Conspiração

Ava

Faz quinze dias que a Emily nasceu, diariamente, vou à casa dos meus pais, para vê-los, e principalmente, a Emily. Henrique e Alice moram com eles, a minha mãe insistiu muito, e o meu irmão aceitou. Alice ama os meus pais, então, deu tudo certo.

Oliver faz questão de me acompanhar em todas as consultas, e até, as visitas a casa dos meus pais, ultimamente, ele está super protetor.

Depois do almoço, nós sentamos na sala de estar, e começamos a conversar um pouco, tento fazer o possível para demostrar que, a presença dele me incomoda.

— Eu acredito que será um menino. ( Diz Oliver, animado)

— Eu também sinto que é um menino.

— Não vejo a hora se tê-lo nos meus braços, ou de ver ele correndo pela casa.(Oliver)

— Ele vai trazer muita alegria para toda a família.

— Se for menino, podemos chamá-lo Victor? Sempre achei esse nome bonito e forte.(Oliver)

— É um nome bonito. Se for realmente um menino, vamos chamá-lo Victor.(Sei que não terei escolha mesmo, então, acabo concordando.)

Somos interrompidos pelo celular de Oliver, que toca sem parar.

— Pai? O que aconteceu? Como ele está? Eu já estou indo.( Oliver desliga o telefone, se levantando do sofá, com muita pressa.)

— O que aconteceu?

— A mamãe, ela não está bem. Precisamos ir para a mansão Stedfor.

— Está bem, vamos.

Preciso ir com Oliver, e fingir como sempre. Meu sogro tem que ficar convencido de que, somos um casal feliz.

Eu estou presa nesse casamento, me sinto sufocada, e infeliz. Oliver não me permitiu trabalhar, tive que pedir demissão do hospital que eu trabalhava, até quando eu vou conseguir sacrificar-me pela minha família?

Chegamos na mansão Stendfor, onde Vladimir e Isabell vivem, eles mudaram-se, uma semana antes do nosso casamento. Como tradição, a mansão Foster, ficou para Oliver. Não se sabe muito sobre eles, pesquisei na “internet”, e tudo que se sabe, é que a família Foster, possue um patrimônio imenso, e muito dinheiro. Uma família formada por quatro pessoas, Joseph, o pai de Vladimir, que vive na Inglaterra, Vladimir, Isabel, e Oliver.

Entramos no quarto, Isabel está deitada, Vladimir e um médico diferente, estão ao seu lado. Esse médico não é o mesmo que me atendeu, ele não é o médico da família.

— Mamãe, a senhora está bem? O que houve?(Oliver fala preocupado)

— Filho! Vem aqui abraçar a sua mãe, acho que estou morrendo.(Isabel)

— Não diga isso, a senhora ainda vai viver muito.(Oliver)

— O coração da senhora Isabel, está com algum problema, precisamos checar, fazendo alguns exames, por enquanto, ela não pode ter nenhum tipo de estresse.

— Quem é você? Onde está o doutor Wilson?(Oliver)

— O doutor Wilson está fora do país, Roger já havia me atendido algumas vezes, então liguei para ele, e...(Isabel fala, colocando a mão no peito, e começa a tossir.)

— Está bem, mamãe, não precisa se explicar.

— Vamos levá-la ao hospital, e fazer logo, os exames necessários. (Falo, já sabendo, que tudo isso, não passa de um teatro.)

Isabel não está doente, mas, o que ela quer ganhar com isso? A minha pergunta é respondida em seguida:

— Filho, eu não quero ficar nessa mansão imensa, sozinha. O seu pai trabalha durante o dia inteiro, posso ir passar alguns dias na Mansão Foster? Assim, terei a companhia de Ava.

💭 Essa cobra Venenosa está tramando algo💭

— Será um prazer ter a senhora connosco.

Isabel se muda para a mansão Foster, tudo estava indo bem, ela era gentil, se preocupava comigo, principalmente na frente do Oliver, mas, eu não confio nela.

