Corremos para o quarto assim que chegamos. Conhecendo o Guilherme, ele vai chegar arrombado a porta. Eu fui primeiro e arrumar, queria está bela quando chegasse fazendo seu show esperado. Sai só de lingerie para me maquiar e deixei a Cecília tomar banho dela. Levei um susto enorme quando a porta se abriu, me desequilibrei e acabei sendo apoiada pela parede. Parede sempre salvando vidas. Quando vi quem era que tinha entrado, meti carão! Virei a cara. Já tinha passado humilhação hoje, agora é minha vez de fazer raiva.
— Quando tiver satisfeito de olhar avisa, preciso terminar de me arrumar. — Eu falei debochada, já que seus olhos não saiam do meu corpo e ele não tinham reação.
Gui demorou um tempo para responder, estava um pouco em choque, o que deixou tudo ainda mais divertido.
— Troquem de roupa, quero falar com as duas. Estarei lá na sala. — Gui falou bateu a porta com ódio e eu gargalhei. Missão completa.
— O que aconteceu? — Cecília saiu preocupada do banheiro enrolada em uma toalha com a pancada da porta
— O seu irmão me pegou de lingerie e se desorientou um pouco. Disse que quer as duas lá na sala — falei vestindo a roupa, tentando controlar os risos.
— Se é isso que ele quer, vamos. Ele terá o que deseja, amiga — Ceci falou com sorriso um malicioso. Terminamos de nos arrumar e descemos. Gui estava lindo. Ele sempre está lindo, tenho que admitir.
— Se liga, amiga, não pode deixar a peteca cair. Babar por ele é errado Ele vai ter que sofrer pelo pecado que cometeu com você. Não facilita para ele. — Cecília falou me dando uma tapa na cabeça
— Sim — Farei ele sofrer, é um jogo mais justo, mas que está gato, está. Não posso negar.
Quando descemos as escadas, já estão todos na sala. Meu pai, o deles dois e Gabriela. Guilherme levanta na hora que nos ver, podia ver a raiva nos seus olhos. Ceci estava certa, era uma boa forma de vingança.
— Que roupa é essa, vocês duas ? — Gui perguntou irritado e eu só conseguia dar risada da reação dele.
— Aí, irmão que alarde por nada. Depois do jantar vamos a uma boate. Eu te disse — Cecilia respondeu sorrindo para ele, tenho certeza que sabia que era vingança.
— As senhoras vão vestidas desse jeito para uma boate? De forma alguma.— Guilherme fala me olhando dos pés a cabeça, negando com a cabeça a ideia.
— Você é o que meu mesmo, Guilherme ? Verdade. ABSOLUTAMENTE NADA! Então deixe minha roupa. Pai, o que acha? — sorri para meu pai que estava vendo a cena sem entender nada.
— Você está divina. As duas estão maravilhosa. — Meu pai respondeu olhando para nós duas
Olhei para o Gui com um sorriso de vitória e passei bem pertinho dele. É o máximo que ele vai chegar perto hoje. Vai aprender que não se mexe com mulheres. Ainda mais aquelas que podem dar um troco bem dado nele.
– Gente, eu e Pedro temos algumas coisas para conversas com vocês antes do jantar podem sentar — Tio Sérgio estava sério, o que me preocupou um pouco.
— Eu terei que fazer uma viagem longa para cuidar da minha irmã que fará tratamento. Devo ficar fora por volta de um ou dois anos, para não atrapalhar os estudos de Sophie, o Sérgio disse que ela poderia ficar aqui até terminar os estudos — meu pai me olhava esperando minha reação, mas eu estava em choque total. Não esperava isso.
— Vocês sabem desde pequenos, que Sophia era prometida ao Guilherme, entretanto, não queremos forçar esse casamento. Esse ano que vão morar junto podem mudar a visão que um outro, caso contrário, cada um segue o seu caminho. Não precisaram ficar juntos. Estarão livres para tocar a vida como bem queiram — Sérgio explicou olhando para Guilherme
— Como assim? — perguntei sem entender bem onde Sergio queria chegar
— Somos donos de uma empresa que agregaria muito um casamento comercial-politico e você iria morar com o seu pai, junto com sua tia. A vida de vocês mudariam de rumo. Sempre tiveram perto e tempo para decidirem. Agora será a última oportunidade. — Sérgio respondeu. Não aguentei ouvir aquilo. Eu sei como vai terminar. Guilherme já decidiu. E eu não vou mesmo perder meu tempo mais batendo na mesma tecla que já estava quebrada a muito tempo.
Eu me levantei e peguei minha bolsa, estava indo em direção à porta
— Filha, onde você está indo, não jantamos — Meu pai questionou.
— Perdi a fome. Você vem comigo, Cecília? — Falei sem olhar para trás, meus olhos estavam cheios de lágrimas. Não queria encarar nenhum deles.
— Sim, vou pegar apenas pegar minha bolsa. — Ceci respondeu. A sala não dizia mais nada.
Estávamos saindo de casa, quando estava para entrar no Uber , senti uma mão puxando meu braço. Era o Guilherme. Ele me pressionava contra o carro. Me encara com um olhar sério.
— Sophie, o que você tá fazendo? Para onde você tá indo? — Gui me perguntou sem tirar os olhos dos meus.
— Boate — Não queria falar. Não podia. Iria acabar chorando. E já tinha prometido não chorar mais por esse idiota.
