Morando Com A Desilusão

Morando Com A Desilusão

O não já tenho, vou em busca da humilhação

Essa não é mais uma história de amor cheia de grandes momentos românticos, mas sim a história sobre o amor e em todo seu potencial e grandeza. É complicado, mas vou te contar direitinho a história de como terminei com o amor da minha vida, no meio de um caos enorme que minha vida se tornou com o passar dos anos.

Sabe como é, a gente se apaixonada, tentamos fingir um pouco, escondendo nossos defeitos. Sempre dando o nosso melhor, somos simpáticas, fofas,  tentamos mesmo parecer legal, interessante, inteligente. Comigo sempre acaba dando errado ou acabo discutindo com aquele idiota do Guilherme, não adianta. Tempo perdido. Parece que ele tem um dom magico de despertar o pior de mim ou apenas fico nervosa demais perto dele, grande mistério ou nem tanto assim.

Deixa eu fingir educação com você também, nem só o idiota merece. Eu me chamo Sophia França, tenho meus 16 anos. Faço segundo ano do ensino médio, não sou lá um gênio, mas me esforço bastante para conseguir chegar nas minhas metas (com um pouco de dificuldade, mas chegamos lá). Sonho em ser médica, apenas não escolhi a especialização ainda, mas são detalhes, tenho algum tempo.

Sou esse ser. Ruiva, cabelos cacheados, normalmente deixo ele liso mesmo, os cachos costumam me dar um trabalho enorme, mas um dia ainda assumo eles, tenho olhos azuis e com rosto de uma menina de 12 anos. Sim, vamos todos admitir aqui. Sou linda, eu sei, só pareço uma criança e está tudo bem. Eu moro com meu pai, Pedro França, minha mãe morreu quando tinha apenas 5 anos. Lembro poucos momentos relacionados a ela, a maioria estão relacionados a uma pequena pousada, que meu pai é dono, fica bem próximo da cidade.

Nossa família é bem próxima da família Cordeiro, nossas mães eram amigas de infância, pelo que me disseram,  já nossos pais se conheceram no ensino médio e são bastante amigos até hoje também. Fazendo com que tivessem todos um grande vínculo. Desde que me entendo por gente convivo com eles. São como parte da família de alguma forma, parece estranho, mas você vai entender. Assim como eu, eles não tem a mãe presente, mas diferente do meu pai, o Tio Sérgio casou novamente com a Gabriela.

Gabriela, esposa de Sérgio é um pouco (muito, quando digo muito é muito, sem nenhuma generosidade) mais nova que ele, mas o tio é até que bem cuidado. Ela é uma pessoa muito doce e trata todos com carinho, mesmo os filhos do antigo casamento do tio, o Guilherme e a Cecília. Trata todos eles como se fossem  filhos dela. Ah! Ainda tem o Enzo, de 8 anos, filho da união de Gabriela e tio Sérgio. Ele é bem sapeca, mas passa boa parte do tempo no internato, quase nunca vemos ele.

Agora falando do Guilherme e da Cecilia, eles são super unidos. Até mesmo quando estão brigados, eles são unidos. Deus me livre quando brigam, parece o próprio apocalipse. Gui tem 17 anos, está no 3° ano, Ceci com 16, no 2° ano. Estudamos todos na mesma escola. Ceci e eu estamos na mesma sala. Ela sempre foi minha melhor amiga. Somos as irmãs que nunca tivemos. Sempre tivemos coladinhas desde pequenininhas. Bom, já o Gui... Ele merece uma parágrafo próprio.

Pronto, acho que expliquei sobre minha vida ou melhor, quem está nela. Verdade, o mais importante! O Guilherme! O Idiota. Sim, o homem é lindo! Não só lindo, gostoso, inteligente, cavalheiro e podre de rico. Sim, as mulheres vivem aos seus pés. E eu? Sou a amiga de infância que não consegue se aproxima dele sem brigar. Que genial, né?  Quando mais novos, nosso relacionamento era bem mais leve e ele realmente era bem mais doce comigo. Agora só me perturba mesmo sempre que pode. Mesmo estando apenas no ensino médio, já ajuda seu pai na empresa de tecnologia da família deles, conhecida nacionalmente. Entretanto isso nunca atrapalhar seus estudos, ele teve a sorte de nascer com memória fotográfica. Por mais que eu me esforce horrores, acabo ficando no 2° nas notas gerais da escola, ele sempre me ganha sem esforço. Sem nem tocar em um livro. Que ódio enorme que tenho disso.

