Cap 14 Dilan

Como tiveram coragem?..., eu estava morrendo..., estou preso em uma cadeira de rodas..., só precisava do apoio das duas pessoas mais importantes da minha vida, depois de meu pai..., só precisava deles ao meu lado para me encorajar e tudo teria sido diferente..., e agora… noivos?..., minha noiva e meu melhor amigo..., irão festejar, sabendo como estou..., como fiquei...

Não quero falar com ninguém..., não preciso de ninguém me olhando com pena..., já me sinto um miserável sem precisar que os olhares dos outros me façam lembrar...

Me tranco em meu quarto e jogo a chave..., derrubo tudo o que consigo alcançar nessa maldita cadeira..., depois de algumas horas chorando como o idiota que sou, abro as janelas, o vento gelado invade o ambiente, o clima está cinza como minha alma..., não sinto fome, não tenho coragem..., só ódio..., fico parado a tarde inteira olhando para o nada..., minha coluna dói pelo tempo que estou sentado..., começa a escurecer..., a noite está muito fria, entro no banheiro, tiro minhas roupas e fico embaixo da água por horas..., já sinto o frio extremo, estou tremendo tanto que sinto dificuldade em desligar o chuveiro..., meus ossos doem..., sei o que o frio causa em meu corpo na minha atual situação...

Sigo com a cadeira voltando para cama..., tenho muita dificuldade, o tremor está atrapalhando meus movimentos..., consigo vestir uma calça moletom..., sento na cama e dou um empurrão na cadeira com tudo a fazendo virar...

Me encolho na cama..., o vento gelado vindo pela janela está acabando com minhas forças..., não tenho coragem de levantar..., estou cansado de tudo isso..., só precisava da minha mãe..., se ela estivesse aqui, tudo estaria bem..., choro pela minha mãe, sinto tanto a falta dela..., estou tremendo e distraído com minhas dores..., não percebi Luna entrando no quarto, apenas quando ela fecha as janelas e me cobre com um lençol...

Luna:_ Dilan..., está tremendo..., esse frio pode fazer muito mal a você...

Dilan:_ Me-me..., de-deixa...

Luna:_ Sabe que sou muito mais teimosa do que você..., não irá me expulsar..., vou aquece-lo...

Tinha esquecido o quanto ela é teimosa e irritante..., ainda estou tremendo..., não consigo controlar..., abro os olhos para falar novamente para ela sair..., mas, a maluca tá tirando as roupas, não todas, ainda está com as peças íntimas..., ela dá a volta na cama, levanta a coberta e deita colando o corpo em minhas costas..., rapidamente sinto o calor dela...

Dilan:_ O que..., tá..., fazendo?

Luna:_ O ajudando a se aquecer..., agora fecha a boca...

Dilan:_ Você..., não..., man-manda..., em mim...

Luna:_ Eu sei..., mas cala a boca assim mesmo.

Ela me abraça forte..., me sinto confortado..., o tremor vai passando aos poucos, ela tem a pele muito quente, talvez porque eu estivesse gelado..., ela esfrega meus ombros e braços me aquecendo..., vou esquecendo toda a raiva que estava sentindo, uma tensão vai me tomando..., meu corpo está reagindo aos nossos corpos colados..., ela sabe que está conseguindo me aquecer..., e agora minha atenção está totalmente nela...

Dilan:_ Que tipo de profissional faz algo assim?

Luna:_ O tipo que faz qualquer coisa por seu paciente..., mas, precisa relaxar..., está muito tenso...

Dilan:_ Não consigo..., relaxar..., com minha cuidadora gostosa..., seminua na minha cama me abraçando por trás...

Luna:_ Parece que já está melhor...

Ela fala com o tom de voz bem humorada em reacão ao que falei..., ela começa a se afastar..., viro meu corpo ficando de frente..., nem sei porque falei isso, mas não quero que ela se saia de perto..., seguro o braço dela e nos encaramos...

Dilan:_ Fica..., por favor...

Recebo um sorriso sincero..., com uma das mãos acaricia meu rosto..., esse gesto simples me faz sentir melhor..., fecho os olhos, tomando coragem para fazer o que tenho desejado à alguns dias, mas não posso..., não quero que ela pense que a estou usando para curar minhas feridas..., parece que ela leu minha mente..., uns segundos depois, sinto os lábios dela delicadamente sobre os meus..., o beijo dela era o que eu precisava..., seguro sua nuca a puxando para um beijo mais intenso..., a puxo fazendo ela sentar sobre mim com uma perna de cada lado do meu corpo..., me senti duro muitas vezes nas sessões de massagem..., mas, era diferente..., era como uma ereção apenas pelos estímulos..., agora, não..., é tesão, é desejo pelo corpo dela..., quero o calor dela sobre mim...

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