Na casa do detetive

O Júnior pega na minha mão e me leva até o quarto dele. E eu fico encantada, tudo tão lindinho, e tudo aqui tem o cheirinho dele, cheirinho de criança.

Ele me mostra que tem um videogame, só que quando ele vai ligar ele tá um tapa, e o vídeo game liga.

ANA

- isso é macete pro jogo funcionar?

JUNIOR

- não, ele já tá velho e as vezes só assim ele liga rsrs.

ANA

- você quer que eu te dê um de presente.

JUNIOR

- meu pai não vai deixar eu aceitar, ele é bem chato nessa parte, não aceita nada de ninguém e nem me deixa aceitar.

ANA

- e se eu pedir pra ele e ele deixar, qual você vai querer?

JUNIOR

- de verdade?

ANA

- claro, eu compro o que você escolher.

JUNIOR

- quero um Xbox.

ANA

- deixa comigo, vou escolher o melhor pra você.

Ficamos ali conversando e jogando, de vez em quanto o jogo trava, e leva uma pancada pra voltar a rodar, parece mulher de malandro como se diz por ai rsrs.

Isso chega a ser engraçado, só funciona a base da porrada.

O Miguel entra e diz que a comida já está servida, o Júnior pega na minha mãos e me leva pra cozinha, fico um pouco surpresa com sua reação, e o Miguel percebeu isso.

MIGUEL

- deixa ela a vontade filho, não apresse ela com seu jeito afobado rsrs.

JUNIOR

- desculpa Ana, te machuquei?

ANA

- não, eu estou bem, só que ninguém nunca pegou na minha mão assim.

Ele sorrir pra mim e pergunta se sou sua amiga, eu digo que sim e ele me leva pra cozinha.

Miguel fez um macarrão com frango assado, e uma salada de alface, tomate, cebola e cenoura ralada.

Como bem, até porque está muito gostoso.

Preciso conversar com o Miguel sem o Júnior ele vai ter que trocar a rotina dele, a gangue já deve saber cada passo que o menino da, por isso o levaram, e como o Miguel passa o dia trabalhando, o menino fica mais vulnerável a acontecer de novo.

Mais mesmo que ele não queira, vou contratar 2 seguranças pra fazer uma escolta dele de longe, sigiloso.

Terminamos de comer, e o Miguel pergunta se o Júnior tem lição de casa, ele diz que sim, então o Miguel manda ele ir pro quarto fazer, eu ajudo ele a colocar as coisas na pia, mesmo ele dizendo que não precisa, e digo a ele pra se sentir lisonjeado, já que nunca fiz isso em lugar nenhum.

Ele lava a louça e seca.

ANA

- Miguel, sabe que vai ter que trocar a rotina do Júnior não é? A gente não pegou o chefão, então ele ainda pode querer tentar pegar ele novamente.

MIGUEL

- eu sei, vou dar um jeito nisso

ANA

- quer minha ajuda?

MIGUEL

- não, eu posso resolver isso.

Vejo que ele tá mais nervoso que eu, já que estamos sozinho na casa dele.

ANA

- bom, acho que vou embora, já deu a minha hora né rsrs.

MIGUEL

- já tá tarde, você pode dormir no meu quarto se quiser.

ANA

- Tá doido é???

MIGUEL

- eu durmo na sala Ana, pelo amor de Deus né

Ana

- Agradeço a hospitalidade, mais não quero incomodar, dormir no sofá não deve ser bom rsrs.

MIGUEL

- claro, tá acostumada com luxo, eu te levo em casa então.

ANA

- não é isso, eu só não quero incomodar mesmo, eu não fiz o que fiz pra ser prestigiada depois, eu fiz porque achei o certo a se fazer, e faria por qualquer pessoa.

MIGUEL

- você não está me incomodando em nada.

Estou em pé encostada no vão da porta da cozinha, e ele próximo a mesa, de vagar ele vem se aproximando de mim.

MIGUEL

- fica...

Eu perco até a fala, estamos próximos de mais. Ele olha por meu ferimento e volta a olhar nos meus olhos, em seguida olha minha boca.

Minha respiração começa a falhar, meu coração palpita acelerado, ele acaricia meu queijo e levanta meu rosto.

Ele então se abaixa e me beija, um beijo calmo, coloco a mão no seu peito, ele segura meu queixo com uma mão e a outra na minha cintura.

Mais ele sai do beijo, como se tivesse feito algo errado.

MIGUEL

- desculpa, eu não devia...

ANA

- tudo bem, vou chamar um táxi pra ir embora.

MIGUEL

- não... fica por favor, como eu disse já está tarde.

ANA

- preciso de uma banho, e aqui eu não tenho roupas.

MIGUEL

- pode usar alguma camisa minha, estão todas dentro do meu guarda roupa no quarto.