De qualquer forma, hoje me decidi, como nunca consigo me expressar bem perto dele. Então vou entregar uma carta. Sei que pode parecer brega, mas é meu melhor plano para conseguir dizer o que sinto,  sem acabar mandando ele a merda assim que eu me aproximar dele. Passei a noite escrevendo e reescrevendo. Vai dar certo. Contei meu plano diabólico a Cecília assim que cheguei na escola. A reação foi nada do que imaginei.

— É uma péssima ideia. Tu sempre tem ideias ruins, mas essa superou de longe todas elas. Carta, sério? — Ceci disse me julgando completamente

— Eu ia mandar e-mail, mas vai que ele não abre. Talvez até bloqueada eu seja. — respondi pensando em mandar algo um pouco menos ultrapassado.

— Não era mais fácil só explicar a ele? — Cecilia sugeriu me encarando com um olhar super julgador

— Eu nunca conseguiria, a gente sempre acaba brigando e eu querendo matar ele. Você sabe e eu sei — expliquei me sinto irritada só de pensar na ideia, como acabaria dando errado.

—E como uma carta pode fazer isso dar certo, Sophie? De qualquer forma estarei aqui quando terminar isso.  — Ceci me apoiava, mas estava claro a preocupação com a minha ideia

— Vou fazer agora. Quando ele estiver entrando na escola. Para ele nem ter tempo de se esconder — Falei e corri em direção da portaria.

— O QUÊ? NA FRENTE DE TODOS?! QUE MERDA! GUI VAI DESTRUIR VOCÊ — Cecília gritou correndo para o portão.

*Na porta da escola*

Estou ansiosa para entregar. Estava é um pé e noutro, esperando ele. Quando o vejo. Vou sem medo, com uma coragem que eu nem sabia que existia em mim. O não já tive desde que conheci ele! Acho que estava em busca da humilhação pública. Quanto mais eu penso sobre isso, mas me parece uma péssima ideia, mas não posso desistir agora, já cheguei longe demais para desistir.

— Gui! — Eu gritei e todos ao redor do pátio nos olhavam curiosos

Guilherme parou assim que me ouviu gritar,  todos ao redor fazem o mesmo, nos observando. Quase ninguém tinha intimidade com ele para chamar dessa forma. E muito menos para gritar assim. Ele tinha um respeito enorme na escola. Ia me aproximar, mas Gui se aproximou antes, estava parecendo irritado, mas sempre está quando me aproximo dele ou será que foi porque gritei chamando por ele dessa vez? Acho que logo saberei.

— Toma — entreguei a carta, mas ele nem ao menos segurou.

— O que é? — Gui perguntou me encarando como um idiota que é.

— É idiota? Uma carta. Nunca viu? — Por isso tinha que ser por carta, sempre acaba assim.

— Você entrega uma carta para alguém gritando e chamando ele de idiota? — Gui perguntou me olhando nos olhos, minha raiva estava subindo já, um passo para me descontrolar,

— Aceita logo isso. Você sabe que é idiota mesmo. Não é uma novidade. — que merda que eu estou fazendo, alguém me salva. Isso é um desastre.

— Não preciso ler o que tem escrito aqui. Eu rejeito qualquer coisa que vem de você. Ainda mais vindo dessa forma tão rude. Pode enfiar essa carta.. Bem, você não é idiota. — Gui respondeu se virando, indo em direção à porta. Cecília passa por ele empurrando com todo ódio do mundo ele. Quase derrubando o irmão.

— Era necessário tudo isso? — Cecília perguntou encarando o irmão com raiva

— Deveria ter impedido ela de fazer isso, Cecília. Você conhece nos dois. Sabia como isso iria acabar. O que vocês esperavam? Sério? — Gui respondeu irritado, deixando Cecilia ali e indo para sala de aula.

