Ghottic: Lua Nova (em Revisão)

Ghottic: Lua Nova (em Revisão)

Ostara

Vazio, uma imensidão de puro nada, tão vasto, mas tão cheio; cheio de ódio e fome, tão frio como o universo e tão fervente como o inferno; tão calmo e tão desesperador. Algo tão espiritual e também mortal.

Não sinto o meu corpo, parece que estou afundando em meio a um lago tão calmo e sufocante, parece que descanso em meio às nuvens, mas sinto o peso de mil baleias pressionarem o meu corpo em todas as direções possíveis; está tudo tão calmo, mas tão caótico.

De repente, aquele breu infinito foi clareado por um enorme par de olhos verde água, tão brilhantes e mortais como o sol, aquilo era o tudo, mas também era o nada. Aqueles enormes olhos animalescos de uma fera que não se alimentam a milénios olham em direção do meu corpo, o fitando como um belo pedaço de carne; eu preciso fugir daqui, eu quero fugir daqui. Mas não tem como fugir, aquela imensidão de nada era aquela criatura animalesca.

Quanto mais olho nos seus olhos, mais sinto o ódio no seu olhar, presencio a fome que ele está sentindo, percebo o quão melhor seria morrer a continuar olhando para aquilo.

Por um segundo, sinto aquele universo tremer enquanto aqueles olhos ficam maiores e me engolem com aquele olhar infernal como um tsunami engole uma praia. Um grito demoníaco ecoa por aquela imensidão que agora era verde brilhante como os olhos. Agora, aquela pressão sufocante tornou-se uma queimação, um ardente percorrendo meu corpo inteiro devido a uma chuva de cristais pontiagudos cortando ele em todas as direções possíveis, até que sinto um atingir exatamente no meu coração.

- NÃÃÃO!

Dos lábios de uma garota que acabara de despertar, um grito desesperador escapa de forma involuntária; acordando, sem querer, alguns pequenos animais que dormiam junto a ela no seu enorme e confortável ninho. Com o barulho repentino, uma preguiça que dormia em galhos acima da menina, caiu no seu colo; os ouricinhos-cacheiros e os tapitizinhos que dormiam entre as suas pernas pularam de susto.

Os curtos e encaracolados cabelos roxos da menina estavam de pé, como se ela tivesse levado um choque. O seu coração estava acelerado e a sua pele, escura como ébano, estava mais clara devido ao susto; o seu olho vermelho como rubi estava arregalado e as suas unhas estavam fincadas no feno do ninho.

— o que foi, minha Alase¹?

A preguiça bocejou preguiçosamente, despertando lentamente de seu sono profundo enquanto a menina ainda ofegava, tentando recuperar o fôlego após a intensidade do pesadelo que a assolara. Seu olho estava fixo em um ponto distante, ainda processando as imagens assustadoras que assombravam sua mente. O formigamento em sua cabeça era como pequenas agulhas picando sua pele, um lembrete vívido do terror que acabara de experimentar. Cada pensamento era uma luta para distinguir a realidade da ilusão, e levou alguns preciosos minutos para que a névoa do pesadelo finalmente se dissipasse, revelando o conforto reconfortante da segurança.

Quando a menina finalmente percebeu que tudo não passara de um sonho terrível, um suspiro de alívio escapou de seus lábios trêmulos. Ela olhou para a preguiça em seus braços, seu olho se encontrando com os dela em um momento de entendimento silencioso. Com um sorriso meigo, ela acariciou suavemente o pelo macio da preguiça, sentindo a calma e a serenidade retornarem a seu coração. Apesar do susto, ela sabia que estava segura agora, envolta pelo calor reconfortante da realidade.

— não foi nada, senhora segnities, mo ji²

A preguiça bocejou e arrastou-se, assim, saindo do colo da menina e deitando no ninho. A garota levanta lentamente, sentindo os músculos esticarem-se preguiçosamente após uma noite de sono profundo. Seus braços se erguem acima da cabeça em um longo e luxuoso bocejo, enquanto os raios dourados do sol da manhã filtram-se através das folhas do salgueiro-chorão, pintando padrões de luz e sombra em sua pele nua.

Cada raio de sol acariciava delicadamente sua pele, trazendo consigo uma sensação de calor reconfortante e renovação. Ela fecha o olho por um momento, absorvendo a energia revitalizante da manhã enquanto se alonga em direção ao céu azul claro acima dela.