Hoje, ela pediu a Oliver, para tirar o dia de folga, disse que não estava se sentindo bem, e queria que ele estivesse ao seu lado.

Estávamo almoçando, quando a campainha toca.

— Vocês estão esperando alguém? (Oliver)

— Estou esperando uma amiga, espero que não se importe.(Isabel fala se levantando)

— Eu acompanho a senhora.( Oliver)

Eles vão receber a tal amiga, e quando voltam para a mesa, Valéria está ao lado deles, e eu, não estou nada surpresa. Isso não me incomoda, não tenho ciúmes de Oliver, por mim, ela poderia ficar com ele, se casar, e me deixar livre.

— Olá, Ava! Como tem passado?(Valéria)

— Estou bem, e você?(Ava)

— Melhor agora, que estou com pessoas especiais.(Valéria)

Pela expressão do seu rosto, Oliver não está confortável com essa situação. Almoçando com a sua esposa, sua mãe, e sua amante.

Após o almoço, pedi licença, e fui para o quarto, alguns minutos, Oliver veio atrás de mim.

— Ava, eu não tenho mais nada com Valéria, ela só está aqui, pela minha mãe, elas se conhecem a anos. Eu só tenho olhos para você, e vou esperar você se entregar a mim, estarei pronto quando você permitir. Nunca mais vou força-lá a nada.

— Eu não me importo, vim para o quarto porque estou com muito sono.

— Vou ficar aqui com você.

Oliver se deita ao meu lado, e me abraça, acariciando à minha barriga, adormecemos, e algumas horas depois, acordo com bastante sede. Oliver ainda está dormindo, saio do quarto, indo em direção à cozinha, mas, sou impedida por Isabel e Valéria no corredor.

— Você acreditou que ia ficar com Oliver, que ele ia amar-te? Um golpe da barriga não vai adiantar, não vou deixar o meu filho ficar casado com uma Jones, você não está a altura da nossa família. Pode começar, Valéria. (Isabel)

— Começar o quê?( Pergunto sem entender)

Derrepente, Valéria começa a bater forte no rosto de Isabel, dando tapas, e puxado o seu cabelo. Isabel começa a gritar:

— AVA! POR FAVOR, PARE! EU NÃO FIZ POR MAL! AVA MEU CORAÇÃO NÃO VAI AGUENTAR!

Valéria para, e as psicopatas, me olham sorrindo. Nesse momento, Oliver sai do quarto, e vem correndo em nossa direção.

— O que aconteceu? Mamãe, o que aconteceu com o seu rosto? O seu cabelo? Você...

— Ava, ela... Ava me bateu!( Fala chorando, com as mãos no rosto)

— Ava?(Oliver)

— Eu não fiz nada! Ela está mentindo!

— A sua mãe não está mentindo, Oliver. Eu presenciei tudo. Ava não gostou que sua mãe me convidou, ela gritou com Isabel, e bateu forte em seu rosto, e até puxou o seu cabelo. Como você pode deixar sua esposa tratar sua mãe dessa forma? (Valéria)

Oliver me olha com mágoa e ódio no olhar. Pega em meu braço, me puxando para o nosso quarto.

— Oliver, eu não fiz nada! Elas estão mentindo!

— EU VOU ENSINAR-TE A RESPEITAR A MINHA MÃE!

Ele abre a porta do quarto e a fecha com violência, em seguida dá um tapa forte no meu rosto.

— Oliver, nosso filho! Para, por favor! Eu não fiz nada!

Eu tento afastar-me dele, mas, Oliver vem para cima de mim, puxando o meu cabelo, me dando um empurrão, o que me faz bater a minha barriga com força, na cômoda. Começo a sentir uma dor muito forte, coloco as mãos em minha barriga, sangue, começa a escorrer nas minhas pernas.

— Ava... O que... Há sangue...

— Não! Meu bebê! Eu estou perdendo o meu bebê!

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