Surpreendido

Henry

Hoje o meu dia foi horrível, pela manhã fiquei preso transito por quase uma hora o que me fez chegar atrasado no trabalho, o meu pai desdenhou de mim quando lhe contei que estava desenvolvendo um plano de negócios para tentar salvar a empresa e não depender do dinheiro do pai da Nina. Só faltou ele rir na minha cara e dizer que não capaz que fazer algo que possa salvar a empresa. E para piorar a situação, eu não consegui parar de pensar nela, na minha esposa...

Esposa… não acredito que estou me referindo a Nina como minha esposa, se bem que ela é, pelo menos no papel.

Estou cansado e estressado como jamais fiquei na vida, e parecem que estou carregando parte do mundo nas costas. Estou quase chegando no condominio, sinto meu estresse aumentar quando penso que ao chegar ao meu apartamento ela via estar lá... O mais provável é Ninw tenha saido de casa para gastar parte dos milhões que o pai tem. Fico desanimado ao lembrar que tenho que preparar o jantar, farei algo bem simples, não sei se ela vai querer comer quando chegar, mas pelo menos vai encontrar algo pronto para comer, caso não jante fora.

Entro no elevador e ele parece subir mais rapido do que o normal, justo hoje que eu não estou com pressa de chegar em casa. Entro no meu apartamento jogo meu blazer com raiva no sofá e me sento em seguida passando a mão no meu rosto e bagunçando o meu cabelo. Porque a minha vida tomou essa direção, porque estou sem rumo... Tenho que ser otimista e acreditar que o que aconteceu foi apenas um obstáculo e que eu vou conseguir vencê-lo, eu não vou desistir do meu plano de negocio, e se preciso eu passarei a noite inteira acordo trabalhando nesse plano para apresentá-lo ao me pai amanhã, ele não pode se negar a me escutar com tudo pronto.

De repente sinto cheiro de comida se espelhar pela casa. Olho para a cozinha e vejo Nina parada perto do fogão me olhando. Ela sorriu para mim de forma tímida e o seu sorriso foi capaz diminuir a sensação ruim que eu estava sentindo.

_ Daqui a pouco o jantar estará pronto. Diz desviando o olhar e me surpreendo, como ela sabe cozinhar? Fico por algum tempo olhando para ela sem reação.

_ Está bem... Respondo vendo que ela voltou a sua atenção novamente ao preparo do jantar. Pretendia tomar banho quente para relaxar, mas agora eu pretendo esperar por esse jantar, parece que preciso ver com os meus proprios olhos que Nina realmente está na cozinha.

Levanto e vou ao banheiro rapidamente, voltou e continuo olhando para ela. Desabotoou alguns botoes da minha camisa e dobro as mangas ate a altura dos cotovelos. Puxo uma cadeira e me sento à mesa esperando ela terminar o jantar. O cheiro da comida está muito bom por sinal, espero que o sabor também esteja

. Enquanto espero, não consigo tirar os olhos dela, é como se lentamente Nina conseguisse me enfeitiçar com o seu jeito totalmente contrario ao que eu esperava que ela fosse. Ela é esperta, mas eu serei mais forte e não cederei aos seus encantos que são muitos por sinal. Nina, às vezes, olhava para mim e desviava o olhar rapidamente como se tivesse me observando.

_ Precisa de ajuda? Pergunto quando Nina começa a pôr à mesa.

_ Não, obrigada. Diz indo até o armário onde ficam guardado os pratos. Sei que eles ficam na parte alta do armário, para a minha altura não é problema mas para ela pode ser. Resolvo ajudar quando eu vejo que ela fica na ponta dos pés tentando pegar dois pratos.

_ Deixa que eu pego os pratos. Digo me aproximando dela. Nina deu dois passos para tras esbarrando em mim.

_ Desculpe. Pediu voltando para o fogão. Tenho certeza que ela fez de propósito. Levei os pratos para a mesa me sentando novamente enquanto ela coloca as panelas no centro da mesa e também uma salada bem colorida com folhas, cenoura e tomate.

_ Espero que você goste do que eu fiz. Diz abrindo as panelas revelando que ela tinha feito arroz integral, frango grelhado e batatas salteadas. Tudo parecia realmente saboroso. Começo a me servi esquecendo completamento o dia ruim que tivi hoje e principalmente o atrito que tive com o meu pai, detesto brigar com ele.

O jantar estava saboroso, e jantamos em silêncio. Nina comeu tranquilamente enquanto eu a observava, sinto que estou caindo na sua armadilha pouco a pouco. Suspiro fazendo ela me olhar.

_ Não gosto do que eu preparei? Pergunta.

_ Não é isso. Respondo voltando a comer sem dar outra explicação. Depois do jantar, eu arrumei a cozinha enquanto Nina foi para o quarto. Mais tranquilo, peguei o meu notebook e sentei no sofá, vou ficar na sala desenvolvendo o plano de negócios, não posso perder tempo.

Fico até tarde da noite trabalhando, Nina apareceu na porta pelo menos duas vezes mas nada disse. Será que é hoje que ela tentará me levar para cama? Fico pensando nessa hipótese sentindo um arrepio tomar o meu corpo. Ainda bem que estou concentrado no meu trabalho e tenho a mente forte, senão cederia facilmente aos seus encantos.

Quando finalmente finalizei o plano de negócios, fui para o quarto me sentindo muito cansado. Nina já deitada no colchonete e parece dormir profundamente. Pego uma calça de moletom no guarda roupas e percebo que Nina já colocou suas roupas no espaço que deixei para ela, são poucoas roubas, a maioria são calças e camisetas. Imaginava que ela fosse encher o guarda roupas de vestidos de grife e sapatos. Mas só vejo alguns saltos e dois pares de tenis, o que eu acho estranho para ela que sempre foi taxada de patricinha. Tento não pensar nessa questão, indopara o banheiro tomar o meu banho, o mais quente possível, para que eu consiga relaxar e ter um boa noite de sono. Ao entrar no banheiro, começo a observar pequenas mudanças como um escova de cabelo na pia, e dentro do armário tem duas escovas de dentes. Aos poucos, ela vai dominando o espaço, marcando sua presença para que eu não possa esquece-la.

_ Esperta… Digo encontrando sua calcinha pendurada dentro do box do chuveiro._ Tinha que ser vermelha? Me pergunto balançando a cabeça negativamente.