Os delicados sons da natureza enchem o ar ao seu redor – o canto suave dos pássaros, o farfalhar suave das folhas dançando ao vento, o murmúrio tranquilizador do riacho nas proximidades. É como se o próprio mundo estivesse despertando junto com ela.

— o ìgbà òtútù³ já acabou? A ìgba riru ewe⁴ chegou?

A menina levanta-se do ninho com um suspiro de contentamento, sentindo-se revigorada pelo calor reconfortante do sol da manhã. Seus pés descalços pressionam suavemente a terra úmida enquanto ela se aproxima da cortina de folhas que cobre a entrada, ansiosa para ver o que o novo dia tem a oferecer.

Com um movimento cuidadoso, ela separa as folhas, revelando o mundo exterior transformado pela chegada da primavera. O que antes era um manto de neve imaculado agora se transformou em um cenário de transição, com poças de água brilhando sob os raios solares dispersos. Cada poça era espelho líquido, refletindo o céu azul e as nuvens fofas que flutuam preguiçosamente acima.

A menina observa maravilhada os pequenos redemoinhos de folhas e galhos que dançam na superfície das poças, criando padrões hipnotizantes de movimento e cor. Apesar do sol brilhante, o ar ainda carrega o frescor do inverno recente, fazendo a menina estremecer ligeiramente ao sentir a brisa gelada acariciar sua pele. Ela se abraça, envolvendo-se em seu próprio calor enquanto observa os primeiros sinais de vida despontando ao seu redor.

— E káàró⁵, meu salgueiro!

As enormes folhas douradas daquela árvore balançam junto ao vento, como resposta ao bom dia da menina, que logo sorri e esfrega o seu olho enquanto caminhava em direção ao riacho que havia ao lado do salgueiro-chorão. Ela sentia a grama gélida e úmida nos seus pés, o que a dava uma sensação confortante, a garota agacha e junta as suas mãos para pegar um pouco daquela água congelante, assim, a jogando no seu rosto para ajuda-la a despertar.

- Aaahh! Mo ji, mo ji.

O bocejo preguiçoso da garota ecoou suavemente pela quietude da manhã, seus lábios se curvando em um sorriso sonolento enquanto ela murmurava repetidamente para si mesma que havia despertado. Com passos cuidadosos e tranquilos, ela se dirigiu à sua árvore, cujo tronco sinuoso se estendia em direção ao céu, sendo um antigo lar e um guardião protetor.

Cada movimento era executado com uma graça natural, como se ela e a árvore estivessem em perfeita harmonia. Ao alcançar o ninho no alto, ela se viu cercada por uma sinfonia de respirações suaves e sussurros animais, os moradores adormecidos do seu santuário de ramos e folhas.

Com destreza habilidosa, a garota pegou suas roupas cuidadosamente dispostas no ninho. O tecido feito de camadas de teia de viúva-negra era suave ao toque, mas robusto o suficiente para resistir aos rigores da vida na floresta. As placas de quartzo branco, adornando as partes mais íntimas de suas vestes, reluziam suavemente à luz do sol nascente, emitindo uma aura de proteção e poder.

Vestida e pronta para o dia que se desenrolava diante dela, a garota assobiou uma melodia suave, ecoando através dos galhos da floresta. Em resposta ao seu chamado, um tucano colorido apareceu de entre as árvores, voando graciosamente em sua direção e pousando delicadamente em seu ombro.

Companheiro confiável ao seu lado, a garota começou a jornada matinal pela floresta, com seus passos leves ecoando entre a natureza.

— E káàró, Aren! Quais os acontecimentos de hoje?

A garota sorriu animadamente para o tucano, seu olho brilhando com a promessa de uma nova conversa com seu amigo alado. Antes que ele começasse a falar, ela se agachou graciosamente entre os arbustos, os raios de sol filtrando-se através das folhas e pintando padrões dourados em sua pele.

Com dedos habilidosos, ela colheu cuidadosamente os cambuís maduros que pendiam dos galhos, sentindo o suave toque das frutas em suas mãos. O aroma adocicado e fresco das frutas matinais encheu o ar ao seu redor, despertando seus sentidos enquanto agradecia mentalmente a natureza por aquela oferenda tão saborosa.