Eu ignorei todos os olhares para mim. Não me importava na verdade. Apenas me sento no chão e choro. Eu tenho que esquecer esse idiota. Ele é um babaca, me trata como um lixo. Não sei de onde vem esse sentimento torto por alguém que me trata dessa forma. Que tipo de masoquista eu sou?  Cecília se aproxima de mim, estava estampada a preocupação em seu rosto.

— Quando eu disser já a gente corre pelo portão, ok? — Ceci orientou, eu não precisava perguntar muito sobre o que se tratava, era bem claro, a gente ia fugir da escola, certeza que Gui ia pirar e eu adorei a ideia de Cecilia. Gui chateado, eu feliz. Justo.

— Ok — concordei, queria tudo, menos ficar ali também. E o irmão dela puto era uma bela de uma sobremesa agora.

— 1..2...3.. já! — Ceci gritou.

Saímos correndo portão a fora, por sorte o vigilante não estava prestando atenção, o que facilitou muito a fuga. Quando percebeu que tínhamos escapado, já era tarde. Não tinha mais como nos captura.  Não demorou muito, estávamos em direção ao shopping, vamos fazer compras, era uma boa terapia. Tinha um jantar na casa deles hoje. Meu pai e eu vamos para lá. Tínhamos jantares regulares por lá.  Vou esquecer Gui e ainda mostrar o que ele perdeu. Nada que uma roupa e um novo corte de cabelo não resolva. Ninguém esnoba meus sentimentos dessa forma.

O meus pensamentos são interrompidos pelo celular de Cecília, ela atende no viva voz. Se eu era ruim, Cecilia era 10x pior. Era a reencarnação da vingança.  Era Guilherme na ligação. Eu gostava da voz dele, difícil esquecer quando até a voz do cara é gostosa. Ah! Sophie sem jeito.

...*CHAMADA ON*...

— Oi — Ceci atendeu parecendo desinteressada

— Onde você está, pirralha?  Você perdeu o juízo que nunca teve — Gui estava puto, sabia que ia ficar assim. Cecília já estava rindo.

— Uns garotos nos chamaram para sair e eu estava de bobeira e com... — Cecilia respondeu e eu fiquei me perguntando, será que o moço do Uber conta como garotos?

— Nós? — Gui interrompeu parecendo preocupado

— Eu e a Sophie, acho que vamos para uma boate depois daqui — Ceci disse segurando a risada

—  Traga a Sophie para escola, agora. — Gui ordenou a Cecilia que gargalhou com a ordem

— Não quero, estou curtindo. Até o jantar, Gui. Beijos — Ceci desligou na cara dele

Caímos na gargalhada. Era bom ser melhor amiga da irmã do cara que te deu um fora. Era fácil se vingar dele assim. Compramos umas roupas, passamos no salão,  depois e fui direto para casa da Cecília. Iria me arrumar lá para o jantar de logo mais.

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Hilda F.P Marchesin

Hilda F.P Marchesin

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03/08/2024 06 : 19 AM
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Léa Maria

