Quase...

Laura

— O que deu neles?

— Eu não sei, só sei que o Gui estava mandando mensagem e como ela não estava respondendo, ele insistiu para virmos aqui.

— Melhor nem tentar entender esse casal.

Quer assistir alguma coisa? — Pergunto já pegando o controle.

— Pode ser, mas podemos conversar primeiro?

— Noah, se for sobre o que aconteceu ontem, já disse que...— Ele me interrompe.

— Laura, eu sei que está tudo bem. Mas eu preciso falar, não quero nenhum constrangimento entre nós. Eu sonhei tanto com a sua volta e no dia que isso acontece, eu estraguei tudo, te deixando com vergonha por ter me desejado,o que é algo comum entre namorados. Por favor, me desculpe!— Ouço tudo em silêncio e percebo o quanto está agoniado com essa história.

— Noah, não tem do que se desculpar. Foi só um momento, já passou. Não estou com pressa de nada e prometo que vou me comportar.

— É isso que eu não quero.

Não quero que o nosso namoro perca a naturalidade, quero que a gente se abrace ou se beije sem receio do que pode vir depois disso.

Saberemos a hora de parar se for necessário, não precisa ficar se controlando o tempo todo.

— Confesso que estou aliviada, não sabia como deveria agir com você daqui para frente e estava com medo de que isso estragasse a nossa relação.

— É só ser você mesma, sem se preocupar com nada. Eu não quero perder você Laura, só de pensar nisso meu coração já fica apertado.— Seguro seu rosto com as mãos e selo meus lábios nos dele por alguns segundos.

— Não existe essa possibilidade, não vai me perder, eu amo você e nada vai mudar isso.— Envolvo meus braços em sua cintura e ele retribui, me envolvendo em seus braços, aconchegando minha cabeça em seu ombro.

— Eu amo muito você e saiba que eu te desejo tanto quanto você me deseja, só acho que ainda não quero apressar as coisas.— Levantando o meu queixo com uma das mãos e me beijando com toda a sua doçura e delicadeza, e no momento, é só desse carinho que eu preciso.

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Guilherme

Tinha passado boa parte da noite pensando se a Mari não tinha razão, se não estávamos perdendo tempo esperando um momento perfeito. E assim que acordei pela manhã, me arrumei e fui para a casa do Noah, achei que conversando com ele, que é todo romântico, meus motivos para esperar um pouco mais ficariam mais fortes, mas ele também estava meio perdido pelos mesmos motivos que eu.

Estava jogando com o Noah quando a minha mãe ligou dizendo que não voltaria para casa após o pediatra, e na hora eu pensei na Mari, achei que talvez fosse um sinal e que aquela era a nossa oportunidade.

Mandei várias mensagens, mas ela nem visualizou, achei que estivesse tão chateada comigo ao ponto de não querer conversa comigo. Mas quando comentei isso com o Noah, ele me disse que a Laura avisou que passariam o dia juntas e eu não vi outro jeito que não fosse obrigá-lo a ir até lá comigo para que eu pudesse resgatar a minha marrentinha.

Assim que chegamos na minha casa, a carreguei pela mão até o meu quarto e acho que pela primeira vez, eu vi a Mari tímida, meio que sem saber o que dizer ou fazer e estou tão acostumado a vê-la cheia de atitude que estranhei. Foi aí que entendi, acho que é por isso que ela não quer nada combinado, para não perder a coragem.

Então eu me aproximei sem dizer nada, beijei sua testa e lhe dei um abraço, para que se sentisse segura. E quando a soltei para dizer olhando para ela que estava tudo bem e que não precisávamos fazer nada naquele momento, ela me calou com um beijo, e enquanto me beijava, levantou a minha camiseta para retirá-la, parei de beijá-la para ajudar a retirar e nossos olhares se encontraram novamente. Voltei a beijá-la, explorando seu corpo com as mãos e só parei para retirar sua camiseta, a deixando de short e sutiã. Voltei a beijar seus lábios e aos poucos fui descendo por seu pescoço, dando alguns passos até alcançar a minha cama, onde me sentei a deixando de pé entre as minhas pernas e continuei descendo meus beijos pelo vão de seus seios até achegar a sua barriga e a senti se contrair enquanto minhas mãos alcançavam o fecho do seu sutiã.

Mas antes eu terminasse de abri-lo ouvimos um barulho de carro chegando na garagem, ela se afastou assustada e eu me levantei totalmente frustrado de ter que parar.

— Seus pais, Guilherme! — Com o coração tão acelerado que de longe dava para perceber.

— Calma, está tudo bem. — Procuro a minha camiseta e entrego a dela para que se vista.

— Fique aqui que eu vou lá ver.— Saio do quarto e vou em direção a sala. 

— Que cara é essa, Guilherme? — Meu pai, ao entrar e me encontrar na sala.

— Já voltou? — Pergunto tentando disfarçar a minha frustração.

— Sua mãe esqueceu umas coisas da Júlia, eu a deixei no seu avô e voltei para buscar.

— Entendi. — O acompanho até o quarto da minha irmã.

— Achei que estaria na casa do seu primo.

— Eu estava, cheguei agora pouco. Quis dar um espaço para ele e a Laura.

— Entendi... — Me olhando desconfiado.

Quer ir comigo lá nos seus avós?

— Não, vou ficar por aqui e dormir um pouco. — Respondo rapidamente.

— Então tá, já estou de saída.— Guardando as coisas da Júlia em uma sacola.

Mas está tudo bem mesmo?

— Claro, pai, está tudo ótimo. — Estaria, se ele não tivesse chegado.— Penso.

Espero seu carro sair da garagem, volto correndo para o quarto e encontro a Mari sentada na beira da cama.

— Era só o meu pai, ele veio buscar umas coisas, mas já foi.— E parecia que eu tinha acabado de contar uma piada, do nada seu semblante assustado se desfez e ela começou a dar risada.

— Desculpe, é que agora que passou o susto, ficou engraçado. Se você visse a sua cara de frustração saindo do quarto... — Diz rindo.

— Porque você não viu a sua cara de assustada Marina!— Ela se levanta e envolve meu pescoço com seus braços.

— Ainda não foi dessa vez. — Me dando um beijo rápido.

— Não tem mais clima né? — Pergunto ainda frustrado.

— Hoje não, mas já foi um grande passo.

Só me deixou ainda mais certa do quanto eu te amo.

— Eu amo muito você, Mari, e tenho certeza de que será perfeito quando acontecer, porque independente do lugar ou da hora, será com amor e é isso que importa.

Continua...

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