— Cecília, tem certeza? — Gui insistiu olhando para Cecília que já estava entrando no carro, ela acenou confirmando, parecia triste e desanimada.
Gui me soltou e pegou o telefone. Saiu sem falar nada comigo. Nunca vou entender ele. Nunca. Chegamos a boate. Minha vontade de chorar estava enorme. Parecia que estava com um nó preso. Eu fui para o bar, queria descer as lagrimas com uma batida de limão bem gelada. Cecília não falava nada, ela só me olhava. Ela sabia que quando eu quisesse falar, eu falaria na hora certa.
— Garçom, duas caipirinhas— Pedi piscando para ele.
— Você vai beber? — Ceci perguntou assustada.
— Não, nos vamos beber — Falei entregando a bebida a ela, enquanto me encarava tentando me entender.
Depois da terceira caipirinha, ela já não me olhava mais. Nem eu olhava mais ela. Estávamos dançando no meio da pista quando um pedaço de mal caminho, melhor dizendo, o mal caminho todo se aproxima me chamando para dançar. A mãe dele está de parabéns. Vou te contar. Alguém joga água e apaga esse meu fogo.
— Hey, ruivinha, posso te pagar outro drink? — O gostoso me perguntou me olhando com desejo
— Se tu me olha desse jeito é difícil eu dizer não — brinquei com ele
— Anotado. Vamos — O homem disse segurando na minha cintura e nos direcionamos ao bar.
Conversa vai, conversa vem. Perdi Cecilia de vista e só conseguia ver aquele homem na minha frente. Que se dane, Guilherme, né? Ele alisou meu cabelo, rosto, colocou a mão na minha cintura e me puxou para o colo dele. Pensei. Agora a boca está perto. Quando nossos lábios estavam perto de se encontrar, só sinto alguém me puxando pela cintura para longe do mal caminho. Fiquei triste. Estava tão bom.
— Que porra é essa — O cara perguntou olhando para meu lado
— Eu que pergunto, que merda é essa, Sophie? — Guilherme me olhou com puro ódio e eu só quis ri dele.
– O cara era mo gostoso. Eu estava completamente de bobeira. Tu é mane e fica fazendo doce. Cansei de perder meu tempo com suas frescuras. Deu bobeira, outro vem dá assistência — falei voltando em direção ao colo do mal caminho.
— Você vai volta para casa comigo agora! — Gui me olhou com o olhar, aquele olhar que eu não posso revidar. Ele era muito gostoso. Não podia bater de frente muito tempo.
— Desculpa, mal caminho. Acho que vai ficar para próxima— Falei indo em direção ao bar
— Eu falei que estávamos indo para casa. — Guilherme parecia bem mais calmo agora que eu tinha me afastado do mal caminho.
— O que ganho? — Se perdi o mal caminho, queria algo em troca. Era justo. Não ia ficar no prejuízo.
— Não me irritar mais com você? Acho um bom ganho — Guilherme falou sorrindo me olhando
– Prefiro sentar no colo de um desconhecido, deixar você com raiva e me deixar finalmente ser beijada. Cansada de esperar sua boca. Ela parece muito boa, mas não merece tanto esforço e espera. Você nem é tudo isso. Se eu continuar guardando minhas primeiras vezes para você vou morrer sem, Guilherme. — Disse indo em direção à porta. A noite tinha terminado de qualquer forma. Gui não me deixaria fazer mais nada.
— Posso te dar um beijo, te levar para casa no colo e não teremos nada. Não crie expectativa — Gui disse me olhando bem sério e eu ri da cara dele.
— Você é péssimo. Destrói o clima totalmente — falei rindo da cara dele, que tentava ao máximo ser sério em uma boate com uma bêbada
Empurrei ele em um banco, sentei no seu colo, senti o seu cheiro, me arrepiei completamente. E o beijei. Finalmente o beijei. Queria não está tão bêbada. Ele havia oferecido beijo e colo. Vou pegar como eu quero. Parecia que algo tinha acedido em mim. Viva a caipirinha. Eu rebolei no colo dele. Já estava fora do controle. Ele começou a gargalhar e me pegou nos braços.
— Gui — falei no ouvido dele, quase sussurrando, percebi ele se arrepiando
— Oi — Gui me olhou com o mesmo sorriso de antigamente, eu amo esse sorriso meigo dele
— Eu prometo que vou te esquecer — Eu falei o me abraçando forte ele. Eu sei, falo uma coisa e minhas ações dizem outras. Sou confusa mesmo.
— Sabe que você nunca vai conseguir isso – Gui disse me olhando
— Eu vou. Eu posso. Farei isso. — Olhei para ele com os olhos cheios de lágrima
Gui passou o braço e me aproximou mais dele. Era aconchegante. O cheiro dele era o melhor. Na verdade, tudo dele é maravilhoso.
— Eu não vou deixar isso acontecer. — Gui sussurrou bem baixo no meu ouvido
— O que disse? — eu perguntei a ele.
— Que você parece uma criança — Gui respondeu rindo. Faço biquinho por ele ter dito isso.
— Agora parece muito mais – Gui sorriu. Eu me perco nesse sorriso dele. Ele joga baixo comigo. Sabe como me derrubar.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Joelma Oliveira
gosta mas não assume. e que mania e6essa d homem achar q é dono da mulher! saco isso viu!
bora simbora q a bagaceira só tá n começo kkkk e eu adorando já
2023-01-04
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