Capítulo 10 Tom não quer ficar no hospital

Capítulo 10

** Tom não quer ficar no hospital **

Anthony

Chegamos no hospital e conversamos com o médico.

-- Bom dia senhor Darvis\, senhora\, Tom passou bem a noite\, mas o coágulo não diminuiu se pararmos com a medicação ele vai sentir muita dor.

-- Ele ainda está no CTI? -- Lari pergunta preocupada.

-- Sim\, mas vai para o quarto agora mesmo\, ele está muito nervoso\, e no quarto ele poderá assistir filme enfim se distrair. -- o médico responde.

-- Ele tem condições de dar um depoimento à polícia? -- eu que pergunto.

-- Tem sim\, se ele quiser pode sim.

O médico diz para aguardamos que alguém virá em breve nos dizer em qual quarto Tom está.

-- Poxa amor foi grave mesmo\, e Tom passou a tarde ontem pulando na piscina.

-- Poderia ter desmaiado\, como íamos imaginar. -- digo para Lari percebendo que falei demais e a deixei mais nervosa.

O meu advogado chega com o delegado no hospital.

-- Anthony?

-- Calma eles só vão entrar se Tom estiver bem e disposto\, precisamos disso para que o agressor não saia da prisão Lari.

-- Está bem.

Eu e Lari entramos no quarto de Tom.

-- Oi filho como você está.

-- Bom dia mãe\, pai\, eu quero ir embora não vou ficar aqui não. Amanhã tenho duas reuniões.

-- Calma Tom\, deixa que isso eu resolvo não se preocupe. -- eu falo pra ele.

-- Filho agora você precisa se cuidar\, é preciso desmanchar esse coágulo sem bater em nada ou você pode até desmaiar e passar muito mal.

Tom está inconformado.

Lari está agarrando Tom cheirando e beijando como se ele tivesse cinco anos.

-- Já tomou café filho? -- ela pergunta.

-- Tomei mãe.

-- Filho para manter o agressor na cadeia\, você precisa dar o seu depoimento\, consegue?

-- Agora pai?

-- É agora o delegado e o nosso advogado estão aí fora.

-- Eu consigo sim\, mas e a moça?

-- Matt está indo buscá-la nesse momento na casa dela.

-- Pode mandá-los entrar.

-- Amor fica sentadinha na poltrona\, relaxa você está muito nervosa.

Eu chamo o delegado e o advogado e Tom conta tudo exatamente como já contou pra gente em casa. O delegado insiste faz perguntas as mesmas várias vezes, mas o meu filho é esperto e mesmo com um coágulo na cabeça ele não erra a história.

-- Verificamos as câmeras do local e realmente bate tudo com o que você está dizendo. Estimo as melhoras senhor. -- diz o delegado.

-- Obrigado. -- Tom responde.

Eles saem do quarto, mas Tom não diz nada. O risco de ele ir embora se ficar aqui sozinho é alto. Tom se tornou um homem bravo as vezes frio e só respeita a mim que sou o seu pai, a mãe dele dobra ele na base do carinho.

Mas seu que se ele resolver ir embora ninguém segura.

-- Filho eu preciso que fique aqui para esse coágulo desaparecer logo. Ou poderá levar mais tempo e você não vai aguentar de dor.

-- Pai eu não vou embora\, eu quero\, mas não vou por conta própria.

-- Que bom.

-- Mas quero meu notebook vou trabalhar daqui amanhã.

-- Mas se a cabeça doer não insista Tom. -- Lari diz com carinho.

-- Eu vou até a delegacia\, depois eu volto. -- eu digo me debruçando na cama para que Tom me dê o meu beijo.

-- Obrigado pai\, desculpa por isso.

-- Você fez o que tinha que fazer filho. E agora eu faço o que tenho que fazer ninguém bate em filho meu e fica vivo pra contar a estória.

-- Anthony? -- Lari me repreende.

-- Se aquela vez fosse um filho meu eu teria me tornado um mafioso Larissa.

-- Eu sei amor\, mas não precisa disso morrer é pouco ele tem que sofrer na prisão\, é um abusador de mulheres.

Me despeço deles e vou para a delegacia.

*****

Tom

Eu estou irritado nesse hospital, pensei que eu iria passar o dia perto da Nina.

-- Mãe você trouxe o meu celular?

-- Eu trouxe\, quer?

-- Quero.

Minha mãe me entrega e percebo que não tenho o número de celular da Nina.

-- Mãe\, não precisa ficar aqui o dia todo vá descansar. Almoçar com o Ben que chegou a poucos dias.

-- Ouvi o meu nome? -- Ben diz abrindo a porta no quarto.

-- Oi mano\, sim eu estava dizendo para a mamãe ir almoçar com você em casa.

Ben me abraça e sempre nos beijamos no rosto, somos todos apegados.

-- Teremos tempo para isso Tom\, não se preocupe.

-- A Nina mandou essas bolachinhas pra você é ela quem faz.

-- Ah agradeça a ela por mim.

Acho que deixo um sorriso escapar e pego olhares da minha mãe e Ben.

-- O que?

-- Nada\, eu não disse nada você disse mãe?

-- Sei.

Passamos a manhã assim, eles almoçaram comigo e a tarde recebi uma medicação que me faria dormir, então eles foram embora, mas antes eu pedi ao Ben para mandar a Nina vir me ver se ela quisesse.

-- Você que quer vê-la Tom.

-- Eu sei disso.

-- Será que a brasileira está amolecendo esse coração nunca antes habitado.

-- Ben eu gosto de conversar com ela. Não pense isso nem diga nada a ela se ela perceber qualquer coisa não vem.

-- Ah isso eu sei. Vou mandar o motorista trazê-la. Mande uma mensagem quando você acordar.

-- Combinado.

-- Nossa qual é o motivo desse sorriso? -- Minha mãe pergunta quando sai do banheiro.

-- Nada não mamãe.

Ela me abraça e muito a contragosto deixa o quarto.

Depois que eles saíram eu dormi muito rápido pois não, me lembro de nada.

Só me lembro que deixaram o lanche da tarde, mas eu nem comi ainda estou muito sonolento. Pensando em me levantar e tomar um banho. Minha mãe me trouxe alguns pijamas.

Ouço baterem na porta.

-- Entre. -- digo baixinho.

-- Tom.

-- Nina que horas são?

-- Já são 19 horas você não mandava mensagem\, Ben me mandou para te acordar. Como você se sente?

-- Com muito sono\, mas estou bem. -- eu digo segurando a mão da Nina com minhas duas mãos.

-- Que bom Tom. Mas se sente para você comer.

-- Vou mandar trocar esse lanche está estranho. Mas preciso tomar um banho.

-- Precisa de ajuda? -- Nina pergunta.

-- Você quer me dar banho Nina?

-- Não né\, mas se precisar qual é o problema é só você ficar de cueca.

-- Bom saber\, obrigado. Pode pegar a minha mala pra mim?