Capítulo 1 - Parte 1

Estamos no reino de Ghishnoil, um dos lares dos Saefie, seres evoluídos, considerados perfeitos. Nesse lugar há um rei forte, firme e poderoso, seu nome é Helmor, senhor dos Saefie do Sul, a terra de abundância e prosperidade. Helmor tinha várias criadas, todas elas haviam se deitado ao menos 5 vezes com ele. Era um amante, um apaixonado. 

Sáboh, dia de ouvir o povo. Sáboh, era o dia em que o povo do reino se juntavam para pedir que o rei resolvesse os problemas pendentes de cada um. Uma fila longa era formada, todos se reuniam no palácio e eram atendidos, um por um, até o pôr do sol. 

Uma aldeã simples, de pele branca como a areia de uma praia, com encantadores olhos azuis, e seus cabelos com cachos ruivos, tão puros quanto o sangue. Parecia delicada, com uma feição ingênua, entrava ao salão do trono e logo se ajoelha perante ao rei.

 -  Meu rei! É uma honra estar em tua presença. - Dizia ela. Pela sua aparência, parecia ter entre 16 a 19 anos(na idade humana).

A simples e modesta jovem fazia o rei se encantar com a sua beleza. O nobre então, apreciava cada detalhe daquela bela moça que se pusera à frente de si. Seu corpo era como uma escultura viva, sua pele era fascinante ao olhar, seus olhos tão azuis quanto o mar, que o inundava como uma onda gigante.

 - Levante-se, minha filha. - Pedia, já apaixonado pela moça. - Diga-me, o que eu, seu rei, posso fazer para lhe ajudar?

O coração do senhor de Ghishnoil palpitava como tambores, era como se levasse um susto, como se experimentasse algo novo, algo nunca visto. Era paixão à primeira vista, um sentimento que a muito tempo não tocava o rei, ao longo de toda sua longevidade.

 - Vossa alteza. Me chamo Barhenit, meu nome é em Traemiúr, dado pelos meus pais. - Traemiúr era a língua usada por todas as raças daquele mundo. - Eu vim humilhar-me perante a ti, e pedir encarecidamente que me deixe ser sua serva! Sou de origem humilde, de uma aldeia próxima à região, nunca tive ótimas condições, e cheguei a um ponto que me vi sem alternativas. Vim até aqui na espera de que o rei tenha piedade de sua súdita e me permita lhe servir pessoalmente para que eu possa sair da miserável vida que tenho.

Barhenit puxava seu cordão de cipó que estava em volta de seu pescoço, mostrava um pingente com o símbolo do Sol, feito de ossos de algum animal selvagem. O rei mal reparava o cordão da moça, seus olhos ficavam presos a um lugar mais importante para sua mente. 

O rei, a partir dali já apaixonado pela bela moça, mal ouvia seus pedidos, estava tão imóvel que o confundiriam com uma estátua. Draenúr, seu conselheiro, diferente do rei, estava a ouvir tudo que a moça dizia, e se sente na obrigação de contestar então a ideia da plebéia desesperada.

- Pois não, meu rei. Esta jovem clama por piedade e pela clemência de vossa alteza, sendo que nem ao menos sabemos de sua índole. Deixe-me refrescar a sua memória das escrituras sagradas dos nossos ancestrais Saefie.

Draenúr pega um grande livro, chamado "Leis de Ghek" , famosas e sagradas escrituras dos Saefie, repassado de geração, e reproduzido por inúmeras pessoas.

- Na página 560, capítulo 22, 7° parágrafo diz: Ai daqueles puros, que se rendem ao pecado pior. O sol não perdoará, a vida não florescerá, e a imortalidade vai abdicar. O maior pecado, é se deitar com outro ser, que não é e nunca será filho do Sol, pois, de lá só vem aqueles que querem brilhar.

Draenúr fecha o livro, e aponta seu dedo para a moça.

- Nem sequer sabemos quem é essa mulher, não sabemos de que raça ela vem, não conhecemos sua linhagem, alteza. - Falava num tom de imperatividade, quase ordenando ao rei que não se deitasse com Barhenit .- Não podemos arriscar perdê-lo. Então digo, é uma ideia tola aceitar a proposta dessa oferecida.

Helmor se enfurece com a dura verdade dita por Draenúr. Apesar de incontestável o livro sagrado de sua raça, já era tarde. Desde a primeira vista, Helmor já estava ciente que decisão tomaria, e jamais iria aceitar que um dia perdeu aquela bela mulher que se pusera perante a si.

- Sou eu então um tolo para ti, Draenúr? - Falava o rei, firmemente. - Não seria eu a maior representação do Sol perante aos Saefie? Escolhido pelo próprio e nascido para iluminar as mentes perdidas deste mundo.

Draenúr se assusta, abaixa seu rosto e responde logo em seguida ao rei.

- Sim, meu rei. O senhor é a sabedoria pura, e o escolhido do Sol para nos governar.

Helmor, convencido, se levanta e caminha até a garota, que ouvia tudo e permanecia calada.

- Seria ela, a mais bela e pura Saefie existente? A beleza encarnada em um doce e frágil rosto. - Falava Helmor cheirando os cabelos de Barhenit.- Seu cheiro, seu corpo, seu olhar, revelam todas as características mais verdadeiras de uma Saefie.

O rei então, decidido de sua escolha, se senta novamente ao trono, esboça um grande sorriso, e estende a mão para frente.

- A partir de hoje, Barhenit, não serás uma criada, e sim uma de minhas esposas.- Draenúr ouvia tudo, mas nada podia fazer. - Servas! Peguem Barhenit, leve-a para meus aposentos, e trate-a como uma rainha!

Então, surpreendentemente, a jovem humilde conseguiu penetrar o coração carente do rei com toda a sua beleza, e fez com que ele se apaixonasse. Porém, o amor é a ruína para os homens, que aquece como uma chama, mas que queima ao tocar.

Fim da parte 1.

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Comments

WangXiao🐢💛

WangXiao🐢💛

parece uma armadilha

2023-01-12

2

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