Seis

Daniel

_Hei, Harrison, foi um ótimo jogo! _ Uma garota gritou quando eu já estava saindo do vestiário masculino, após tomar um banho e me trocar.

Foi um jogo difícil, mas finalmente vencemos.

Eu queria que a minha última semana ali fosse memorável e era o que tinha acontecido.

_Obrigado... _ eu tentei me lembrar do nome dela, mas ele não me vinha a mente, então apenas terminei com um sorriso e um aceno.

Ela sorriu de volta e voltou sua atenção para as amigas, que estavam ali até aquele momento apenas para tentar chamar a atenção dos jogadores.

Essas garotas não podiam ver um cara malhado e bonito que ficavam loucas! Pensei, rindo baixinho enquanto entrava no prédio da faculdade e ia até os armários a fim de pegar as minhas coisas.

Olhei pela milésima vez para o meu relógio de pulso, verificando as horas.

Eu receberia uma visita interessante aquela tarde, e estava contando os minutos para isso acontecer, mas Alissa estava demorando demais e eu estava começando a ficar preocupado.

Quando a Callie ligou, ainda era perto da hora do almoço e já passava das duas da tarde.

Cheguei até o meu armário e peguei a minha mochila antes de sair do prédio.

O ronco potente de uma moto chamou a atenção de várias pessoas que estavam por perto e eu continuei andando, enquanto olhava o piloto descer da moto usando um short minúsculo, botas de cano médio e uma jaquetinha curta, que deixava ver a blusa branca por baixo.

_Puta merda! Que gostosa! _ eu ouvi alguém murmurar, em meio ao grupo de garotos que estavam conversando do lado de fora da universidade, recostados em um carrão do ano.

_Eu adoraria me sentar naquela garupa... _ outro comentou, fazendo o meu sangue ferver ainda mais enquanto eu caminhava até lá, observando a piloto tirar a trava do capacete e tirá-lo da cabeça logo em seguida, deixando as mechas ruivas escorregarem, livres, por seus ombros.

Alguém assoviou, chamando a atenção dela, que se virou em minha direção enquanto pendurava o capacete no guidão da moto.

Eu já estava me preparando para lhe dar uma bronca daquelas, mas o sorriso que ela abriu ao me ver, fez cair por terra toda a minha determinação de parecer bravo.

_Alissa... O que faz aqui? _ eu perguntei, após me recuperar.

Bastava um sorriso daquela garota, para que ela me colocasse de joelhos.

Mas o seu sorriso se desfez imediatamente, diante da minha pergunta.

_Como assim, o que eu faço aqui, seu idiota? _ ela respondeu, me fazendo encolher de imediato. _É assim que se cumprimenta a sua namorada? Ou você está com vergonha de mim? Tem alguma namoradinha sua escondida aqui e...

A única forma de calar aquela garota quando ela ficava completamente sem controle, ela beijando-a.

Então, foi exatamente o que eu fiz.

Deixei a minha mochila cair no chão e puxei aquela gata selvagem para os meus braços, arrancando-lhe um suspiro de surpresa antes de descer os meus lábios sobre os dela.

Que saudade... Eu pensei, enquanto minha língua se entrelaçava com a dela, em uma dança urgente e sensual ao mesmo tempo.

Umas das mãos de Alissa subiu até os meus cabelos, emaranhando os dedos nos fios que já precisavam ser aparados, assim como ela fazia sempre que estava tão envolvida no nosso beijo quanto eu, enquanto a outra se apoiava em meu ombro.

_Que saudade da minha ruivinha bravinha... _ Eu disse baixinho, quando finalmente consegui me afastar e fitá-la diretamente nos olhos.

_Se estava com saudades, não deveria ter me perguntado o que eu estava fazendo aqui. _ ela reclamou, tentando se afastar, mas eu não permiti.

Sabia que todos os olhares em volta estavam sobre nós e eu queria que todos aqueles caras vissem que essa garota era minha.

_Mais alguns dias e eu voltaria para casa, Alissa. _ Eu expliquei. _Sabe o quanto foi perigoso você pilotar até aqui? E se tivesse acontecido alguma coisa com você eu...

_Você o quê? _ ela quis saber, fingindo que não estava entendendo o que eu estava dizendo. _Com certeza eu seria rapidamente substituída por uma dessas garotinhas...

Alissa olhou em volta, para um grupinho de garotas que estavam perto de uma árvore, de olho em nós dois.

Olhei para elas apenas por uma fração de segundos, antes de me voltar para Alissa novamente, com o cenho franzido.

_O que é preciso fazer para colocar nessa sua cabeça que é só você quem eu quero, ruivinha? _ Eu perguntei, ajeitando-lhe o cabelo para trás da orelha. _Talvez, ao invés de uma aliança de namoro, eu devesse colocar uma de noivado, em seu dedo. Ou de casamento... o que acha?

Alissa engasgou com o próprio fôlego antes de dar um risinho nervoso e revirar os olhos.

_Não seja tolo, Daniel Harrison. _ ela disse apenas, mas não refutou a minha ideia, o que para mim foi uma grande conquista.

Não era apenas o Jake que estava preocupado com esse lance de acabar tendo que se separar da Callie, caso fossem para universidades diferentes.

Essa preocupação me corroía por dentro também, porque a minha garota poderia acabar indo para longe de mim e não sei se eu conseguiria ficar longe por tanto tempo.