Com um gesto delicado, ela descascou com as unhas a casca fina e revelou a polpa suculenta dentro de cada cambuí, seu suco escorrendo pelos seus dedos e tingindo-os de um alaranjado vibrante. Com um leve enrugamento do nariz, ela provou a fruta, uma mistura de doçura e acidez que a fez franzir a testa em surpresa. O tucano observou com interesse, emitindo uma risadinha suave quando viu a careta divertida da garota.

— E káàró, minha Alase Ghottic. Hoje, a Igba Riru Ewe começou bem, as cutias foram as primeiras a despertar e há novas araras voando no céu, um filhote de mico acidentalmente sentou num ouriço-cacheiro, mas não teve feridas graves. Deixe-me ver mais...

O pássaro pareceu pensativo por um momento, inclinando a cabeça para o lado enquanto uma expressão de concentração se formava em seu bico colorido. Parecia como se estivesse buscando alguma lembrança distante, perdida nas profundezas de sua memória alada. No entanto, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele foi interrompido pela oferta de Ghottic.

Com um gesto gracioso, ela estendeu um cambuí em direção ao tucano, oferecendo-lhe a fruta com um sorriso caloroso. O pássaro não hesitou em aceitar, inclinando-se para pegar com seu bico curvo. Um brilho de curiosidade dançou em seus olhos enquanto ele a saboreava, suas penas vibrando ligeiramente com a intensidade do sabor.

Ao sentir o gosto forte do cambuí, o pássaro piscou algumas vezes, parecendo surpreso com a explosão de sabores em sua boca. Seu bico se contorceu ligeiramente, mas logo ele se recuperou, emitindo um som de aprovação misturado com um leve ruído de surpresa.

- Ah sim! Os filhotes da lobete Dayo e do seu companheiro Akin para nascer ao pôr do sol. São a primeira ninhada da estação, isso significa que a Ostara é hoje e vossa alase está atrasada! - exclamou Aren, com um leve tom de preocupação em sua voz melodiosa.

Ghottic, por outro lado, estava relaxada, encostada em uma árvore antiga, parecendo indiferente ao chamado urgente de Aren. Ela respondeu com calma: - Ora, Aren! O sol mal despertou! Farei as flores desabrocharem a tempo, prometo!

Aren suspirou, balançando a cabeça com uma expressão de resignação - Ora, Ghottic! Já se fazem trinta e três anos que tenho que lhe dizer para transformar as estações pontualmente!

Ghottic riu suavemente, guardando a frustração no mais profundo canto de seu ser, ela revira o olho e respira fundo, quase o respondendo com um tom de deboche – E já faz trinta e três anos que eu faço tudo certinho! Relaxa, Aren! Deixe-me descansar um pouco hoje, afinal, já tenho 268 anos! - A menina cruzou os braços e virou o rosto em protesto, o tucano voou do seu ombro e pousou num galho próximo à garota.

— você só faz 268 anos na próxima lua cheia, bruxinha! Ainda é uma pequena flor além disso, Alika fez os meus ancestrais prometerem que iam ficar de olho em você até os seus 300 anos de idade!

A bruxa suspirou profundamente, deixando escapar um lamento cansado enquanto se sentava numa rocha próxima. Com as mãos apoiadas no rosto, ela mergulhou em seus pensamentos, sentindo o peso das responsabilidades sobre seus ombros.

O pássaro, notando a aflição da bruxa, voou até seu colo e a encarou nos olhos com uma expressão de compaixão. Com um suspiro suave, como se compreendesse o fardo que ela carregava, o pássaro emitiu um som reconfortante, quase como se estivesse oferecendo palavras de consolo.

— eu só queria ver o mundo lá fora, além da floresta, você já voou além desses morros, to cansada de ver a praia de longe! Quero sentir a areia e sentir o cheiro do mar! Eu me sinto muito sozinha desde que a...hum...

— ah...antes de tudo aquilo, eu sei, eu sei. Mas é muito perigoso você sair da floresta, os humanos lá fora são maus! Foram eles que levaram Alika e todos embora.

— mas eu não entendo! Eu estou sempre observando a praia e não há um movimento lá, você diz que eles matam as árvores e possuem armas de fogo barulhentas, mas nunca vi nada nesses últimos trinta e três anos! Com certeza depois daquilo eles foram embora!

