Cap 12 Maurício

Estou chegando na empresa, me apresento na recepção como quem de fato sou, Maurício Cesarini, filho e herdeiro do fundador desta Construtora, a recepcionista me olha espantada, deve ser pelo sobrenome. Sou direcionado a cobertura do prédio onde fica o escritório, Andrei está me aguardando..., logo sou recebido pela secretária, uma senhora muito simpática, ainda lembro dela, era a secretária do meu pai..., me parece que também lembrou de mim...

Dona Josy:_ Maurício?..., minha nossa!..., como você ficou tão alto e bonito..., seu pai costumava trazê-lo aqui..., fico feliz que esteja de volta a empresa da sua família..., digo, do senhor Andrei.

Maurício:_ Também lembro da senhora..., agradeço por me receber..., e não se preocupe em falar, essa empresa realmente é da minha família...

Dona Josy:_ Quando Sr Andrei falou que viria não acreditei..., nunca esqueci os verdadeiros donos..

Ela sorrir gentilmente, meu pai falava bem dela..., percebo algumas mudanças na decoração, até que o imbecil manteve a empresa bem conservada..., dona Josy me leva até o escritório da presidência...

Dona Josy:_ Senhor Andrei já o está esperando na sala dele..., vamos.

Perroni me recebe com uma cara de poucos amigos..., manda a secretária nos deixar a sós e pede que ninguém interfira em nossa conversa...

Andrei:_ Sente-se..., acredito que já saiba qual cargo quer assumir..., tem a área de finanças, engenharia, RH...

Maurício:_ Sim, sei exatamente o que quero...

Andrei:_ Diga..., qual seria?...

Maurício:_ A presidência...

Andrei:_ Tá louco?..., pela sua formação, achei que quisesse assumir a frente de algumas obras como engenheiro...

Maurício:_ Quero o único cargo que compete a mim na posição de herdeiro dessa empresa e seu genro..., quem você acha que ficará a frente de tudo isso quando você morrer?

Andrei:_ Está me ameaçando? (ele pergunta irritado)

Maurício:_ Não sou homem de ameaças..., eu faço...

Andrei:_ Já está passando dos limites..., não abrirei mão da minha posição...

Eu sei que não, de qualquer forma o quero por perto, ainda não acabei com ele..., Andrei já está bem nervoso e auterado..., tenho um bom acordo que o manterá onde está pelo tempo que for necessário para eu tomar todas as ações...

Maurício:_ Não precisa deixar seu cargo, por enquanto..., podemos dividir a presidência da empresa, terei tanto poder quanto você..., é o único cargo que me interessa e se não estiver disposto a dividi-lo, não me oponho em assumir sozinho...

Falo sério o encarando..., ele me olha incrédulo, balança a cabeça em reprovação..., essa negativa fez nossa conversa passar de quase pacífica para uma discussão calorosa..., se ele acha que eu iria me conformar com um cargo inferior se enganou...

Andrei:_ Não pode está falando sério...

Maurício:_ Até onde sei, a presidência era dividida por você e meu pai...

Andrei:_ Mas isso quando éramos sócios e depois que...

Maurício:_ E depois que o roubou e o fez tirar a própria vida você assumiu tudo sozinho...

Andrei:_ Isso não é verdade..., seu pai infartou e tudo o que tenho, ele mesmo deixou para mim...

Quem vai infartar é ele se não ceder e aceitar a minha proposta, estou quase mudando de ideia em mantê-lo por perto..., mas ainda preciso dele aqui, pelas ações e ele precisa sentir que está perdendo tudo..., quero ver cada olhar de derrota nos olhos dele como o que ele está fazendo...

Maurício:_ MEU PAI MORREU POR SUA CULPA..., POR ROUBAR E O TRAIR...

Andrei:_ VOCÊ NÃO SABE DE NADA...

Maurício:_ SEI MAIS DO QUE IMAGINA..., ESSA É A MINHA PROPOSTA, ACEITE OU SAIA DA MINHA EMPRESA...

Vou acabar com a sanidade desse maldito, estou muito satisfeito em vê-lo totalmente desestabilizado..., a secretária dele me reconhece como um dos donos e logo, todos os demais funcionários saberão quem é o verdadeiro dono desta construtora...

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