Ele não para de olhar minha boca. Droga. Primeira vez que posso beijar sem ninguém interromper, ele faz isso.

Eu acabo aceitando a ficar lá, até porque ele vai dormir na sala, ele me leva até o quarto dele, e diz que posso escolher a roupa que eu quiser.

Ele pega uma roupa para ele e sai do quarto.

Eu pego uma camisa branca que parece ser a maior de toda ali, e vou pro banho. Não fico muito tempo, afinal, não estou em casa, e não quero abusar.

Os produtos que ele tem aqui é tudo de homem, então decido não lavar o cabelo, só o corpo mesmo.

Termino o banho e visto a camisa, percebo que o curativo que ele fez, está saindo, porque eu molhei.

Vou até o banheiro, e não acho a caixinha de primeiro socorros, vou ter que descer, tomara que ele já esteja dormindo. Pois estou usando somente a camisa dele.

Vou até o quarto do Júnior e ele já está dormindo.

Fecho a porta e na ponta dos pés eu desço as escadas, passo pelo sofá, e ele está deitado, acho que dormindo, com um braço no rosto.

Tão lindo.

Vou até a cozinha e olho ao redor tentando adivinhar onde está a caixinha.

MIGUEL

- procurando alguma coisa.

Eu sou um pulo com o susto, merda.

ANA

- que susto... Estou procurando a caixa de primeiro socorros, o curativo soltou.

Ele passa os olhos pelo meu corpo e suas respiração está acelerada, eu engulo seco, nunca sentir esse olhar de ninguém, parece que ele está queimando minha pele com seu olhar.

Ele fecha os olhos e passa por mim, o cheiro pós banho dele, ficar embriagado no meu nariz.

Ele coloca a caixinha em cima da mesa, eu levanto a manga da camisa e ele começa a passar o remédio ardido de novo.

ANA

- era só colocar o curativo.

MIGUEL

- tem que limpar de novo.

Ele fala de um jeito estranho, como se estivesse forçando a falar.

Sua respiração está ofegante.

Ele faz o curativo de novo.

Eu umedeço os lábios com a minha língua, e ele acompanha o movimento.

ANA

- melhor eu subir.

MIGUEL

- acho que sim, você está me fazendo perder o controle do meu corpo.

ANA

- como assim?

MIGUEL

- quer que eu mostre?

ANA

- sim...

Ele vem com tudo e me coloca em cima da mesa e se coloca no meio das minhas pernas,e puxa meu corpo pra colar no dele.

Sua boca encontra a minha com intensidade, não é mais carinhoso, e com puro desejo, sua língua busca a minha, e as duas ficam roçando uma na outra, fazendo eu senti meu corpo entrar em combustão.

Ele levanta um pouco a camisa e coloca as mãos na minha bunda e aperta.

Sinto seu membro duro na minha intimidade, o que somente o short dele que impede de ele entrar, mais ele fica forçando como se estivesse pelado.

ele para o beijo ofegante, respirando rápido, e eu tambem, até porque nunca fiquei assim tão perto com ninguém, isso até me assusta, mais aí de novo ele sai de supetão.

MIGUEL

- Ana, desculpa, eu nunca fiquei com mais ninguém depois da minha esposa, eu não posso...eu....

ANA

- tudo bem Miguel, eu nunca fiquei com ninguém também, não sei se isso seria uma boa ideia.

Falo empurrando ele de vagar e descendo da mesa.

MIGUEL

- Ana só...

ANA

- boa noite.

Saio da cozinha indo direto pro quarto.

Que merda de ciúmes é esse? Ciúmes de quem não é meu? Ciúmes de uma pessoa que já não vive mais? Merdaaaa tô parecendo meu pai com minha mãe.

Me deito na cama e vou dormir, melhor coisa que eu faço.

Consigo dormir fácil. Acordo ainda está escuro lá fora, são 4:50 da manhã, pego minhas roupas e me troco.

Desço as escadas e vejo ele dormindo todo torto no sofá, mais eu preciso ir embora, ele não está disponível, mesmo estando sozinho seu coração já tem dona.

Escrevo um bilhete pra ele agradecendo tudo, e saio da casa, ligo pro um dos meus seguranças vim me buscar.

Ele não demora e vem rápido, e saímos indo direto pro meu apê.

Chego no apê já vou direto pro banho de banheira, meu corpo ainda sente as mãos dele passeando por ele, sinto novamente o calor em minha intimidade.

Então vou direto pro chuveiro, e aqui sim, lavo meus cabelo.

Coloco uma camisola, e vou pra cama dormir.

Acordo já tarde, quase 12:00, vou direto fazer minha higiene, e desço pra tomar café.

Meu pensamento não sai do que aconteceu na casa do Miguel, pensei que ele estava solteiro, mais seu coração não está, ele ainda ama a esposa dele, melhor eu procurar outro rumo pra minha vida.

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