Férias e feriados seria muito pouco para mim, para vê-la.

Abandonei esses pensamentos incômodos, enquanto me aproximava novamente, apenas o suficiente para pegar a chave da moto do bolso de trás do que ela chamava de short, antes de me afastar de novo.

_Venha, vou levar você para o meu dormitório. _ Eu avisei, me colocando sobre a moto e esperando enquanto ela se sentava logo atrás.

Não resisti a apertar sua coxa quando suas pernas ficaram coladas em meu corpo e lancei um olhar cheio de orgulho e posse para aqueles idiotas que ficaram de olho na minha garota, enquanto ela recolocava o capacete.

Isso mesmo, babacas. Sintam muita inveja... Pensei, sorrindo de lado, antes de ligar a moto e guiá-la até a área dos dormitórios.

Não era permitido levar garotas nos quartos, mas naquele momento todos estariam ocupados com os eventos dos jogos, então não perceberiam.

Assim como pensei, paramos a moto no estacionamento ao lado dos dormitórios e eu subi rapidamente com a Alissa até o meu quarto, que eu dividia com um colega.

Graças a Deus ele não estava ali, caso contrário seria expulso do quarto na base dos pontapés.

Assim que adentramos o quarto, fechei a porta e girei a chave, prendendo a minha garota contra a madeira fria.

_Diga, Alissa... _ eu pedi, aproximando o meu nariz dos seus cabelos, para sentir o seu perfume.

Eu estava bravo com a sua visita, mas também muito feliz.

_Diga que estava com tanta saudade quanto eu...

Alissa envolveu os braços em meus ombros antes de pular no meu colo, envolvendo suas pernas em minha cintura.

Em seu olhar, havia aquele brilho faminto e repleto de desejo.

Porra, essa garota mexia tanto comigo...

_Eu estava com muita saudade, Dani... _ ela disse, aproximando os lábios dos meus ouvidos e fazendo com que todo o meu corpo se arrepiasse de imediato, ao mesmo tempo, em que o meu colega lá de baixo forçava o zíper da minha calça, louco para se libertar e se enterrar dentro dela.

Celibato não era a minha praia e o sexo por telefone não era a mesma coisa.

Eu estava louco de desejo e ansioso por sentir o seu cheiro, o seu gosto e o calor do seu corpo junto ao meu.

Pressionei o seu corpo novamente contra a porta, para que minhas mãos ficassem livres para livrá-la daquela jaqueta.

_Eu preciso de você, Alissa... Agora. _ eu disse, beijando cada pedacinho de pele que eu encontrava enquanto a despia.

_Eu também preciso de você... _ ela murmurou de volta, sua respiração tão ofegante quanto a minha.

Alissa segurou a barra de sua camiseta branca e a puxou rapidamente, deixando à mostra o sutiã de renda, também branco, que ela usava por baixo.

Isso era tão sexy...

E era tudo para mim, pensei, me sentindo o cara mais sortudo do universo.

Por mais que eu quisesse tê-la ali mesmo, contra a porta do meu quarto, tamanha a minha urgência, eu não o faria.

Não sabia quanto tempo tínhamos juntos, por isso eu ia aproveitar cada minuto.

Então a afastei da porta, pousando minhas mãos em seu traseiro macio que enchia as minhas palmas completamente, e a levei para a minha cama.

Tirei a minha camisa com urgência,  enquanto ela olhava para mim com aquele sorrisinho provocante.

Alissa não era intensa apenas quando ficava ansiosa ou nervosa.

Ela era intensa a todo instante e na cama...

Era muito mais.

Fiquei apenas de cuecas antes de me juntar a ela na cama, voltando a beijar seus lábios com vontade antes de provar cada pedacinho daquele corpo sexy, cheiroso, e todo meu.

_ Dani... _ ela gemeu meu nome, remexendo-se na cama enquanto eu descia uma trilha de beijos até o limite da sua calcinha.

_ Hummm... Eu não conhecia essa peça ainda. _ comentei, brincando com a alça antes de deslizá-la lentamente para baixo, expondo o que eu tanto queria ver.

_ Eu passei em uma loja e comprei no caminho. _ ela contou, seus dedos se emaranhando nos fios dos meus cabelos enquanto eu terminava de tirar a peça e a deixava em um canto qualquer da cama.

_ Você queria agradar o seu homem, hein... _ murmurei, beijando suavemente o interior de sua coxa, subindo minha mão por sua perna até que ela se abrisse completamente para mim.

_ Sim... _ ela disse com um suspiro. _ Dani, eu preciso de você, agora.

Eu sorri, quando meus olhos encontraram os dela.

Estavam ainda mais azuis do que antes.

Eles sempre ficavam mais escuros quando ela estava ardendo de desejo.

_ E você me terá,  meu anjo. _ eu prometi, esfregando a ponta do meu nariz naquele pequeno montinho ruivo. _ Mas antes, eu quero provar cada pedacinho de você, assim como desejei fazer todas as vezes em que fizemos sexo por telefone. Sabe o quanto é horrível desejar tocá-la e saber que não posso, por que você está longe?

_ Eu sei... _ Alissa disse.

_ Então, me deixe aproveitar esse momento, meu anjo. Depois, eu serei todinho seu.

Eu disse antes de fazer o que eu queria, enquanto Alissa se contorcia em meus braços de prazer.

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