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Lua

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21.03.2024

2024-03-21

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Capítulos
1 O não já tenho, vou em busca da humilhação
2 #PartiuBalada
3 Ressaca
4 Podemos comer pudim?
5 A vida voltando ao eixo - ou não
6 Gato e Rato
7 A aposta
8 Caso da loiro no colo
9 Bandeira da paz
10 A noite só estava começando
11 Noivos?
12 Refugio na praia
13 Formula Magica
14 Um passado bem otário
15 O passado volta para machucar
16 Nunca é tarde para mudar
17 Destruindo o ego em 3...2...1
18 Quem disso cuida, disso usa.
19 Como lidar com a traição de quem mais amamos?
20 Vou me opor agora
21 Daqui para frente, tudo vai ser diferente
22 Preciso me encontrar, para tomar boas decisões
23 Um dia quase perfeito
24 Uma aula de tortura entre casais
25 Cresce, Cecilia
26 Punições podem ser extremamente prazerosas
27 Cecilia balança, mas não cai
28 Sempre me perdendo pela comida
29 Preciso de um tempo
30 Uma eu menos preocupada
31 Um espaço para mim
32 Ninguém me entende
33 Falha na comunicação
34 Conhecendo a cidade
35 Como é difícil resistir
36 A versão vilã de Sophie
37 Eu ganhei ( ou quase isso)
38 Virei Vampira
39 Um boneco de neve com desejos
40 Um almoço temperado com DR
41 Deyse e Celine
42 A nossa aliança
43 Muito para digerir
44 Parceiro de vida
45 Torrada queimada, mais uma piada?
46 Um dia frio, mas muito bom
47 Não vou sem meu pudim
48 Thiago, Cecilia, Pudim e Adeus
49 Escalando a montanha com Gui?
50 Um doce para tirar o amargo da boca
51 Encontraram o Thiago
52 Meu lugar é ao lado dele
53 Um jantar cheio de jogos
54 Anuncio Polemico
55 O momento de adeus chegou
56 O tempo voa, mas a dor permanece
57 Nada é tão ruim que não possa piorar
58 Noticia em dose dupla
59 Thiago acorda com problemas
60 Hora da verdade
61 Não sou um objeto
62 Dia da fuga
63 B1 e B2
64 Esse quebra cabeça está confuso
65 É necessário um plano B
66 Sanduiche Tenebroso
67 Primeiro dia do tratamento da Ceci
68 Cecilia perdendo a batalha
69 O fim de uma batalha, inicio de outra
70 Uma nova despedida
71 Sobre confiança
72 Um por todos e todos por um
73 O presente da esperança
74 Guilherme deixou claro suas intenções
75 As estações podem passar, mas o sentimento não
76 O plano para a felicidade
Capítulos

Atualizado até capítulo 76

1
O não já tenho, vou em busca da humilhação
2
#PartiuBalada
3
Ressaca
4
Podemos comer pudim?
5
A vida voltando ao eixo - ou não
6
Gato e Rato
7
A aposta
8
Caso da loiro no colo
9
Bandeira da paz
10
A noite só estava começando
11
Noivos?
12
Refugio na praia
13
Formula Magica
14
Um passado bem otário
15
O passado volta para machucar
16
Nunca é tarde para mudar
17
Destruindo o ego em 3...2...1
18
Quem disso cuida, disso usa.
19
Como lidar com a traição de quem mais amamos?
20
Vou me opor agora
21
Daqui para frente, tudo vai ser diferente
22
Preciso me encontrar, para tomar boas decisões
23
Um dia quase perfeito
24
Uma aula de tortura entre casais
25
Cresce, Cecilia
26
Punições podem ser extremamente prazerosas
27
Cecilia balança, mas não cai
28
Sempre me perdendo pela comida
29
Preciso de um tempo
30
Uma eu menos preocupada
31
Um espaço para mim
32
Ninguém me entende
33
Falha na comunicação
34
Conhecendo a cidade
35
Como é difícil resistir
36
A versão vilã de Sophie
37
Eu ganhei ( ou quase isso)
38
Virei Vampira
39
Um boneco de neve com desejos
40
Um almoço temperado com DR
41
Deyse e Celine
42
A nossa aliança
43
Muito para digerir
44
Parceiro de vida
45
Torrada queimada, mais uma piada?
46
Um dia frio, mas muito bom
47
Não vou sem meu pudim
48
Thiago, Cecilia, Pudim e Adeus
49
Escalando a montanha com Gui?
50
Um doce para tirar o amargo da boca
51
Encontraram o Thiago
52
Meu lugar é ao lado dele
53
Um jantar cheio de jogos
54
Anuncio Polemico
55
O momento de adeus chegou
56
O tempo voa, mas a dor permanece
57
Nada é tão ruim que não possa piorar
58
Noticia em dose dupla
59
Thiago acorda com problemas
60
Hora da verdade
61
Não sou um objeto
62
Dia da fuga
63
B1 e B2
64
Esse quebra cabeça está confuso
65
É necessário um plano B
66
Sanduiche Tenebroso
67
Primeiro dia do tratamento da Ceci
68
Cecilia perdendo a batalha
69
O fim de uma batalha, inicio de outra
70
Uma nova despedida
71
Sobre confiança
72
Um por todos e todos por um
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O presente da esperança
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75
As estações podem passar, mas o sentimento não
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