Vivendo em um Pesadelo

Ava

Oliver leva-me até o seu quarto, me joga na cama, subindo em cima de mim.

— Oliver! Para! Por favor, não faz isso, eu te imploro!

— VOCÊ É MINHA ESPOSA, AVA. O SEU CORPO ME PERTENCE.

— Não, não, por favor, eu não quero!

— Você não sabe o que está falando. Muitas mulheres morreriam para estar no seu lugar. Não resista, você é minha, somente minha. Se casou comigo, e vamos consumar o nosso casamento.

— Oliver, pelo que você mais ama, não faz isso.

Após humilhar-me, e jogar a minha dignidade no lixo, Oliver sai de cima de mim, e se deita ao meu lado. Eu apenas viro as costas para ele, e choro bastante, entre soluços.

Quando percebo que ele dormiu, me levanto, e vou ao banheiro. Passo horas me levando e esfregando o meu corpo. Me sinto suja Oliver tirou minha dignidade, da pior forma possível, ele me violentou.

Os dias seguintes, dormindo no mesmo quarto que o meu marido, são horríveis. Ele tem me forçado todas as noites. Os empregados vão embora às dezoito horas, então, ninguém poderia me ajudar, ou escutar algo.

Um mês se passa, desde que estou nesse pesadelo sem fim, decido sair um pouco, e ir visitar Alice, ela está no sétimo mês de gestação, falta pouco para minha sobrinha nascer, preciso focar no que há fora dessas paredes, pois, tudo o que acontece aqui, só me faz mal.

Ao chegar na casa dos meus pais, sou recebida com muito carinho, pela minha mãe, e a Alice.

— Filha, que surpresa maravilhosa! Como você está? ( Samanta)

— Ava! Que bom lhe ver, estava com saudades.( Alice)

— Eu também estou com muita saudade de todos vocês. (Falo abraçando elas)

— Filha, você emagreceu e está um pouco pálida, está tudo bem mesmo?

— Estou bem, há alguns dias estou com enjoos, e tenho dormido bastante, deve ser as mudanças, o casamento, ainda estou me acostumando com o meu novo lar.

— Ava, você pode estar grávida! Esses são sintomas de gravidez.(Alice fala entusiasmada.)

— Eu não estou grávida.

— Filha, precisa fazer alguns exames, esses são sintomas de gravidez, mas, se você não estiver grávida, pode estar com anemia, precisa procurar um médico. (Samanta)

— Vou pedir alguns testes de gravidez!(Alice)

— Eu não estou grávida!

— Nós sabemos que há a possibilidade, ou você nunca teve relações com o Oliver?(Alice)

— Sim, mas, eu não quero pensar nesse assunto agora, depois, prometo que vou ao médico, tudo o que eu quero agora, é aproveitar a minha linda família. E saber tudo que envolve a minha sobrinha, como ela está, os preparativos para a sua chegada, já devoraram o quarto?

— Sim, você precisa ver, está perfeito! (Alice fala me puxando em direção ao quarto da Emily)

— Alice, está perfeito, é tudo muito lindo! Eu não vejo a hora dessa pequena nascer!

— O Henrique está todo babão, Emily vai ser muito amada, por todos nós. (Samanta)

— Ela terá pais amorosos, uma vovó e um vovô coruja, e a melhor tia do mundo!

— Você é a única tia que a Emily tem, Ava! (Alice fala sorrindo).

— Eu sei, por isso, serei a melhor tia que ela terá. Porque vou ama-lá muitooo! (Falo acariciando a barriga da Alice que está enorme).

Passo o dia na casa da minha mãe, meu pai e o Henrique, vejo apenas na hora do almoço, durante o restante do dia, eles estão trabalhando na empresa.

No fim da tarde, Alice estava dormindo, e eu estava sentada com minha mãe na varanda.

Por um momento, fiquei perdida em meus pensamentos... A minha ficha caiu, e me lembrei que Oliver não se preveniu em nenhuma das vezes que tivemos relação. O medo toma conta de mim, fico apavorada, será que estou grávida daquele monstro? O que será do meu filho, se realmente eu estiver grávida?

— Filha, está tudo bem?

— Está sim, mamãe.

Meu telefone toca, quando olho para tela, percebo que é o Oliver:

— Oi...

— Onde você está, Ava?

— Estou na casa dos meus pais, você já está em casa?

— Sim, estou na empresa, a minha mãe foi visitar-te, e falou que você não está em casa. Estou indo te buscar, isso não vai ficar assim!

— Está bem, vou aguardar.(Falo tentando disfarçar, para minha mãe não perceber que estou em apuros).

— Era o Oliver?

— Sim, a Isabel foi nos visitar, ele está vindo buscar-me.

Alguns minutos depois, Oliver chega, me despeço da minha mãe, e da Alice, que tinha acabado de acordar. Oliver cumprimenta elas com o sorriso falso de sempre, entramos no carro, e seguimos para a mansão Foster.

— Você passou o dia inteiro fora, Ava.

— Vim visitar a minha família, ou, além de ser violentada todos os dias, também não vou poder ver a minha família?

Oliver dá um soco no volante do carro, e aumenta a velocidade do carro.

— Não me importo, pode acelerar mais, talvez, se sofremos um acidente, e eu morresse, seria muito melhor, do que continuar a viver ao seu lado.

Olivier diminue a velocidade do carro, e alguns minutos depois, chegamos na mansão.

Ficamos em silêncio, até entrarmos e sermos recepcionados por Isabel.

— Ava, onde uma mulher casada estava até essa hora? O que as pessoas vão pensar?

— Olá, Isabel, Não fiz nada de errado, fico sozinha nessa casa o dia inteiro. Fui apenas, visitar a minha família. Você deveria ter vergonha, e parar de destilar o seu veneno.

— Oliver, olha como a sua esposa fala comigo? Não vai fazer nada?

💭Que mulher insuportável!💭

Nesse momento, o mundo gira, não consigo ficar em pé.

— Ava! (Oliver grita, ao me segurar em seus braços)

Tudo fica escuro, e eu perco os sentidos.

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