Exclamou a menina incrédula e um pouco irritada com tamanha injustiça, afinal, Aren ainda a tratava como se tivesse 110 anos de idade.

— eles estão escondidos entre as matas perto da praia, Ghottic, é seu dever cuidar dessa floresta até que os celtianos voltem.

— e quando eles vão voltar?! Desde aquela época não vi uma fada, uma sereia, nem mesmo um gnomo! Pelo que eu saiba os celtianos não brotam do chão do nada! Eu vou ficar aqui para sempre fazendo a mesma coisa sempre!

O pássaro soltou um grande suspiro e com a voz trémula levou a sua asa direita até o rosto da garota, que estava com o olho cheio d’água.

— olha bruxinha, eu prometo que no seu aniversário de 270 anos eu vou leva-la a uma aldeia de humanos que fica próxima à aqui.

A bruxa levou o seu punho até o seu olho e secou uma lágrima que queria escorrer pelo seu rosto, logo, dando um sorriso de canto.

— promete?

— que eu vire sopa de tucano se não cumprir, agora, vamos começar a ostara.

Ghottic sorriu levemente, agora se sentindo mais calma levantou da rocha, assim, levando a sua mão esquerda até o seu busto, onde lá havia um cristal de ametista pendurado no seu colar. Ela fechou o olho e respirou fundo enquanto concentrava toda sua energia em sua mão.

- Asé⁶

O cristal brilhou em um tom magenta um volume começou a surgir das costas da menina, de forma indolor, ossos emergiram de sua pele, eles foram crescendo até ficarem no formato de asas; depois músculos, veias, tecido e por fim penas. As asas se abriram, eram o dobro do tamanho da garota, possuíam uma cor vermelha sangue por dentro, por fora a penugem era roxa como seu cabelo; extremidades de ossos pontiagudos cresceram nas extremidades das asas, deixando-as com aparência de asas de dragão. A bruxa num salto voou, o que fez o tucano tossir pois levantou folhas e poeira; lá do alto ela viu toda a floresta, que estava com boa parte das árvores ainda nuas.

- Asé!

O olho de Ghottic, profundo poço de magia, brilharam em uma tonalidade magenta que parecia conter segredos ancestrais. Suas mãos, movendo-se com uma graciosidade mística, traçaram padrões intricados no ar, convocando um redemoinho de nuvens negras que se formou como um véu entre o plano terreno e o espiritual. Um vento carregado de vida varreu a floresta, prenunciando a manifestação de forças além da compreensão humana.

Uma chuva morna começou a cair, mas não era apenas água; era um elixir da vida, cada gota contendo a promessa de uma metamorfose mágica. Ao tocar o solo, cada gota se transformava em uma planta única, emanando uma aura de energia. Nas árvores, a chuva se desdobrava em flores resplandecentes, folhas vibrantes e frutas carregadas de significado esotérico. Pedras antigas eram acariciadas pela chuva, transformando-se em musgo que pulsava com uma sabedoria ancestral.

Os animais, envolvidos pela chuva mágica, experimentavam uma cura profunda. Feridas desapareciam, e uma vitalidade renovada pulsava em seus seres. Naquele momento, a própria essência da floresta estava fluindo através deles, fortalecendo-os para os desafios que aguardavam.

Ghottic, com suas mãos imbuídas da energia magenta, ergueu o olho para as nuvens reluzentes. Absorvendo os relâmpagos verdes e rosas, canalizou essa sinfonia cintilante em uma bolha de energia densa. Com um gesto cerimonial, lançou-a na cachoeira Iyá, local sagrado que ecoava com os murmúrios dos espíritos da natureza.

A cachoeira, agora imbuída com a magia cósmica, desencadeou uma cascata de eventos místicos. Águas gélidas refletiam os relâmpagos em tons etéreos, criando um arco-íris que transcendia o espectro visível. A montanha Ilé oba, testemunha silente do oculto, ecoou com a ressonância da celebração, marcando o início da primavera não apenas como uma estação, mas como uma passagem transcendental no ciclo eterno da vida na floresta encantada.

