Voltando Para Nova York

Ava

💭Isso só pode ser um sonho 💭

Matt entrou no meu quarto com aquele sorriso de deixar qualquer mulher, de pernas bambas.

— Oi! eu estava a passar por perto e... Bem, vim certificar-me se você está bem.

— Obrigada, graças a você, eu estou bem.

Sem acreditar no que estou vendo, coloco a minha mão em baixo do lençol que está me cobrindo, dando um beliscão na minha perna. Matt se aproxima rapidamente, ao ver a expressão de dor no meu rosto.

— Ava, está se sentindo bem? Está com dor?

— Estou bem, foi apenas uma pequena dor.

💭Ainda bem que ele não sabe o motivo por trás da minha expressão de dor.💭

O Telefone dele toca, Matt o pega do bolso, atendendo:

— Oi, Megan, estou chegando, ainda faltam alguns minutos. Está bem, encontro vocês no salão de embarque. Ok, até mais...(Ele encerra a ligação)

Sinto uma mistura de sentimentos, ao ouvir o nome Megan, raiva, tristeza. O que está acontecendo comigo? Estou com ciúmes de um desconhecido?

— Bem, eu tenho que ir, preciso chegar ao aeroporto, ou, irei perder o meu vôo. Desejo que você tenha uma excelente recuperação. Posso dar-te um abraço?

💭Ah Matt, se você soubesse... Eu queria bem mais que um abraço...💭

— Sim, quero muito te dar um abraço.

Ele aproxima-se, me envolvendo num abraço apertado. Não quero ficar longe dele.

💭Não quero que você va embora, Matt. Queria ter você em minha vida, para sempre. 💭

— Se cuida, e não deixe... Não permita que te machuquem. Em um relacionamento, as pessoas só lhe machucam, até o ponto que você permite.

— Isso não vai mais acontecer.

— Não irei dizer adeus, espero encontrá-la no futuro...

— Eu também.

Sinto o seu perfume, os seus braços em volta do meu corpo, faz-me perder o juízo, como eu queria esse homem para mim.

— Até mais, Ava.(Fala se afastado, indo até à porta)

— Até mais, Matt.

E assim, ele vai embora. Me deixando com um vazio imenso, estou confusa, não sei o que estou sentindo, afinal, nunca sentir isso por ninguém.

Quando vi Matt pela primeira vez, meu coração ficou acelerando, poderia ficar horas, olhando para cada traço do seu rosto, e o seu sorriso matador.

💭 Não! Não posso ter me apaixonado por um desconhecido. E além disso, eu sou casada, tenho que respeitar a imagem das nossas famílias. 💭

Os dias seguintes, não consegui tirar Mett da minha cabeça, Oliver mudou um pouco, o seu comportamento agressivo, deve ser remorso, será que ele poderia sentir isso?

Após ficar mais vinte dias em Paris, trancada em um quarto de hotel, partimos para Nova York. Oliver estendeu a viagem por mais alguns dias, para que as marcas superficiais, que a sua violência causou, se curassem. Nossas famílias não poderiam me ver naquele estado. Agora, estou sem nenhum machucado, apenas uma pequena cicatriz, da cirurgia, porém, essa, eu posso esconder. Infelizmente, há marcas que eu não posso curar, as da alma.

A viagem foi tranquila, e como na anterior, fizemos todo o trajeto em silêncio. Ao chegar, todos nos aguardavam.

— Que bom que vocês voltaram, cheguei a pensar que iam morar em Paris.(Fala Isabel, a mãe de Oliver)

...Isabel Foster...

— Só queríamos ficar aproveitando mais tempo, a nossa lua de mel.(Oliver)

💭Mentiroso💭

— Paris é incrível, e como a senhora falou," Não tem como não se apaixonar em Paris ".(Falo pensando em Matt.)

— É ótimo ver que vocês estão se dando bem.(Vladimir, pai de Oliver.)

...Vladimir Foster...

— Como você está, meu amor?(A minha mãe, pergunta, desconfiada)

...Samantha Jones...

— Estou bem, mãe.

Olho para Alice, ela está ainda mais linda, grávida.

...Alice Jones...

— E como estão vocês, esse bebê cresceu bastante!( falo abraçando Alice, e passando a mão em sua barriga.)

— Estamos bem. Ontem fiz um ultrassom, é uma menina! O seu nome será Emily.

— Eu vou ter uma sobrinha! A titia já te ama muito, Emily !(Falo me abaixando, fazendo carinho na barriga Alice.)

Vejo Oliver fixar seus olhos em mim, por um momento, senti ternura e admiração em seu olhar.

— Ava...( Meu pai chama a minha atenção. )

...Eliot Jones ...

E então, percebo, que estão todos olhando para mim.

💭 Sem espontaneidade, Ava. Drog* eu tinha me esquecido.💭

Me levanto, e me recomponho.

— Me desculpem.

— Não precisa pedir desculpa, eu amo quando você demostra os seus sentimentos, principalmente, por Alice.( o meu irmão fala, me abraçando)

— Ava não pode se comportar dessa forma, tem que se controlar. Isso seria motivo de piada, se estivéssemos entre membros da alta sociedade.( Isabel)

— A minha filha não fez nada de mais, isso é normal para uma família que preza amor e carinho.( A minha mãe fala chateada)

— Vamos deixar os recém-casados descansarem, a viagem foi longa. Esses pequenos detalhes, resolveremos depois. (Vladimir)

Após o jantar, nos despedimos das nossas famílias, Oliver vai para o escritório, enquanto eu, vou para o quarto de hóspedes.

Tomo banho, visto um pijama confortável, e me deito. Horas depois, acordo assustada com Oliver gritando:

— AVA! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? VOCÊ É MINHA ESPOSA! VAI DORMIR NO MESMO QUARTO QUE O SEU MARIDO!

— Eu não quero dormir ao seu lado. Você pode trazer a Valéria, eu não me importo.

Oliver pega com força no meu braço me arrastando até o seu quarto.

– VOCÊ IRÁ DORMIR COMIGO! VOCÊ QUIS SE CASAR COMIGO! AGORA EU VOU TE ENSINAR QUAIS SÃO OS DEVERES DE UMA ESPOSA PARA COM O SEU MARIDO!

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