O bilhete

_Ahhh amorzinho por favor, eu quero você, please please , e mais você precisa ter cuidado, se alguém descobrir, você perde sua licença de professor .

E eu fui salvo o diretor Paulo entrou na sala e rapidamente Aline fingiu ter caído algo no chão para disfarçar.

_Oi professora Aline aconteceu alguma coisa, porque está no chão?

_Ah er.. minha lente diretor Paulo ela caiu, mais o professor Allan estava me ajudando a procurar né Professor. -Disse ela me puxando para perto e sussurrou baixinho perto de mim.

_Eu te espero em meu apartamento as nove da noite e não aceito não como resposta, e ai de você não aparecer lá ouviu bem.-E me soltou dizendo que tinha encontrado a lente.

Aline saiu da sala dos professores, eu não podia com ela, de novo cairia no seu poder de sedução e assim o diretor Paulo começou a contar dos problemas da escola, e eu nem conseguia ouvir direito pois meus pensamentos estava em Aline e como falar a ela que não podíamos continuar assim.

Sarah .

A aula tinha terminado e eu podia voltar para casa tranquilamente, ainda precisaria passar no supermercado para fazer uma compra, pois eu estava sem nada na geladeira, peguei minha mochila e saí as pressas, só vi o diretor Paulo me cumprimentando e alguns alunos olhando para mim, foi quando um garoto me chamou vindo atrás de mim, era o Rafael eu não tinha me esquecido do nome dele, eu não queria esperar, queria ficar sozinho, mais ele continuou a me chamar, eu tentei apressar o passo ,mas foi inútil ele me alcançou.

_ Nossa, você anda rápido hein, não ouviu eu te chamando?

_ Não e eu estou com pressa ,tenho muito o que fazer.

_Calma Sarah, eu não mordo te garanto , só quero ser seu amigo.

Continuei a andar sem dar importância, e ele continuava a ir atrás de mim.

_ Você não seria capaz de me morder, se fizesse isso você acabaria num hospital.

Ele olhou assustado para mim, e riu achando graça ,como se eu tivesse feito uma piadinha.

_ Você é diferente das outras garotas, existe algo misterioso em você ,e eu gosto.

_Rafael me deixa em paz, eu não preciso de amigos, não preciso que tenham pena de mim, eu estou acostumada a ficar sozinha, é melhor vai por mim.

_ Porque não posso ser seu amigo ? Do que tem medo ? Eu não vou te deixar em paz , vai ter que me aguentar.

Olhei sério para ele, e me virei continuando a caminhar, sem dar importância, ele era insistente e mesmo eu esnobando ele, ele não se chateava, continuava ali comigo e contava causos sobre sua vida, e eu só ouvia, quando cheguei no mercado ele parou e se despediu dizendo.

_Fico por aqui, amanhã agente se fala, e pode se acostumar comigo, você ainda vai me ouvir bastante, até amanhã e toma cuidado.

Eu me virei sem expressar nenhuma reação, peguei o carrinho e fui fazer minha compra e fiquei pensando porque aquele garoto queria tanto minha amizade, o que eu tinha de especial para ele, quando peguei tudo o que precisava passei no caixa e paguei, empacotando tudo e sai do mercado, a minha sorte que a minha casa  ficava algumas quadras dali, observei cada rua, canto para ver se não tinha ninguém me olhando, porque não queria que ninguém descobrisse onde eu morava, e certifiquei que não tinha ninguém, atravessei a rua que dava acesso à casa, chegando lá abri a porta e pude descansar o resto do dia, pensando no que tinha acontecido comigo e acabei adormecendo.

Acordei com um susto, olhei no relógio da parede de meu quarto eram 20:30 da noite, tinha ouvindo um barulho vindo de lá fora, me levantei, vesti meu tênis e quando olho para baixo perto da porta um envelope, peguei abri e li o que estava escrito dentro.

''Sarah preciso que me encontre hoje no parque, é urgente, preciso falar com você, estarei te esperando as 21 horas. Sua irmã Jessica. ''

Achei estranho aquela carta, ainda mais de Jessica o que ela queria comigo, porque me procuraria depois de tantos anos sem nos falar, eu não queria ve-la, não queria ver ninguém, eu sentia falta de Jessica, mais a dor era imensa por não mais saber dela e me sentir abandonada por todos, mais algo em mim, dizia que era para eu ir, olhei as horas era quase nove da noite, peguei o bilhete coloquei um agasalho e um boné e fui em direção ao parque e estava ansiosa para encontra-la.

Allan

Estava em meu apartamento cansado eu não queria sair, queria ficar de boa, descansar, mais Aline queria que fosse em sua casa, aquela mulher me tirava do sério, com certeza acabaríamos dormindo juntos na cama, eu sabia as reais intenções dela, mais eu precisava acabar com isso, não poderia ficar iludindo ela mais, por mais que fosse uma mulher  incrível e sabia como deixar qualquer um louco por ela na cama, eu não podia mais ceder aos seus encantos, eu tinha que dar um fim nisso, e seria hoje, me arrumei rapidamente peguei as chaves do meu apartamento e segui rumo ao apartamento de Aline , a rua estava deserta e fazia muito frio, continuei a caminhar tranquilo, foi quando não muito longe dali passando por um beco sem saída um de meus alunos, era ela Sarah.

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