Depois de matar aula, eu estava com muita dor de cabeça e tentava me acalmar, senti uma pontada no peito ao lembrar da aproximação daquele professor, eu não conseguia evitar de olhar em sua boca, o toque de sua pele no meu braço, eu precisava me controlar. Afinal eu tinha um segredo.
A minha preocupação maior era evitar que todos soubessem do meu segredo, o porquê o real motivo de eu estar vivendo sozinha, porque meus pais me abandonaram e ,porque eu estava tão revoltada com a vida. Eu quando era criança meus pais descobriram uma doença, muito rara, eu quase morri, me levaram para vários médicos na Inglaterra e fora do país, mas não sabiam a causa e eu fui piorando cada vez mais. Me levaram para vários psicólogos, eles pensaram que poderia ser algum tipo de Fobia bizarra.
Até que um médico dos Estados Unidos descobriu do se tratava, o médico disse que a minha Doença era grave, maligna e eu não iria chegar aos meus 12 anos, mais por milagre de Deus já estou com 17 e continuo viva, a doença por ser rara " Alexitimia" me impedia de ter qualquer sentimento e emoções , era isso que o médico e um psiquiatras disse aos meus pais, mas apenas fui desenvolvendo as emoções de raiva então, é um tanto estranha poderiam achar bobagem da minha parte ou até frescura mais não a coisa é séria. A Alexitimia é uma fobia que me impede de ter qualquer emoção, mas a medida que fui crescendo só ficou visível a emoção de raiva.
Eu nunca sorri, nunca chorei, divertimento eu não conhecia, se eu vier a sentir emoções forte, seja sentimentos alegres, euforia, nervoso, extremo, qualquer tipo de emoção eu desmaio, sim desmaio, eu sinto uma dor forte no peito, minha visão se escurece e acabo desmaiando.
Com o passar dos anos eu tentava controlar esses sentimentos, antes era difícil, agora estou controlando melhor, ta aí a explicação por eu ser fechado, ou insuportável como os outros dizia, por que as pessoas acham que sou esnobe, que eu não manifesto nenhum tipo de reação, porque não tenho amigos é devido a minha doença, ao longo dos anos eu aprendi a controlar isso em mim, quando fico nervosa ou com muita raiva ,já consigo contornar não sinto as crises com frequência, não é tão fácil eu desmaiar por estar brava ou nervosa, o problema era o sentimento de emoções de alegria, eu evitava o máximo de me apaixonar, beijar então nunca fiz, eu tinha medo pois sabia que poderia me matar.
Amor, eu não podia de forma alguma, impossível eu sentir um afeto de amor, um sentimento de satisfação, depois da última experiência que tive a 2 anos atrás pensei que ia morrer, por estar apaixonada por um garoto da escola, eu sofri muito e ele também gostava de mim, eramos muito amigos mais quando via ele, meu coração batia, ele falava comigo me fazia rir, era uma tortura interna, eu lutava contra meu corpo, foi quando ele se declarou que me amava eu fiquei tão feliz por dentro, mas por fora não conseguia passar isso a ele, era confuso que queria dizer o mesmo a ele, mais não pude, o que aconteceu?
Senti fortes dores no peito, parecia que ia morrer, porque eu estava feliz, nem sorrir eu conseguia, minha visão foi ficando escura, para não assustá-lo e falar da minha doença e ele me achar uma louca ,o que fiz foi a pior coisa, eu nem sei da onde surgiu coragem para eu fazer o que fiz.
Olhei na cara dele com toda dor que estava sentindo e a desprezei da pior forma, machucando seus sentimentos, fui cruel com ele, mais por dentro eu estava arrasado e naquela época já estava aprendendo a controlar minhas emoções, mais foi muito duro eu ter dispensado ele, eu gostava dele, e lembro até hoje à cara de decepção que ele fez, até hoje não esqueço.
Então desde aí me proibi de me envolver ou me apaixonar por alguém, porque eu sabia que eu sofreria, por isso não tenho amigos e sou sozinha, hoje prefiro assim , por isso aquela briga que tive com aqueles meninas foi tranquilo, parece que eu ficando brava ,tendo sentimentos de irá me fortalece e não me afeta a minha condição ,eu não sei o porquê disso, agora se for sentimentos bons, amor felicidade aí eu devo me preocupar.
Só quem sabia da minha doença era meus pais, mais ninguém sabia, e eu gostaria que continuasse assim, quanto mais as pessoas ficassem longe de mim era melhor, porque assim eu não sofria, mais essa é a real verdade de eu me isolar das pessoas e vou levando a vida do jeito que posso.
Allan
O diretor Paulo estava desgostoso com a aluna Sarah, para ele, ela traria muitos problemas, mais eu não via desse modo, algo nela me chamava atenção, ela era só uma aluna solitária, que precisava de atenção e amigos, eu via em seu rosto a tristeza, o brilho vazio em seu olhar, eu estava imerso em meus pensamentos quando ouvi a porta da sala dos professores abrir quem aparece toda sorridente Aline me abraçando pela cintura.
_Oi meu querido professor sexy, que saudades de você, quando vamos ter outra noite daquelas hein?
_Para com isso Aline sua maluca, alguém pode nos ver, me solta.
Ela continuava agarrado a mim, me fazendo carícias pelo corpo, passando as mãos pelo meu peitoral e beijando meu pescoço, eu tentei me soltar dela e ela riu.
_Você é louca, Aline não vê o perigo que corremos, já pensou o que faria se o diretor ou algum professor pegasse a gente aqui?
_Simples falaria que somos um casal, eu sei que você gosta Allan e olha que legal, eu estou com saudades de você vai deixa eu passar a noite no seu apartamento preparar um jantar para nós dois vai.
Me sentei na cadeira arrumando minha lista e alguns trabalhos, olhei para ela e disse.
_ Nós já conversamos sobre isso Aline, não preciso repetir não é?
_Ok meu amor, não precisamos ter um relacionamento nada sério, mais eu quero você, ser sua, que droga você só pensa no seu segundo trabalho, porque não larga essa vida, você tem tudo, não precisa dele, ahh Allan se eu pudesse tirava minhas calças e fazíamos um amor louco aqui agora mesmo.- Aline insistia se jogando em cima de mim .
Eu delicadamente a tirei do meu colo, ela era persistente, eu não podia com ela, às vezes ela me ganhava e me deixava doido, como não resistir a uma mulher dessa, ainda que praticamente se joga pra cima de você, mas fui firme e não cai em seus encantos.
-Aline se controla, e você está cansada de saber, que eu não largo do meu segundo trabalho.
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Atualizado até capítulo 43
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