O Beijo

Mathew

Os dias vão a passar, e a cada dia, fica mais difícil me aproximar de Ava. Ela fechou-se em um casulo, e está difícil fazer ela sair de lá.

Estou em meu escritório, quando meu telefone toca:

— Fala irmão!(Alex fala do outro lado da linha.)

— Oi, Alex, como vai?

— Está tudo bem? Você sumiu e a sua voz, parece triste.(Alex fala percebendo minha tristeza)

— Estou bem, só um pouco cansado.

— O que acha de relaxar um pouco, a Megan está planejando uma nova viagem para nós, o que acha de irmos para o Egito?

— Não vai dar, agora estou com muito trabalho.

— Matt, você nunca deixou o trabalho atrapalhar nossas viagens, aconteceu algo que ainda não nos contou?

Alguém bate na porta, permito a sua entrada. E lá está ela, a causa da minha agonia.

— Alex, preciso desligar, depois conversamos.

— Ok, mas, hoje é sexta feira, não esquece que temos compromisso, na mesma balada de sempre. Eu e a Megan te esperamos, e quero saber o que está acontecendo. ( Ele fala quase me dando uma ordem.)

— Está bem, até logo...( Falo finalizando a chamada.)

— Desculpe atrapalhar, mas, precisava trazer esses documentos. (Ava fala me entregando uma pasta com vários papéis)

— Tudo bem, era meu amigo, não atrapalhou em nada. Na verdade, me livrou de receber alguns sermões.

Ela sorri, e a minha vontade é de puxá-la para os meus braços, e beijar aquela boca vermelha, que está me deixando maluco.

Saio dos meus pensamentos, com Ava me chamando.

— Mathew? Está tudo bem?

— Sim, estou bem. ( Falo me levantando e me aproximando dela.)

Por um momento, perdi a minha sanidade. Ava se afasta, e eu continua a caminhar na sua direção, até ela encostar as suas contas na parede, e não ter mais para onde ir.

— O que está fazendo? (Ela pergunta sem entender.)

Coloco uma mão na sua cintura, e a outra na parede, atrás da sua cabeça.

— Eu juro Ava, eu tentei, eu tentei de verdade, mas não consigo mais resistir.

Ela abre a boca para falar, mas, sem dar oportunidade, coloco a minha boca na sua, dando o beijo que tanto desejei. No começo ela fica surpresa, depois, se entrega ao beijo, sei que Ava queria isso, tanto quanto eu.

Ficamos nos beijando por alguns minutos, quando derrepente, sinto as suas lágrimas molharem o meu rosto, ela me empurra e sai correndo.

— Drog*! Imbecil! O que eu fui fazer! Você é um tremendo babaca, Mathew!( Falo para mim mesmo, socando a parede.)

No fim do expediente, procuro Ava para me desculpar, mas, não à encontro, deve ter sai do mais cedo.

Me lembro do compromisso que tenho com meus amigos, preciso sair um pouco, vou beber para tentar esquecer Ava, pelo menos, essa noite.

Ava

Vou até a sala de Mathew, pronta para recusar outro convite para almoçar, ou jantar. Já não tenho mais desculpas para inventar. Queria poder querer estar perto, do que ter que afasta-lo.

Ao entrar, vejo que ele está no telefone, e aguardo o encerramento da chamada. Ao terminar, peço desculpas pela entromicão, ele me diz que não atrapalhei. Derrepente, Mathew me olha de uma forma que não consigo decifrar, ele se levanta, me encurralado contra a parede, sinto uma das suas mãos na minha cintura, e a outra ele põe na parede ao lado da minha cabeça. Seu perfume invade as minhas narinas, ele está muito perto, muito perto e... Toma os meus lábios com desejo e ternura. Fico muito surpresa com o beijo, mas, logo, não consigo resistir, seus lábios carnudos e macios, me levam a loucura, nunca fui beijada dessa forma, e simplesmente, me entrego.

Nos beijamos por alguns minutos, até me recordar de quem sou, e de quem ele é. Um flash de memórias passam em minha mente, me fazendo recordar dos beijos nojentos de Oliver, e o que ele fazia depois.

Empurrou meu chefe, saindo correndo da sua sala, sem deixar espaço para ele falar algo.

Termino meu trabalho mais cedo, e saio antes que me esbarre com ele. Encontro Karen na recepção.

— Amiga, que cara é essa? Está tudo bem?( Karen pergunta preocupada, ela me conhece como ninguém.)

— Só preciso ir para casa.( Falo com pressa.)

— Me espere, saio daqui alguns minutos.

— Eu realmente tenho que ir, conversamos em casa.

Deixo Karen com uma cara de que não entendeu completamente nada. Uma hora depois, ela chega em casa, eu já tinha tomado banho, e estava preparando o jantar.

Karen se senta na mesa, me olha série, e diz:

— O que aconteceu? Me conta tudo é não esconda nada.

Respiro fundo e solto o ar, começando a falar:

— O Mathew me beijou.

— COMO? NÃO ACREDITO! O HOMEM QUE VOCÊ ESTÁ APAIXONADA, TE BEIJOU, E VOCÊ ESTÁ COM ESSA CARA DE VELÓRIO?

— Eu me lembrei de Oliver, e.... O que ele fez... Empurrei o Mathew e sai correndo.

— Amiga, eu sinto muito. (Karen fala me abraçando.)

— Eu gostei muito, no começo, mas... As lembranças vieram e...

— Amiga, você vai vencer isso! Eu sei que é difícil, o chefe também foi um pouco inconsequente, mas, se houver amor entre vocês, vão superar isso juntos. Agora, vamos sair, você precisa se distrair, e tirar toda essa confusão da sua cabeça.

— E para onde nós vamos?

— Para uma balada, a melhor de Vancouver!

— Sabe que não gosto muito de baladas.

— Mas, hoje, você precisa se distrair, e não aceito um não como resposta.

— Tudo bem, estou precisando mesmo de uma bebida. Vamos nos arrumar.

Pego um vestido emprestado de Karen, logo terei dinheiro para comprar roupas, enquanto isso, uso as roupas da minha grande amiga, que te me ajudado bastante. Tentei procurar algo mais comportado, mas, os vestidos de Karen, são um pouco ousados, queria vestir uma das roupas que visto retrabalho, mas, ela fixou maluca quando falei sobre, e logo me convenceu a usar o vestido.

...Ava...

...Karen...

Ben nos acompanha, e juntos, vamos para balada. Ao chegar, vamos para o bar, e começo a beber algumas bebidas fortes.

— Vai devagar amiga, a noite ainda nem começou. Não acredito!(Karen fala com um olhar surpreso, colocando a mão na boca.)

— O que foi, Karen?(Pergunto curiosa, querendo saber o motivo desse alarde)

— Você não vai acreditar! O homem dos seus sonhos, o nosso chefinho, está vindo para cá, com uma loira ao seu lado.

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