Ghottic, exausta após canalizar tamanha energia, permitiu-se repousar em uma nuvem etérea que pairava suavemente abaixo dela. Seu olho, normalmente radiantes com a magia da natureza, agora refletiam uma melancolia sutil. Cada movimento, antes cheio de graça, revelava agora um cansaço profundo, como se a conexão com as forças cósmicas tivesse extraído parte de sua própria essência.

Sentada em contemplação, Ghottic dirigiu seu olhar desanimado para o mundo que se desdobrava abaixo. A renovação mágica, embora esplêndida, pesava em seus ombros como um fardo invisível. A magnitude do esforço para rejuvenescer a floresta agora se manifestava nos traços de sua expressão, onde antes havia determinação, agora existia uma sombra de cansaço.

A nuvem, suave como um divã celeste, oferecia um refúgio momentâneo para a alma fatigada de Ghottic. Seus pensamentos flutuavam entre os ecos dos feitos místicos realizados e a compreensão silenciosa de que o preço da magia não era apenas pago em relâmpagos e arco-íris, mas também nas fibras mais profundas de seu ser.

Enquanto observava o mundo transformado lá embaixo, a desilusão momentânea era acompanhada por uma sensação de realização. Era como se cada gota de esforço deixada no céu se traduzisse em uma lágrima de exaustão, mas também em um sorriso sereno diante da beleza recriada. Ghottic, nesse momento de quietude celestial, encontrou uma paz efêmera, sabendo que, apesar da fadiga, seu propósito místico havia sido cumprido.

- feliz ostara...

Não muito distante dali, um jovem de pele amarelada e cabelos ruivos, enquanto escalava a imponente pedra da Gávea, foi surpreendido pelos seus olhos verdes, tão profundos quanto jades, ao testemunhar o desdobrar de um arco-íris imponente e vigoroso proveniente de uma cachoeira próxima. O espetáculo da natureza o cativou, instigando-o a subir rapidamente e encontrar abrigo em uma fenda estrategicamente posicionada, um refúgio na rocha que o protegia do desconhecido que se desdobrava.

Ofegante, ele se permitiu descansar, observando a transformação que ocorria na paisagem abaixo. A floresta ganhava vida de maneira exuberante, florescendo diante de seus olhos como se a magia que presenciara tivesse se estendido por todo o ecossistema.

- que porra é essa?!

Sua exclamação, carregada de perplexidade e adrenalina, ecoou na vastidão silenciosa ao redor. Ao encostar a cabeça na fria parede de pedra, um misto de cansaço e fascínio se revelou em sua expressão. A pergunta lançada ao vento refletia não apenas uma busca por respostas, mas também uma conexão emocional com o extraordinário.

Seus olhos curiosos, varrendo o horizonte, capturaram algo peculiar além da cortina de água da cachoeira. A visão de uma caverna de ametista, cintilando como estrelas roxas em uma noite mágica, o envolveu em uma aura de mistério. Uma chamada silenciosa parecia ecoar dessa caverna, convidando-o a desvendar os segredos que se escondiam em seus recessos.

- o que é isso?

A hesitação e a atração se misturavam nos pensamentos do jovem, enquanto ele se via diante de escolhas desconhecidas. Seus olhos verdes, agora refletindo a dança das cores do arco-íris e a luminescência da caverna, expressavam uma curiosidade profunda e uma ponta de apreensão diante do desconhecido que se desdobrava diante dele.

...•Dicionário celtiano•

...

...Alase: guardião, pessoa que possui autoridade

...

...Mo ji: eu acordei

...

...Ìgbà òtútù: inverno

...

...Ìgba riru ewe: primavera

...

...E káàró: bom dia

...

...Asé: que assim seja

...

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Comments

Luna006

Luna006

comecei a ler, tô amando muito

2023-09-19

1

Ana pontel

Ana pontel

MANO!! adorei!! comecei a ler seu livro ontem a noite! só de ler esse primeiro capítulo me lembrou pq gosto tanto de livros q retratam magia e ficção, fazia tempo q eu n lia histórias assim, tá sendo uma experiência incrível!! 😁✨

2023-07-18

1

Antonio Gomes

Antonio Gomes

esse tucano é esperto, a humanidade não é flor que se cheire msm k amei esse cap mas faltou um pouco mais de interação, tipo falar oq aconteceu com cada animal que foi tocado pela chuva, questão de imersão sabe? mas em geral ficou incríveeel

2023-07-15

1

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