Uma boa notícia...

—Você é louca, saia de cima de mim sua versão barata de uma linda mulher.

Eugenia que era a dona do restaurante e amiga do Aubrey entra no

banheiro e vê a cena.

—Ótimo, achei que teria que lhe defender Natalia, mas confesso que

subestimei você, pode sair de cima dessa mulher, não vale a pena seus

esforços por alguém que não se importa nem com ela mesma—Eugenia falou.

—Você conhece essa mulher?—Natalia perguntou se levantando.

—Ela foi namorada do Aubrey, mas já faz muito tempo—Eugenia falou.

—Eu não vou deixar que você me machuque e ainda saia ilesa, o Aubrey vai

acabar lhe deixando também, ele tem problemas que nem você conseguirá mudar

ele—Hannah falou.

—Quem tem problemas é você sua vadia, acha que eu não sei que traiu o Aubrey

com o nosso professor, você me dá nojo Hannah, sai logo do meu restaurante, não

suporto nem olhar para sua cara de vagabunda—Eugenia falou.

Hannah sai irritada do toalete e de imediato sai do restaurante bastante

irritada.

Natalia lava as mãos e vai para a mesa onde o Aubrey a aguardava com as

sobremesas que já haviam chegado.

—Está tudo bem Natalia?—ele perguntou.

—Está sim, acabei de conhecer uma ex-namorada  sua—ela falou pegando mulher e

colocando na taça da sobremesa.

—Eu vi ela saindo do restaurante bastante irritada, o que a Hannah fez?—ele

perguntou.

—Ela não fez nada, eu não sou o tipo de mulher que deixa que me difamem ou

passem por cima de mim—ela falou.

—Eu sei disso, ou acha que eu não lembro do dia que a conheci?—ele

perguntou.

O celular do Aubrey toca e ele olha pelo visor que é do hospital e logo

atente, a médica informa que o pai dele será transplantado naquela tarde.

Ele desliga a chamada e ela nota no semblante dele que parecia feliz e diz:

—Parece que são boas notícias.

—Sim, o meu pai que está no hospital vai ser transplantado esta tarde—ele

falou.

—Fico feliz por você, principalmente pelo seu pai não sabia que ele estava

internado, na verdade não falamos muito sobre você e sua vida pessoal—ela

falou.

—Temos muito tempo para isso—ele falou.

Ele paga a conta e os dois sai do restaurante, dentro do carro Aubrey diz:

—O meu pai é tudo que eu tenho o melhor, ele era, já que agora eu também

tenho você e a Liz, mas por muitos anos foi só eu e ele, passamos por muitas

situações, hoje somos ricos, mas nem meu pai, nem eu, nascemos de família

ricas, mas se tem um homem que admiro bastante, é ele, por isso estou motivado

a ter um filho, eu quero realizar o desejo dele, ao menos antes que ele acabe

falecendo, já que ninguém é eterno, então preciso aproveitar essa segunda

chance que ele está tendo, para dar a única coisa que ele me pediu desde que o

conheço—ele falou.

Natália ficou em silêncio pensativa, ela não queria deixá-lo triste,

realmente havia uma conexão entre os dois, inexplicável, ela estava apaixonada

por ele, talvez por tudo que ele tem feito por ela, pelo carinho que ele tem

com a Liz e por estar sempre por perto, para incentivá-la, encorajá-la e acima

de tudo protegê-la.

Ela ainda tinha receios e medos, feridas que ainda estavam cicatrizando e

isso a fazia evitar dar passos grandiosos, para não acabar correndo riscos que

a levasse a ter uma nova dor.

Muitas vezes com medo de nos ferirmos  novamente, deixamos que parte de

nós mesmas sejam protegidas o suficiente para não sofrer novamente, mas que

muitos não conseguem entender é que a beleza entre duas almas é que a

importância não está em unir pessoas mas sim unir propósitos.

Assim como o fogo só é necessário se tiver água um amor só pode ser

vivenciado se o propósito na vida de cada um seja para o crescimento em que o

maior beneficiário seja não apenas um, mas ambos, um amor que é capaz de se

conectar de forma única e perfeita, vale a pena todos os esforços, pois no

amor, mesmo que perfeito, sempre terá a dor, não importa o quanto um casal seja unido e tenham

forças para lidar  com suas fraquezas juntos, é no amor que é perfeito, que o

imperfeito das pessoas se tornam a melhor versão para a realidade do outro.

Maior que os medos, que as inseguranças, era a coragem que Natalia tinha em

aceitar o novo e erguer-se para o seu futuro que ainda estava prestes a mudar

de diversas formas, assim como o dia que se torna noite, ela sabia que o Aubrey

era o seu sol em meio a tanta escuridão que ela passou em dias de céu sem

estrelas, onde apenas havia sua força em continuar andando, até encontrar sua

luz.

—Aubrey, eu estou disposta a ser a mãe do seu filho, eu quero que você possa

dar ao seu pai a alegria de experimentar a segunda chance dele aqui com você, o

tornando vovô— ela falou.

—Natália isso é sério? Eu não quero que você se sinta pressionada a nada só

porque eu te contei do desejo do meu pai—ele falou.

—Eu só quero que entenda que um filho é um vínculo eterno, então preciso que

pense bem, já que somos casados apenas por contrato, eu não posso ter um bebê e

depois que acabar o contrato, simplesmente você ficar com o nosso bebê—ela

falou.

—Natalia, eu confesso que não estava nos meus planos ter um bebê e o

afastá-lo da mãe, eu não faria isso, eu não quero que nenhum filho meu passe

por isso.

Aubrey ficou em silêncio, lembrando da sua mãe que o abandonou e essa dor e

rancor, ele carrega sempre, ele tinha raiva e ódio da sua mãe, que preferiu

estar com um homem rico, do que ao lado do esposo que nunca a tratou mal, o

pior era que nem sequer o  filho, ela foi capaz de amar, isso era

devastador para ele, com toda certeza não quer que um filho ou filha que viesse

a ter, passasse pelo o que ele passou.

Continua...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***