Capítulo 2

(Nota: nesta história, quero esclarecer que tentarei tornar a protagonista o mais vilã possível e claro, ela é criada para vencer, tudo em nome de sua vingança. Também espero dar aquele toque picante a ela 🔥😏 que não poderia deixar de contar a história da Rachel e claro, espero que gostem e não odeiem a Alina haha)

O céu, ainda escuro, deixava cair as primeiras gotas de chuva, enquanto a enorme mansão Norton era consumida pelas chamas, os poucos criados que se encontravam no pátio, esforçavam-se por apagar as chamas, mas nada podiam fazer, todos os que lá se encontravam , eles já estavam queimando com a mansão, os gritos de desespero ecoaram, enquanto Alina, observa tudo de uma distância prudente, uma donzela se aproxima dela e a cobre com um lençol, embora isso não ajudasse muito, pelo menos a impedia de ser visto todo o sangue em suas roupas, embora houvesse donzelas que a tratassem mal, algumas outras foram prestativas e essas foram as únicas que Alina deixou sair daquele local, ao cair da noite, as chamas haviam consumido tudo, mesmo quando a chuva ela tinha desligado tudo, nem uma só pessoa, saído daquele lugar com vida, os poucos criados que restavam haviam se acomodado nas carruagens e colocado lonas para se proteger da garoa que ainda existia, preparavam algo para comer, Alina estava em silêncio Ela começou a observar o local, sentada embaixo de uma lona, uma empregada passou um prato de sopa pra ela e ela comeu desesperada, né? Aquele corpo estava com fome. Pela madrugada, ouviu-se o galope dos cavalos, os servos acordaram ao ver como um grupo de soldados chegava ao local, entre eles estava um jovem de traços finos e atraentes, embora só tivesse cabelos pretos.

Alina olhou para ele, aquele menino era sem dúvida ele, o príncipe que votou nela e deixou sua vida continuar um inferno e com ele veio uma jovem que correu até os criados para perguntar o que havia acontecido.

O príncipe Luke, por sua vez, notou Alina ainda sentada na grama, sobre um cobertor, o rosto mal limpo e com hematomas evidentes.

-Senhora Alina? É você? Mas como assim...

Alina olhou para ele em silêncio, mas ela desviou o olhar, uma donzela se aproximou e cobriu Alina com um cobertor para que seu rosto não pudesse ser visto, ela se virou para se curvar ao príncipe.

- Majestade\, Lady Bennett ainda está afetada pelo que aconteceu\, desculpe-me.

- Não se preocupe\, eu a conheço\, mas não sei explicar o que ela estava fazendo aqui.

A empregada, chamada Dana, fica surpresa, mas sabe que ninguém sabia quase nada sobre Alina.

- bem\, ela era a esposa do duque Norton...

- este? Ninguém me disse que ele era casado\, seu pai sempre me disse que ele estava em casa.

- o que você esperava sua majestade? Que meu pai vai me deixar solteiro para sempre depois que você terminar comigo?

Alina finalmente se levantou, descobrindo o rosto.

- Me desculpe Dona Alina\, eu não sabia que seu pai tinha te entregado para aquele homem então...

- Um homem bom\, bondoso... e a noiva desacreditou dele\, agora olha como tudo acabou... perdi minha casa\, minha família...

Alina chora cobrindo o rosto, ela acaba de arquitetar um plano para se vingar do casal.

- A noiva dele procurou por ele\, assediou e depois fez todo mundo acreditar que ele era um homem mau\, mas meu marido\, meu marido era um homem bom\, ele me tratou tão bem\, ele me deu uma vida boa\, ele me salvou da minha pais e sua noiva causaram sua morte.

Alina abraça Dana e sussurra para si mesma para jogar junto, para também dizer aos outros servos que façam o mesmo, porque quando ela tiver a herança, ela lhes dará uma boa recompensa. Luke fica surpreso com tudo o que Alina diz, mas Irene, que a ouvira, se aproximou.

- Não é verdade\, todo mundo sabe que o duque Norton era um homem perverso que vendia suas concubinas para seus sócios.

- Mentiroso\, aquelas mulheres eram mulheres que ele salvou da rua\, deu-lhes um lar e uma vida boa\, sem que elas tivessem que usar seus corpos. Ele era um homem respeitável que você desacreditou e arruinou.

- Peço desculpas majestade\, mas Lady Bennett tem razão\, o duque Norton era um bom homem.

Luke e Irene se olham, surpresos com a situação, mas Luke pede que conte melhor o que aconteceu e o porquê do incêndio; Todos falam que foi um acidente, que o casarão começou a pegar fogo e quem conseguiu sair de lá, foram Alina e mais duas empregadas, pois quando perceberam o fogo já havia coberto boa parte das saídas e não é sabe-se como isso começou, quanto ao duque Norton, ele havia morrido, porque cometeu suicídio enforcando-se no teto de seu quarto, devido à terrível acusação que foi feita contra ele.

- Todos ficaram chocados com sua morte\, talvez por isso ninguém tenha notado o incêndio até que fosse tarde demais.

O jardineiro falou, tudo isso, contou-o, perante o tribunal, que o ouve espantado. Alina estava de um lado vestida de preto e chorando, junto com as outras donzelas, ela só espera que sua maquiagem não escorra e as feridas em seu rosto possam ser vistas; Alina se levantou apontando para Irene.- É tudo culpa dele, o Duque Norton suicidou-se por causa dele... não bastou para ele romper o meu noivado com o príncipe, mas também caluniou o bom homem com quem me casei.

- O que você disse? Eu não fiz tal coisa\, aquele homem tentou abusar de mim...

Irene não se conteve e levantou-se para enfrentar Alina, mas houve silêncio, pois era do conhecimento de todos que Alina era noiva do Príncipe Luke.

- Chega\, não estamos questionando esse tipo de coisa\, o assunto era sobre o incêndio e está tudo claro.

Luke falou, dirigindo-se aos juízes que estavam na audiência, para deixar claro que tudo havia sido um acidente. O juiz principal se levanta batendo seu martelo na mesa.

- Bem\, frise-se que o incêndio foi um mero acidente e quanto à sucessão de terras\, propriedades e dinheiro\, sendo Lady Bennett a esposa legítima\, tudo estará em seu nome\, mas sendo uma lady\, tudo pode ser administrado por Earl Bennet.

O pai de Alina sorri, porque aquele incêndio está lhe dando uma grande recompensa, agora ele está mais rico e também terá o título de duque, mas quando estava para falecer, Alina desceu de seu assento e caminhou até o juiz.

- quanto a isso\, estou mais do que qualificado para lidar com toda a minha vinda.

O silêncio mais uma vez reinou na sala, mas o Duque se aproxima, passando a mão pelo ombro de Alina, apertando-o.

- Minha filha ainda deve ser afetada por tudo\, vamos assinar o...

O conde tira a mão do ombro ao sentir algo queimar e pode ver sua mão vermelha.

- Estou perfeitamente bem\, não é a primeira vez que uma jovem viúva mexe nos bens deixados pelo marido. Juiz\, vamos assinar tudo.

- Claro senhorita\, você é maior de idade\, então está tudo bem.

Tanto Alina quanto o juiz saem da sala, encerrando toda a discussão.

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