Uma Tortura.

Vou até a padaria para falar com o Padeiro e depois volto logo para passar no supermercado, tem um beco estreito ao lado do supermercado que as vezes uso para chegar mais rápido em casa ou do contrário teria que dar a volta e demoraria mais.

Só que estou com um ingrediente que derrete muito rápido e preciso levar logo para a minha Dedushka.

Quando já estou na metade do caminho Ruslan aparece, eu até penso em voltar, mas estou próxima do final do corredor. faço de tudo para não ficar sozinha com ele, mas...

Quando ele se aproxima de mim segura em meu pescoço e me soca contra a parede do estreito corredor. Ruslan tem 1,79 de altura e é forte, em minhas mãos seguro as bolsas o que me impede de joga-las no chão é saber que a minha Dedushka não tem mais dinheiro para comprar outros ingredientes.

O que você quer? Eu já não fiz o que queria? Agora iremos sair de onde conhecemos tudo para um lugar onde não conhecemos nada! E é quando ele coloca a enorme mão por debaixo de meu vestido e começa a alisar minha intimidade por cima da minha peça íntima e diz sórdida mente;

_ Você poderia ir dormir no nosso quarto essa noite! Queria muito continuar o que começamos aquela noite! Você é tão pequena e parece ser tão gostosa..._ Ruslan diz isso com um olhar maldoso.

Você é um maldito izvrashchennyy obidchik(Tarado abusador)... Eu sou sua prima, quase sua irmã! Ele aperta mais o meu pescoço diz;

_ Não é crime o que quero fazer com você! Seja boazinha e me satisfaça, Yelena! _ Ruslan me ameaça.

Eu nunca me entregaria para você! Prefiro virar Lesbi(Lésbica) e ir para a cama com uma mulher do que me entregar para você! Ele se enfurece e me dá uma bofetada ao dizer;

_ Quando nós nos mudarmos vou dar um jeito de conseguir o que eu quero de você, Yelena! _ Dá para sentir o ódio e o desejo nas palavras dele ao dizer isso.

Ele me solta e tira sua mão imunda de minha intimidade, levo um tempo para me acalmar e mais uma vez fingir que está tudo bem e não aconteceu nada!

Quando chego em casa por causa da minha pele clara minha Dedushka vê logo que alguém apertou meu pescoço e me deu um tapa e diz preocupada;

_ Moya lyubovʹ(Meu amor), o que fizeram com você? Diga para mim quem foi e mandarei Ruslan dar uma surra na pessoa! _ E eu digo para ela enquanto penso;

"Só se ele surrar a si mesmo!" Eu olho para a minha Dedushka e tento arrumar uma desculpa para as marcas evidentes!

Dedushka, eu sofri uma tentativa de assalto ao passar por aquele corredor estreito ao lado do supermercado!

_ Moya lyubovʹ, já te pedi para não passar por ali! Olha o que fizeram com a minha Malenʹkaya kukla(bonequinha), espero que lá para onde vamos você não passe por isso! Sabe qual é um dos meus medos de irmos para lá? _ Diz ela preocupada.

A senhora tem tantos, a comida não ser igual a daqui, o clima também é diferente, as pessoas são um pouco mais fechadas... Mas ela me interrompe e diz;

_ Não Moya lyubovʹ, você tem uma beleza que chama muito a atenção! Seus lábios são naturalmente avermelhados, seu nariz é perfeito e seus olhos penetrantes! Você chama muito a atenção e tenho medo que chame a atenção de pessoas maldosas. _

Mal sabe a minha Dedushka que o mal está bem aqui dentro de casa... Vou me cuidar Dedushka! Eu prometo!

Agora diz para mim, essa quantidade de bolo para entregar em dois dias? E ela responde;

_ Sei que vai me ajudar e vamos conseguir os 2,500 dólares para ajudar na nossa mudança facilmente! Agora ,mãos na massa? _

Mãos na massa! Em dois dias fizemos o total de 40 bolos, não paramos nem para dormir direito à noite e ainda temos mais 20 para entregar para essa padaria que está participando de um evento em uma igreja.

Eles levam bastante bolo para lá, parece que a venda dos bolos ajuda a arrecadar dinheiro para o orfanato que a igreja ajuda!

Dedushka, a senhora não parece nada bem. Pode deixar que esses 20 bolos restantes eu faço sozinha, não tem problema! Eu só quero que descanse!

_ Acho que eu preciso descansar um pouquinho sim... Eu não acredito que minha idade está começando a me impedir de fazer o que eu gosto de verdade, mas creio que lá nos Estados Unidos os médicos são melhores do que os daqui e vão me ajudar a descobrir o que eu tenho! _ Minha Dedushka fala visivelmente cansada.

Sim Dedushka, eles vão te ajudar sim! Agora ,por favor, deite e descanse!

Nos dias que passaram a seguir eu arrumo algumas faxinas para fazer, sou obrigada a cobrar um pouquinho mais caro do que eu costumo cobrar e claro que as pessoas para quais eu trabalhei não gostaram nada quando eu pedi o pagamento em dólar, já que a moeda daqui é Rublo russo.

Eu consegui juntar 1200 dólares e meu primo conseguiu o que faltava e até um pouco mais, ele conseguiu um total de $2000 dólares... Eu até perguntei para ele de onde ele tirou aquele dinheiro, mas ele sempre muito misterioso apenas olhou para mim e saiu andando em seguida.

Percebi que minha Dedushka anda cada vez mais cansada e eu pergunto para o meu primo; Quando vamos para o Estados Unidos?

Já conseguiu até mais do que precisávamos, eu quero muito que a nossa Dedushka seja atendida por um médico assim que chegarmos lá! E Ruslan diz;

_ Nós iremos no final da semana que vem, eu estou terminando de resolver algumas coisas que não posso deixar pela metade por aqui! Mas já consegui três passagens muito baratas para nós três para semana que vem na sexta-feira à noite! Então, estaremos no avião para os Estados Unidos logo. Só precisa aguentar até lá sem dar seus chiliques! _

Eu ignoro a última parte do que ele disse para mim e depois vou para o quarto ficar sozinha com a Dedushka.

Os dias passam devagar e eu estou vendo minha Dedushka cada vez pior, estou muito ansiosa para chegarmos logo lá.

E finalmente chega a noite de viajar. Minha Dedushka que morre de medo de avião está nervosa, mas com muita insistência minha e do meu primo ela entra finalmente no avião.

E uma senhora decidiu oferecer para ela um remédio para dormir um pouco, já que ela aparenta estar nervosa e acaba aceitando, é que ela vê que a mulher está sendo apenas amigável e quer ajudar.

E enquanto nossa Dedushka dorme eu fico olhando pela janela do avião e me despedindo no único lugar que conheci na vida, já meu primo está confortavelmente reclinado ouvindo alguma coisa com fone de ouvido.

Eu não consigo ter essa paz que ele tem, sair do lugar onde você nasceu e cresceu para um lugar estranho que você não conhece nada... É totalmente absurdo!

Como ele não sente medo que dê algo errado? Como ele não sente medo de não conseguir voltar para o seu lar?

Agora eu não posso mais ficar me fazendo esse tipo de pergunta! Afinal de contas o avião já decolou para um destino incerto e que eu desconheço.

Meu coração dói e pesa, não consigo entender esse tipo de incômodo que estou em meu peito, mas confesso que eu quero que seja algo de minha cabeça, quero que seja apenas um medo bobo de estar lá, para um destino incerto, em um lugar que eu mal conheço. Então vamos para o próximo passo da vida!

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