Eu me sinto vivo ao seu lado...

Rita se emociona e abraça Nathan.

—Nós sempre estaremos aqui para você,não importa o que aconteça, você pode sempre contar conosco, eu prometo dar o meu melhor para vocês dois—Logan falou.

Eles voltam para a mansão e o Noah estava  aos beijos com a Vanessa na sala.

—Boa noite— Rita falou.

Eles param o beijo e Noah se levanta do sofá com a sua namorada, segura na mão dela e diz:

—Boa  noite cunhada, estamos indo para uma festa de uma amiga da Vanessa, então não precisam me esperar ou deixar o jantar para mim.

Vanessa se despede da Rita e do seu cunhado segurando  na mão do Noah  e os dois vão  até o carro.

Os dois saem em direção a festa e logo que chegam ao local, Vanessa apresenta alguns dos seu colegas de trabalho e a sua amiga aniversariante.

Ela acaba indo falar com uma de suas amigas, enquanto Noah fica sentado ao longe olhando para ela, eles dois se olhavam, trocavam sorrisos, até que um dos médicos senta ao lado do  Noah e diz:

—Eu não entendo, como uma médica que lida todos os dias com pacientes que estão com doenças incuráveis, pode se relacionar com um paciente, você acha que pode sobreviver depois da cirurgia?

—Você que é médico sabe das chances que tenho, mas nunca será Deus, então respondendo a sua pergunta, sim, eu tenho certeza que posso sobreviver a cirurgia.

—Então por qual motivo ainda não fez ela?Acha que se perder mais tempo sem fazer, vai conseguir aproveitar a vida com a sua namorada?—um dos médicos convidado para a festa falou.

—Você todos os dias vê pessoas sobrevivendo e morrendo no hospital, eu não estou com medo da morte, mas tenho medo do que sou capaz de fazer com pessoas tão insensíveis que sentam ao meu lado com comentários irrelevantes—Noah falou.

O médico olha para ele e diz:

—Se você morrer, como acha que a sua namorada vai ficar?Talvez devesse pensar nela e no quanto ela merece ser feliz.

Noah se levanta e começa a beber, Vanessa vai até ele e pergunta:

—Está tudo bem amor?

—Está ótimo,pode ficar tranquila—ele falou enquanto virava outro copo de Whisky na sua boca.

Noah bebe vários copos de whisky e ela nota que ele não parecia muito bem, então pega as chaves do carro para ir embora, como uma amiga sua queria carona, ela se aproxima da amiga e diz:

—Amiga eu já estou indo, você vem comigo?

—Ai amiga, obrigada, mas eu vou pegar uma carona com o meu amigo, irei passar a noite na casa dele se é que você me entende— Luiza falou  sorrindo.

—Sem problemas, se cuida Lulu —Vanessa falou.

Ela entra no carro e antes de dirigir, coloca o cinto do Noah ele logo aproveita que a Vanessa  estava próximo a ele e dá um beijo no pescoço dela.

—Quero tanto viver para sentir seu cheiro —Noah falou após beijar o pescoço dela.

Vanessa ficou arrepiada com o toque dos lábios dele em seu pescoço. Ela coloca seu cinto e dirige, Noah  toca na coxa dela, enquanto ela estava dirigindo e ela olha para ele que se aproxima e sussurra:

—Você devia estar com alguém que possa lhe oferecer um futuro.

Ela para no sinal vermelho e olha para ele dizendo:

—Você não é de fazer isso Noah, mas hoje bebeu, não sei o que aconteceu para você ter ficado bêbado, mas eu não quero que fale sobre essas coisas.

Noah pede desculpas e a beija.

O sinal fica verde e logo um carro que estava atrás começa a buzinar.

Ela para o beijo e volta a dirigir, por mais que seus pais tenham pedido que ela não se envolvesse com ele, todos colegas do trabalho e até mesmo alguns amigos, que achavam que ele não teria muito tempo de vida e que ela poderia sofrer se ele viesse a falecer, mesmo assim, com tudo e todos a  sua volta dizendo para ela não continuar, ela só pensava estar com ele, talvez fosse cedo para Vanessa  dizer que estava apaixonada, mas a atração que ela sentia por ele era forte e incontrolável.

Eles finalmente chegam e logo a Vanessa  estaciona o carro e sobe com o Noah até o apartamento dela. Ela com ele, coloca sua bolsa no quarto  e após ver ele deitado no sofá, diz:

—Eu tenho que ligar para o seu irmão e avisar que você irá dormir aqui.

—Te espero aqui—ele falou.

Ele fica deitada com o coração acelerado, com um misto de emoções e pensamentos, ele estava apaixonado e ao mesmo tempo com medo de fazê-la sofrer, caso ele não sobrevivesse.

Vanessa volta do seu quarto e diz:

—Já pedi a Rita para avisar ao seu irmão.

—Vane, você sabe que eu estou doente, mesmo assim continua comigo, eu não te mereço e mesmo assim não quero te perder, esses dois últimos meses, entre as radioterapias, tentando evitar a cirurgia, você só me apoiou e esteve ao meu lado, mas se eu falecer, quem ficará ao seu lado?—ele falou a olhando nos olhos, enquanto alisava os cabelos dela.

—Eu sei que você está doente, mas não quero que fique pensando nisso, você vai fazer a cirurgia e tudo ficará bem—ela falou.

Eles se olham como se estivessem apaixonados, se existe tal sentimento capaz de colocar duas pessoas que teriam que passar por grandes batalhas, já que suas vidas  se cruzaram em meio a uma doença que ele luta, duas almas que vivem a verdadeira essência do  amor, um turbilhão de emoções que eles estavam sentindo, uma forma única de se conhecerem e principalmente o perigo de ambos sentirem algo inexplicável, uma paixão tão rápida e intensa, capaz de fazer ambos esquecerem do mundo, das suas famílias, da opnião dos outros e dos julgamentos, apenas viverem aquele momento que eles estavam, ali,  se olhando, sentados, no sofá  da sala.

Vanessa  toma a iniciativa e o beija, o calor que eles sentiam com o toque do outro no pescoço, na cintura e na barriga e costas deles era sufocante e só mesmo tempo prazeroso, ambos estavam em um ambiente próprio para o ato mais selvagem e carnal que dois corpos podem causar, o beijo devastador deles estava deixando cada parte deles ficarem excitadas e se eles iriam parar perto do ato era algo tão certo, como o fogo só é apagado com água que eles não iriam parar, eram duas chamas quentes que estavam sob nenhum controle e  Noah para o beijo e respirando ofegante ele diz:

—Eu amo quando estou com você, pois é o único momento em que me sinto bem, me sinto vivo e posso ousar acreditar no amanhã.

Continua...

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