Capítulo 3

Yoná sorri ao ver Derick, e os dois ficam alguns instantes olhando um para o outro, até que são interrompidos por Danilo...

Danilo: Está tudo bem, Yoná?

Yoná: Está sim... — ela ajeita o vestido, ainda com os braços de Derick em volta da sua cintura...

Derick: Está tudo bem, Bae?

Yoná: Está sim, meu bem. Obrigada!

Celine: Vamos lá, amiga?

Yoná: Ah sim, vamos!

Yoná sorri para Derick...

Derick: Nos vemos por aí — ele pisca para ela que sorri, e sai com Celine.

Celine: E quem é o bonitão?

Yoná: Eu o conheci hoje no ponto de ônibus.

Celine: Mulher, que homem! Ou melhor, que pedaço de mau caminho... se eu fosse você, dava um jeito de agarrar o quanto antes.

Yoná dá risada da fala da amiga, e depois elas voltam para a mesa, mas ao olhar na direção do balcão, elas vêem Verônica tentando puxar assunto com Derick, que não dá muita atenção para moça, e está de olho no barman fazendo o pedido, até que olha para Yoná e abre um sorriso.

Ele fala algo com Verônica e vai até a mesa. Henry que está ao lado de Celine está com o semblante tranquilo, mas Danilo fecha a cara ao ver Derick se aproximando...

Derick: Então, bela moça... me concede a honra dessa dança?

Yoná: Claro que sim, nobre cavalheiro!

Eles dão risada, e ela segura na mão dele. A música se inicia lenta, e os dois vão dançando juntinhos. As duas mãos de Yoná estão em volta do pescoço do rapaz, que por sua vez está com as mãos em volta da cintura dele. Os corpos dos dois estão caladinhos, e é possível que um ouça a respiração do outro.

Derick: Você é muito linda, mas hoje você está uma verdadeira deusa! — ele sussurra no ouvido de Yoná, fazendo a moça se arrepiar inteira...

Yoná: Muito obrigada, Derick. Você hoje está maravilhoso!

Ele olha para ela e sorri. Ele então vai colando o seu rosto no rosto da Yoná, até que ele sela os seus lábios com um beijo terno, com carinho, onde o mundo para e só existe os dois ali. Os dois se beijam de forma carinhosa, até que eles são interrompidos quando sentem algum esbarrar neles, e ao ver quem era, o Derick logo fecha a cara e encara o homem. Verônica fuzila Yoná mais uma vez com o olhar, mas a moça a ignora...

Derick: Podemos sair daqui?

Yoná: Claro. Deixa eu só avisar a minha amiga, tá?

Derick: Claro!

Yoná se afasta de Derick, e vai falar com Yoná. Nesse momento, Verônica se aproxima dele...

Verônica: Cansado de dançar?

Derick: Na verdade, eu estou indo embora.

Verônica: Aceita companhia?

Derick: Agradeço, mas já estarei acompanhado.

Nesse momento, Yoná retorna, e Verônica olha para ela com cara de desdém e é mais uma vez ignorada pela moça.

Yoná: Podemos ir?

Derick: Claro, linda!

Derick apenas acena a cabeça em afirmação para Verônica, que fica cuspindo fogo.

Ele então manda mensagem para os irmãos, avisando que não estaria mais no bar. Ambos entram no carro, e Derick dirige até um restaurante...

Derick: Bom, lhe trouxa aqui para que possamos conversar melhor. Espero que goste!

Yoná: Com toda certeza irei sim!

Ele abre a porta do carro para ela, e assim que ele desce e entram no restaurante, os funcionários logo o reconhecem, mas ele faz sinal para que eles hajam naturalmente.

O garçom chega e logo eles fazem os pedidos...

Derick: Então... me fale um pouco sobre você...

Yoná: Bom, eu tenho vinte anos e sou de Teófilo Otoni. Um município que fica em Minas Gerais, e nos mudamos aqui para Maceió quando eu tinha oito anos, assim que os meus pais faleceram. Desde então, moro com eles. Eu trabalho numa lojinha de moda feminina e o meu sonho é fazer um curso de culinária, porque eu amo muito cozinhar.

Derick: Eu sinto muito pelos seus pais. E, eu estou curioso para poder conhecer o seu tempero. Com toda certeza é divino!

Yoná dá risada...

Yoná: Eu espero que goste! Mas, e você? Me fale um pouco mais sobre você...

Derick: Bom, como gosto sempre de ser transparente, e eu não gosto de esconder as coisas, vamos lá... eu me chamo Derick Malik, tenho vinte e seis anos e sou mulçumano. O meu pai é mulçumano e a minha mãe era brasileira. Ela faleceu há doze anos por conta de um câncer no útero. O meu pai hoje está vivo, mas carrega sequelas de um atentado que quase custou a vida dele. Eu sou empresário, tenho uma rede de restaurantes e de cosméticos aqui no Brasil, como também no exterior.

...Yoná: Nossa! Agora eu fiquei até sem jeito......

Derick: Por que?

Yoná: Porque, você é culto. É empresário, e eu sou extremamente simples...

Derick: Bae, isso não tem nada haver. O que importa é o que temos aqui — ele aponta para o coração — e aqui — em seguida, para a cabeça — não importa o saldo bancário, o que importa é quem a pessoa é. Existem pessoas que são ricos de dinheiro, mas são extremamente pobres de espírito. Tem uma senhorinha muito sábia que toma conta de uma das casas que tenho aqui, e ela sempre diz "mais antes um casebre onde você sorri, do que uma mansão onde você só chora". O dinheiro ajuda? Claro que ajuda. Mas, na vida, feliz é aquele que mantém a sua essência, independente de qualquer coisa.

Ele acaricia o rosto de Yoná, que sorri para ele... O jantar corre bem, até que os dois vão para a cobertura dele. Chegando lá, eles entram, ele serve um vinho á ela, e eles começam a assistir um filme.

Durante o filme, Yoná se assusta e se agarra em Derick, que dá risada da reação da moça e lhe dá um beijo no topo da cabeça e lhe abraça forte. Ela então olha para ele dando um sorriso tímido. Derick encara os lábios da moça, até que a toma em um beijo calmo, tranquilo, que com o tempo, vai dando lugar ao desejo.

As mãos grandes e fortes de Derick vão passeando suavemente pelo corpo de Yoná, e cada toque é como brasa, despertando em ambos um fogo insaciável, uma vontade enorme de se tornarem um só naquele momento.

Num movimento rápido, ele puxa a moça para o seu colo, descendo as mãos para o bumbum dela, subindo ainda mais a saia, deixando o bumbum a mostra. Ele então passa a mão, em seguida aperta, fazendo Yoná soltar um gemido durante o beijo.

Ele vai deslizando a ponta do dedo pela parte das costas dela onde o vestido não alcança, até que ambos são atrapalhados pelo interfone...

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