Capítulo 14

Aluna havia retornado para casa e, ao chegar, descobriu que seus pais haviam falecido.

Suas pernas ficaram fracas, e ela desabou no chão, incapaz de sustentar o próprio corpo naquele momento.

Brugh...

"Mãe, Pai..." Aluna sentou-se no chão ao ver tantas coroas de flores com mensagens de condolências pela morte de seus pais.

Seu corpo não era forte o suficiente para suportar aquela notícia terrível.

Ao ver a querida senhorita da mansão de volta, o mordomo imediatamente se aproximou de Aluna e a conduziu para dentro.

"Como isso pôde acontecer? Como pôde acontecer assim, tio?" Perguntou Aluna ao mordomo.

Ela não esperava que seus pais partissem tão cedo.

Era esse o seu sonho durante todo esse tempo? As imagens tristes que a assolavam se tornaram realidade: seus pais haviam falecido.

"Aceite a partida do Senhor e da Senhora. Eles estão em paz agora, e seu único desejo é que você viva feliz a partir de agora." Aluna chorou.

Até o céu parecia compartilhar de sua tristeza.

Aluna estava inconsolável com a realidade de que seus pais haviam morrido por sua causa.

Ela se culpava, pensando que, se não tivesse tentado se matar, talvez não estivesse passando por tudo aquilo.

"A culpa é minha, tio, a culpa é minha. Eu sou a culpada. Se eu tivesse ouvido meus pais, nada disso teria acontecido. Eles não teriam me deixado assim." Aluna continuou chorando nos braços de seu tio, que era como um pai para ela.

Não apenas um mordomo, mas seu tutor em casa depois da escola, desde sempre e até agora.

"Nunca se arrependa de nada que tenha acontecido em sua vida. Agora é hora de você se reerguer e começar uma nova vida. Vá se lavar, e o tio a levará ao túmulo deles." Aluna foi ajudada pelas empregadas a voltar para o quarto e se limpar.

Ela estava como um corpo sem alma naquele momento.

Aluna estava devastada, destruída pela morte de seus pais. Era o maior golpe que ela poderia sofrer.

As lágrimas não paravam de rolar enquanto ela se lembrava de como sempre desafiava sua família por causa de Antonie, o homem que a havia traído.

"Pai, Mãe..." Aluna continuava a chamar por seus pais.

Ver sua amada senhorita chorar de forma tão inconsolável partia seus corações, que sentiam a mesma dor que Aluna.

"Seja forte, senhorita. Entendemos sua tristeza, mas deixe o Senhor e a Senhora partirem, pois eles estavam exaustos de procurá-la por tanto tempo, a ponto de aquela tragédia acontecer." As lágrimas de Aluna se intensificaram ao ouvir a explicação das empregadas.

"A Senhora ficou muito abalada com a sua partida, senhorita. Ela chorava todas as noites de saudade."

"E aquele homem?" Elas entendiam tudo o que Aluna estava perguntando naquele momento.

"Ele era um fardo para a Senhora, pois a pressionava constantemente, junto com o Senhor, para encontrá-la, para que o casamento pudesse acontecer. Ele até desviou muito dinheiro da empresa, o que levou o Senhor à ruína. A empresa quase faliu, mas, felizmente, o Senhor conseguiu recuperar tudo. No entanto, ele contraiu muitas dívidas." A raiva de Aluna atingiu o ápice ao ouvir das empregadas que Antonie era mais uma das causas.

"Onde ele está?" Perguntou Aluna, tomada pela fúria.

"Ele acabou de sair. Ele quer tomar posse de todos os bens do Senhor, alegando ser seu futuro marido, senhorita."

"Nem morta me casarei com ele. Farei com que ele pague pelo que me fez." Aluna estava determinada a se vingar de Antonie.

Ela o faria pagar por tudo o que ele havia feito à sua família.

"Senhorita?" Elas se assustaram ao ver Aluna sair repentinamente da banheira e se secar.

Ela se preparava para visitar o túmulo de seus pais, mas, ao descer, viu aquele canalha em sua casa, agindo como se nada tivesse acontecido.

"Querida, você voltou? Eu estava preocupado com você, Aluna." Antonie tentou abraçá-la, mas ela o rejeitou rapidamente e deu um tapa em seu rosto.

Plak!

"Aluna..." Antonie ficou chocado ao ser esbofeteado por ela.

Qual era o seu erro para que ela fizesse isso com ele?

"Por quê? Você está surpreso?"

"Querida, qual é o meu erro?" Perguntou Antonie, percebendo que Aluna parecia estar escondendo algo dele.

Sua raiva por ele.

"Está me perguntando qual é o seu erro? Qual dos seus erros você quer saber? Devo listar todos os seus erros para você? Sua traição com aquela modelo? Seus crimes que prejudicaram a empresa do meu pai?"

Deg!

Antonie ficou sem palavras, mas não queria confessar tão facilmente, então tentou argumentar com Aluna primeiro.

Ele não podia perder Aluna e toda a fortuna daquela família.

De jeito nenhum. Antonie não podia perder o que já estava ao seu alcance.

"Aluna, querida, quem te contou isso? São mentiras, querida." Antonie tentou convencê-la novamente, pois sabia o quanto ela o amava.

"Nunca mais me chame de querida! Estou farta disso tudo! Estou farta de tudo isso. Estou cansada de ver um canalha como você. Você é um canalha, Antonie, eu te odeio!" Aluna gritou na cara de Antonie, liberando toda a frustração que havia guardado por tanto tempo e que só agora conseguia expressar.

"Você..." Aluna apontou para Antonie.

"Você vai pagar por tudo o que me fez! Você vai pagar caro por tudo isso, Antonie. A partir de agora, você está demitido do conselho de administração!"

"Não! Você não pode fazer isso comigo, Aluna, não pode!" Aluna deu um sorriso irônico ao ver a reação de Antonie ao ser demitido do conselho de administração da empresa.

"Por que não posso? Sou a única herdeira da minha família, a única filha. Tenho o direito de demitir e contratar quem eu quiser na minha empresa. E não quero ver um canalha como você perto de mim. Não suporto nem respirar o mesmo ar que você." Disse Aluna, deixando Antonie sozinho.

Ela não queria perder tempo com o homem que teve a coragem de traí-la daquela maneira.

"Aluna..." Antonie continuou a persegui-la, mas foi parado pelos seguranças da casa, que imediatamente protegeram sua senhorita, afastando-a de um homem como Antonie.

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