estou aqui...

Enquanto Lina chorava no quarto olhando para janela, Deive se via travado em frente a porta, era uma decisão difícil, ficar ou ir embora.

"Ir embora e ter uma vida fácil, sem ter muitas complicações e continuar sua vida como se nada tivesse acontecido e nem tivesse a conhecido e deixar ela na mão de seu pai quando a achar e só ver a notícia do pior na tv."

"Ficar e a proteger, mesmo que os problemas apareçam, ficar do seu lado e garantir que ele nunca mais chegará perto dela."

Deive gostava de sua vida sem muitas preocupações, mas fazendo os prós e contras a resposta parecia fácil. ele mal a conhecia e aquilo parecia mais do que uma simples atração, ele sentia seu peito querer pular pra fora só de pensar na possibilidade de passar por aquela porta. então ele se virou e foi até o quarto e viu Lina de costa olhando para a janela, ele se aproximou dela e a abraçou por trás:

- Eu estou aqui, não vou sair.

- você não pode ficar aqui.

- Eu quero e eu vou ficar, o resto a gente lida depois.

Lina se virou para Deive, o abraçou e o beijou.

- Você tem certeza?

- sim.

- você não precisa lidar com isso.

Disse Lina entristecida.

- Eu sei. Mas eu vou ficar. Por enquanto, vamos relaxar, seu pai não vai chegar aqui amanhã, vai demorar um pouco, pedi pra um amigo descobrir quando ele viria, assim podemos nos preparar.

- seria o Guilherme o amigo?

Deive então teve certeza que ela ouviu a conversa.

- sim, interessante saber que vocês namoraram.

- não deu certo, parecíamos mas amigos que namorados.

- Ele contou. Agora você vai ficar tranquila?

- Não muito, ele tá vindo e quando ele chegar, não sei o que fazer.

- ele sabe seu endereço?

- não, mas sabe o campus que eu estou estudando.

- no campus, ele não vai fazer nada, muito público, e ele não sabe onde você trabalha e nem onde mora.

- mas pode usar meus irmãos para descobrir e me chantagear.

- É verdade, mas podemos pensar nisso quando ele estiver aqui. Até lá. Viva sua vida normalmente.

- Vou tentar.

Eles ficaram ali por um tempo abraçados na janela apenas curtindo o clima que voltou a ficar agradável.

No Brasil, Alfredo tentava de todos os jeitos conseguir férias ou até mesmo ser demitido para ir atrás de Lina, ele usaria esse dinheiro pra tirar o visto de turismo para sair do país, a desculpa que iria de férias com seus filhos, ele trabalhava de supervisor em uma fábrica de açúcar, e ganhava muito bem, com as férias e o salário, ele conseguiria ficar por lá por umas duas semanas com um pacote de viagem e turismo, assim ele e seus filhos bastardos teriam um hotel pra ficar.

Alfredo foi a escola das crianças, tentar ver se conseguia tirar as crianças da escolas por duas semanas, mas a escola disse que sem um motivo concreto as crianças não poderia perder aula, então ele lhes disse que ia visitar sua filha que estava estudando fora, e estaria de férias em um mês, mas ela não conseguiria vir pra cá. Sendo motivo de família, o diretor lhe informou que ele precisaria levar uma declaração de viagem e o visto das crianças, assim eles não ficariam com faltas e nem perderia matéria.

" Um problema resolvido, agora tenho que resolver os vistos"

No trabalho Alfredo já tinha pedido suas férias. E eles lhe disseram que talvez no próximo mês, eles conseguissem lhe dar férias, um mês era muito, mas ele esperaria pacientemente, afinal Lina era sua, e ele a teria de volta, e faria tudo que tem pensado com ela, e ela aceitaria nem que pra isso estivesse morta.

O visto estava mas difícil, pois ele tinha que comprovar muitas coisas, identidade dos filhos, dias de férias, sua renda e moradia, acabava sendo muita burocracia, sem falar que teria que dar um jeito de levar seus filhos, Peter seria fácil de manipular, ele já estava com saudades dela, mas Lidia seria muito difícil, ele tinha nojo dela, pois ela se parecia com ele em questões de aparência, mas tinha um belo corpo, mas isso não era o suficiente pra ele. Lina era parecida com Ana em questões físicas e aparência, tudo nela lhe lembrava Ana, então ela tinha que ser dele, pois Ana fez Lina pra ele.

- Peter.

- Sim, pai.

- O que acha de irmos visitar Lina?

- sério? O senhor já fez as pazes com ela?

- Claro filho, sua irmã disse que está com muita saudades de você.

- também tô com saudades.

Alfredo tentaria tirar de Peter se ele falava com Lina, mas Lidia chegou na hora e chamou Peter. Ele daria um jeito em Lidia e logo a colocaria em seu lugar e ela o ajudaria a descobrir onde Lina tá, onde mora e onde trabalha.

Alfredo foi trabalhar, com muita raiva, Lídia atrapalhou seus planos mas, ele descobriria, Peter é uma criança ingênua e ver Lina como sua mãe, ele com certeza fará tudo que ele lhe pedir para ver Lina novamente.

Lídia notou que seu pai estava falando com forma diferente com Peter, ele até estava parecendo um pai normal, Lidia estranhou aquilo e decidiu chamar Peter, para fazer algo,

assim seu pai logo sairia trabalhar e os deixaria em paz. Quando seu pai saiu para trabalhar, Lídia decidiu conversar com Peter.

- Peter, o que o papai te falou?

- que vamos ver a Lina.

- Peter, você não pode acreditar em tudo que o pai fala.

- por que?

- Ele só quer fazer mal pra gente e principalmente pra Lina.

- Ele disse que eles fizeram as pazes.

- não acredite em nada que ele disser tá bom!?

Lídia ficou preocupada pois sabe o que seu pai está tentando fazer, e ficar com medo só piora tudo. Se seu pai descobrir que ela tem contato com Lina, não sabe do que ele será capaz. Lídia começou a ficar mais atenta quando seu chegava, pra ele não chegar muito perto de Peter.

Alfredo saiu cedo no dia seguinte com os documentos dos filhos e o dele, tudo que ele precisava estava na pasta, agora era só pagar e ele teria o visto e logo sua Lina...

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