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♡RICHARD NARRANDO♡

Confesso que vê a Eliene numa situação tão deplorável não me deixou tão feliz quanto eu pensei que ficaria, mas a maldita ousou cuspir na minha cara e ali eu perdi a calma e a espanquei novamente, ela  ficou de joelhos e falou em prantos:

__Eu não sou Eliene, apenas me libertem e eu juro que não irei a polícia, por favor, eu só quero ir para casa-falou ela enquanto abraçava os joelhos.

Me agachei junto a ela, segurei o seu rosto, a forçando olhar para mim e logo falei:

__Tá bom, vamos sentar e conversar como pessoas civilizadas, daí você me conta a sua versão e a gente vê como fica.

Ouvindo as minhas palavras, Eliene sorriu lindamente para mim, os seus olhos verdes brilhavam de um jeito estranho, neles tem algo que eu não sei explicar o que é, mas é bom e me chama, já secando as lágrimas, ela logo falou:

__Obrigada, isso é apenas um engano e com diálogo tenho certeza que tudo será resolvido.

Enquanto ouvia aquilo e estando tão perto dela, senti uma vontade imensa de beijá-la, talvez seja por ela estar usando uma minúscula lingerie branca, o meu olhar aguçado pousou sobre os seus lindos seios, ela ficou ainda mais vermelha e se apressou em tentar cobrir o seu corpo.

Vendo a mulher que costumava ser baixa e vulgar desde sempre, agindo assim como se fosse uma menina inocente, fiquei irritado e logo comecei a falar:

__Por que me parece que você está com vergonha de mim? Logo eu, que vi o teu corpo nu por várias vezes, eu acho bom você tirar essa sua máscara de boa moça e me falar quem foi o infeliz que teve a ousadia de levar algo que me pertence, não amo, mas me pertence- falo e logo passo os meus dedos pela coxa dela, ela ficou um pouco arrepiada, mas logo deu um tapa na minha mão e falou zangada:

__ Você pode ter visto ou provado qualquer corpo, mas em mim você nunca tocou e pelo visto nunca vai, pois eu não sou Eliene e prefiro morrer do que pertencer a você- falou ela cruzando os braços e evitando o meu olhar.

Eu achei aquilo tão engraçado, senti vontade de rir, mas não o fiz porque eu preciso manter a minha fama de cruel, principalmente perante os meus homens que me olham com curiosidade.

A segurei pelo queixo e a forcei a olhar para mim, por um impulso a beijei com violência, ela lutou, mas sou mais forte do que ela, minha língua pediu passagem, mas Eliene não cedeu, abri os meus olhos e a vi chorando em modo silencioso, me afastei, dei um sorriso de deboche e logo falei:

__Vejo que estou te torturando, pois bem, agora chegou a hora de você falar tudo o que quiser, mas se eu sentir que você está mentindo, vou transar contigo aqui mesmo, com direito a plateia-falo as últimas palavras olhando para os meus homens.

A mulher ficou em pânico, mas logo se recompôs e de cabeça erguida começou a falar:

__Eu me chamo Elisa Miller, sou filha adotiva de Michelle e Paulo Miller, sou natural de Annecy, há 5 anos vim morar com os meus tios após a morte dos meus pais, sou estudante, recentemente eu fui obrigada a casar com um desconhecido objetivando pagar uma conta feita pelo meu tio, mas o homem, que era bem mais velho do eu, simplesmente me abandonou no altar, depois disso só veio mais desgraça-finalizou ela olhando feio para os meus homens, dei um leve sorriso para o Tom e logo falei:

__Vá verificar a veracidade dessas informações, se ela estiver falando a verdade cabeças vão rolar, meu tempo vale ouro, não posso desperdiçar com qualquer um.

Após terminar de falar, olhei para Eliene, só para encontrar uma mulher muito bonita, muito suja e com os cabelos desgrenhados, mas no rosto um lindo sorriso, será se ela está falando a verdade? E quem seria essa loira que faz o meu coração acelerar? Maldição! Eu acho que estou pensando demais.

Tom apenas assentiu levemente e logo Eliene começou a falar o seu endereço, nas suas palavras só havia confiança e por um motivo desconhecido até mesmo por mim, desejei que ela estivesse mentindo.

Sai dali rapidamente, do lado de fora encontrei André, um dos meus melhores homens, ele se aproximou de mim e logo perguntou:

__Senhor, como devemos proceder caso a moça esteja falando a verdade-perguntou ele com um semblante preocupado.

__O de sempre, ninguém sai vivo para contar a história-Falei e logo entrei no meu carro e fui embora.

Depois de passar na base e resolver algumas coisas, fui direto para casa, os meus homens me seguem como sempre, eu sei que isso é para o meu próprio bem, mas as vezes eu fico cansado e penso em desistir.

Algum tempo depois enfim cheguei em casa, na sala havia várias pessoas, dentre elas, a minha mãe e aquela que seria a minha sogra, Quênia, uma mulher asquerosa tal como a filha.

Forcei um sorriso e depois de cumprimentar todos eles logo comecei falar:

__Espero que o assunto seja importante, pelo horário vocês podem presumir que eu estou bastante cansado-falei seriamente enquanto acendia um charuto.

__Onde está a minha filha?-perguntou Quênia com o desespero estampado em seu rosto, pelo visto a Eliene fez falta para alguém.

__Está viva.. Por enquanto-falei pausadamente enquanto soltava um longo suspiro.

__Filho, você sabe que eu já estou velha e cansada, por favor faça isso por mim, esqueça o passado e case-se com Eliene, construa uma linda família, seja feliz e me faça feliz também-Ela falou e logo me abraçou, os seus olhos lacrimejando tocou o meu coração.

__Tá bom mamãe, a senhora tem carta branca para organizar tudo, não se esqueça de que eu não gosto e nem quero ser o centro das atenções-falo e logo saiu da sala praticamente correndo.

“Eu só espero não me arrepender no futuro”, pensei enquanto me lembrava daquela loira zangada.

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