Capítulo 12

Por um momento perdi o controle, mas graças à chuva não machuquei ninguém, ela me lembra, bem, lembra o lobo que vi aquele dia na cascata, então sou o único que pensou no outro, mesmo acreditando que nunca mais a veria, me enganei, ela está aqui mais presente do que nunca.

- Filho\, você lembra do que aconteceu ontem à noite? - interrogou minha mãe.

- Sim\, mamãe\, lembro de como a chuva fez com que eu me controlasse. Ela é única - respondi.

- Ela é a sua outra metade\, filho\, no futuro ambos podem ser líderes das famílias\, os alfas - comentou minha mãe.

- Primeiro precisamos esperar que ela descubra o que é e que me aceite - expressei.

- Ela fará isso\, filho. Agora\, vamos tomar café da manhã. Um passarinho me contou que ela será a que ajudará Alis a servir o café da manhã hoje - comentou minha mãe com um sorriso.

- Vamos - disse e juntos chegamos à sala de jantar.

Ao chegar à sala de jantar, os outros já estavam lá. Alis entrou e depois ela, chuva. Apesar dos hematomas em seu rosto, ela ainda está linda. Ela ainda não me enxerga, eu apenas a vejo servindo café para meus avós, e a sigo com o olhar. Ela parece perceber, pois quando está se servindo de suco, ela levanta seu olhar e encontra o meu. Eu simplesmente sorrio para ela e ela desvia o olhar, nota-se que está nervosa, mas assim ela fica mais linda.

Ela tomou seu tempo com meus pais e minha irmã, mas quem me serviu o café foi Alis, garota esperta, sabe como me evitar, mas isso não vai funcionar para sempre.

Quando terminaram de servir, foram para a cozinha e minha mãe falou.

- Filho\, acho que dessa vez você terá dificuldades - comentou meu pai rindo de mim.

- Eu nunca desisto\, papai\, e você sabe disso - respondi.

- Espero que sim\, filho - comentou meu pai.

O café da manhã transcorreu muito tranquilo. Quando terminamos, elas voltaram para retirar os pratos, mas eu ainda estava comendo muito devagar. Alis levou a maioria dos pratos e pedi para chuva esperar eu terminar.

- Chuva\, você gosta de cavalos? - perguntei.

- Bem\, eles são bonitos - respondeu nervosa\, na verdade ela parecia desconfortável.

- Você gostaria de dar um passeio comigo a cavalo? - indaguei.

- Embora eu quisesse\, não posso\, estou no meu horário de trabalho e não posso me distrair das minhas ocupações - respondeu séria\, mas ainda assim linda de qualquer maneira.

- Mas você gostaria de montar a cavalo? - insisti em saber.

- Bem\, sim - respondeu.

- Não se fala mais nisso. Vou falar com meus avós e esta tarde você percorrerá a floresta comigo a cavalo - afirmei e a deixei me olhando surpresa enquanto eu saía rapidamente da sala de jantar\, não lhe daria a oportunidade de recusar.

Troquei de roupa por uma roupa esportiva e fui para a academia. Preciso drenar um pouco de energia, não quero perder o controle e que ela descubra antes do que somos.

Depois de treinar um pouco, tomei um banho e fui contar o plano que tenho com chuva para a avó.

- Vovó\, esta tarde vou levar chuva para percorrer a floresta a cavalo\, você poderia dizer para Alis deixá-la livre - pedi à vovó.

- Ela aceitou? - perguntou a vovó\, levantando uma sobrancelha.

- Digamos que não dei a oportunidade para ela dizer não - respondi.

- Você é realmente um caso à parte\, mas está bem\, direi a Alis que chuva tem a tarde livre - aceitou a vovó.

- Obrigado por isso\, te adoro - dei um beijo na bochecha dela e fui organizar para que esta tarde tenham preparados dois cavalos.

Depois de dar as instruções para que os cavalos estejam prontos, voltei para a sala de jantar. Já era hora do almoço, e desta vez Alis estava servindo a refeição com Aurora.

- Alis\, chuva tem a tarde livre - indicou minha avó.

- Como a senhora mandar - respondeu Alis\, e eu sorri feliz.

Depois do almoço, fui um momento para o meu quarto. Após algumas horas, troquei para roupas de montar e fui procurar chuva, que não imagina que vai me deixar plantado.

- Alis\, onde está chuva? - perguntei entrando na cozinha\, todos estavam lá\, menos ela.

- No quarto dela - respondeu.

- obrigado\, - - - saí da cozinha e fui procurar a chuva- -

- - - Toc\, toc- - -

- entre\, - - - chuvia indica do outro lado da porta e eu entro- -

A vi sentada na cama lendo. Ela não estava pensando em comparecer ao meu encontro? De qualquer forma, não importa, não vou deixar ela escapar do nosso encontro.

- Você está pensando em ir montar assim? - - - pergunto- -

- Não\, eu não vou montar\, - - - ela responde- -

- Sim\, você vai\, minha avó deu permissão\, então troque de roupa e vamos\, - - - eu indico- -

- Eu não sei montar\, - - - ela responde com outra desculpa- -

- Bem\, eu te ensino\, - - - eu proponho- -

- Eu não tenho tempo\, meu quarto está bagunçado e tenho muito o que arrumar\, - - - garota boba\, ela acha que pode escapar desse passeio comigo- -

- Bem\, eu te ajudo e depois vamos\, - - - eu proponho- -

- Não\, veja bem\, eu não posso sair passear com você\, você é o neto dos meus chefes e isso não ficaria bem\, - - - alega chuvia- -

- Eu não acho que seja assim\, meus avós acham perfeito que saiamos juntos\, assim como meus pais e irmã. Então\, senhorita\, você tem quinze minutos para se trocar\, se não o fizer\, eu virei e te levarei no colo\, esteja vestida como estiver\, - - - eu digo e saio do quarto dela antes que ela arranje outra desculpa boba para não ir montar comigo- -

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