eles só querem ficar noivos, na idade deles eu já estava esperando o Gabriel. 

— Calma, Aline, eu só estava absorvendo. Não esperava por isso agora, mas... Laura, é isso que você quer?

— É, sim, pai, é tudo que eu mais quero!

— Vocês têm a minha bênção!

Você é um ótimo rapaz, Noah, tenho certeza que minha filha será feliz ao seu lado.— Me abraçando.

— Prometo que farei tudo que estiver ao meu alcance para que isso aconteça.

— Noah, não está esquecendo de nada?— Meu pai, me lembrando das alianças que me ajudou a escolher.

— Claro, as alianças! — Retiro a caixinha do bolso e quando olho em volta, vejo os olhares emocionados dos nossos pais. Pego sua mão torcendo para que a medida que tirei discretamente esteja correta, e fico aliviado ao ver que coube perfeitamente.

Assim que trocamos alianças, recebemos os cumprimentos dos nossos pais e sem saber do que tinha acabado de acontecer, Guilherme e Marina entram pela sala nos chamando para o parabéns. Nos olhamos, sorrimos um para o outro e os seguimos até a mesa do bolo.

Todos se reuniram a frente da mesa para os parabéns e assim que terminam de cantar, alguém gritou para que fizéssemos um pedido antes de assoprar as velas, e eu disse que não faria um pedido, porque já tinha tudo que precisava, levantando a minha mão direita mostrando a minha aliança e a Laura fez o mesmo. Deixando todos surpresos e felizes!

E o que eu disse era a mais pura verdade, eu tenho tudo que eu preciso. Tenho uma família maravilhosa que me dá todo amor e suporte que preciso e tenho a garota dos meus sonhos que em breve se tornará minha esposa.

Continua...

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