Capítulo 13

Lilith

Uma respiração pesada está tomando conta do ambiente, sinto o olhar de meu irmão em minha direção antes mesmo de abrir os meus olhos. Com o cansaço e a pressão alta eu senti muito sono, e depois que eu ouvir a médica garantindo que eu estava bem eu acabei dormindo, eu sentia o meu corpo precisando de descanso, então me entreguei a exaustão, quando acordei ouvi a médica dizer que eu iria passar a noite ali porque a minha pressão não tinha ainda se normalizado.

- Você para, porque se for para você ficar bufando é melhor ir embora Lincoln – ouço a voz da minha cunhada, já ouvir outras vezes Júlia tentando acalmá-lo, e eu me recusava a acordar para esse mar de confusão, mas sinto que está na hora de enfrentar a fera.

Não sou boba, sei que como eu desmaiei nos braços do Paul ele sabe agora da gravidez, assim como Lincoln e pelos rosnado ele sabe quem é o pai, Paul tinha razão em não se envolver comigo, ele ia perder o cara que considerava um irmão, por isso eu me sinto culpada.

-Chega Lilit, acorde – Lincoln diz bravo

- Sua irmã está descansando Lincoln, deixe-a ter um momento, ela precisa de repouso – minha mãe briga com ele

- A senhora sabia, não é? – ele a acusa – como pode acobertar uma sandice dessa? – grita com nossa mãe, e mais uma vez sinto culpa, pois os dois estão se recuperando de tudo o que aconteceu agora, eu não quero que os dois briguem novamente

- Sua mãe não tem culpa de nada meu amor – Julia diz fazendo uma voz doce, porém firme – sua irmã é de maior, além do mais eu também sabia, está nítido o quanto os dois se amam, só você não percebeu.

- Ele é como um irmão para mim amor – ouço a voz embargada do meu irmão, uma lagrima sorrateira escapa em meus olhos – eu achava que ele via ela como uma irmã também, ele a viu crescer, Lili insistia para que ele brincasse de boneca com ela, tem noção dessa merda?

- Eu também dizia que quando eu crescesse eu me casaria com ele – digo me sentando na cama, eles se viram para mim, Lincoln me ajuda a me apoiar na cabeceira arrumando os travesseiros para mim – eu o amo.

- Hoje você viu Paul comendo a secretaria, ele não te ama Lili, ele nunca vai te amar – o meu irmão diz parecendo querer me ver sofrer ainda mais

- Lincoln – minha mãe e minha cunhada o repreendem e eu sorrio deixando mais lagrimas escapar.

- Lincoln tem razão – digo as assustando – eu o vi mesmo, mas eu sei que o Paul me ama

- Não diga umas merd4s dessa – meu irmão me interrompe enojado – eu o soquei pouco espero que ele nunca apareça na minha frente, sou capaz de matá-lo.

- você é um bobo Lincoln – eu o acuso – Paul é o seu irmão do coração, eu insistir para ele ficar comigo, Paul lutou contra ele mesmo para resistir a mim, mas no fundo ele me ama, e o que ele está fazendo com ele mesmo é apenas se autodestruir, ludibriar os pensamentos, porque no fundo ele me ama, eu sou a garotinha que ele viu crescer, ele não se toca que eu cresci, que eu virei mulher, o preconceito seu e dele nos impede de ser feliz

- Eu não – meu irmão ia dizer mais eu novamente eu o interrompo

- não Lincoln, agora eu enxergo o que o Paul ver, eu sinto o que ele sentia – digo e enxugo as lagrimas – o nojo que estou vendo em seus olhos é o mesmo que ele sente dele mesmo, ele sente culpa provavelmente por ter manchado a minha honra – eu luto contra as lagrimas que caem em abundancia mas ainda assim sorrio em meio a minha própria ironia, Júlia e minha mãe também está chorando – eu queria que ele fosse forte, mas Paul escolheu você, ele escolheu sua amizade mesmo quando me amando ele decidiu que colocaria tudo o que nós tivemos em uma noite em uma caixinha no fundo da mente, eu sei que o medo que ele sentiu de perder a sua amizade e consequentemente a convivência com a nossa família deu-lhe força para se afastar, mas você como amigo não percebeu o que ele está fazendo, e agora eu não o quero do meu lado irmão.

- Lilith o que você – Diz assustado e eu sorrio sem vontade.

- Paul fez a escolha dele, e eu a minha, eu escolho o meu filho, eu escolho a mim, assim como ele escolheu você eu te libero para ele agora, porque eu não o quero mais, ele vai sentir tanta culpa – eu digo e o meu irmão entende

- Paul não sabe lidar com medo e culpa – meu irmão diz compreendendo, mas ainda assim seu rosto está tomado por mágoa, mas sem o olhar de nojo.

- você é adulta Lili, sabe bem o que fazer, a amizade deles é deles, deixe que eles se entendam, faça o que o seu coração diz, sua decisão não tem que se basear pela deles – Julia diz – são bem grandinhos já para separar as coisas, o fato dele ter visto e acompanhado o seu crescimento não quer dizer nada além do que é, que você se tornou uma mulher forte, que passado é passado, Lincoln vai saber separar as coisas, eu prometo, não sofra se você não quiser sofrer, eu passei por muitas coisas, e eu deveria ter deixado o seu irmão de castigo

- Amor – Lincoln ia protestar quando ela o olha furiosa.

- é o meu irmão – ela diz magoada – você esqueceu disso Lincoln? Não importa se nos conhecemos ontem, ele nos apoiou, ele ficou feliz por nós, assim como você ele também é a minha família – ela diz e engole o choro vindo me abraçar – fique bem, ok? Paul pode visitar você? ele está preocupado, e além do mais imagina a surpresa de saber que você está gravida?

- Tudo bem, amanhã na visita ele pode vir – digo e ela confirma, beija a minha testa o meu irmão faz o mesmo, ele não diz mais nada, sei que está chateado, mas eu também de alguma forma estou.

- Tudo vai ficar bem filha – mamãe diz se deitando ao meu lado e me abraçando, eu começo a acariciar o meu ventre ainda pequeno com apenas uma mínima elevação.

- Eu o amo tanto mamãe – digo e ela confirma – mas eu aprendi que me amar é o maior ato de amor que eu terei por mim mesmo, não vou permitir que agora ele queira ficar comigo, não depois de tudo o que eu vi, não depois das escolhas que tomou, eu não quero e não sou uma segunda opção de ninguém.

- Você merece ser feliz minha filha, eu vou apoiar você em qualquer decisão que você tomar, mas lembre-se, ser feliz, não fingir felicidade – diz fazendo com que eu a encare, eu faço e confirmo, não digo mais nada, apenas encosto a minha cabeça em seu ombro e permito ser a doce Lili, a criancinha que amava colo quando menor, ainda amo porque colo de mãe nunca é demais.

Durante a noite eu não sei se é o meu consciente que faz eu sentir o cheiro másculo e viril de paul, seu cheiro preenche a minha narina, eu sinto a sua presença, e em minha mente eu tento me enganar, é só um cheiro, um cheiro delicioso e que me fez dormir bem a noite toda.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***