Capítulo 17( As inexplicáveis formas de pertencimento)

Isabella subiu as escadas correndo, havia ajudado Filomena com o almoço e depois lavar toda louça suja, por mais que a velha senhora recusasse a ajuda a moça de porte esguio e pequeno fazia questão de se sentir útil, Isabella não entendia muito bem quais era as funções dela naquela casa, desde que havia chegado alí Klaus fez questão de deixar claro que ela pertencia a ele e por algum motivo que ela mesma desconhecia isso não a encomodava, Isabella sempre quis perceber a um lugar onde a quisessem, onde fosse desejada e amada e por mais que aquele homem lindíssimo e poderoso não dissesse parecia ter mais que um simples interesse por ela, A garota inocente demais para desconfiar de gestos bondosos era ainda grata por ter sido arrancada do Submundo por ele, não demorou para que estivesse completamente rendida aos encantos do homem sedutor e lindo que carregava em seu rosto o sorriso de um predador, Isabella entrou no banho, se lavou depilou as pernas e as partes sensíveis de seu corpo, se perfumou usando as coisas que de forma vergonhosa pediu a Maria, Vestiu uma das lingeries intocadas do guarda roupas, as peças eram sensuais e finas em um tom de vinho e gritavam além de elegância bom gosto, frente ao espelho estava boquiaberta com sua imagem, o corpo mion havia ganhado curvas acentuadas que sequer tinha notado possuír.

— Coragem Isabella, tenha coragem, Ele é um homem, não achará graça em sua infantilidade para sempre.

Dava os últimos detalhes a maquiagem sutil que fazia enquanto alinhava os cachos ondulados de seus cabelos, Isabella Vestiu um vestido solto de alcinhas, a fazenda era quente e todas as peças de seu guarda roupas gritavam em pelo menos cinco idiomas a palavra campo, a jovem caminhou até o quarto do fim do corredor, estava aberto como da última vez que havia estado lá, Isabella esperou por algum tempo, lá fora a noite já se aproximava e a impaciência e nervosismo tomaram conta de si.

— Será que ele já chegou?

Balbuciou olhando discretamente da porta enquanto andava de um lado para o outro no cômodo, Isabella caminhou pelos corredores em direção a sala de star, Klaus estava sentado a poltrona enquanto bebia seu whisky, A sua frente estava Yuleika que contava animada sobre os passeios que havia feito na Sérvia.

— Quando podemos viajar? Não tem mais desculpas para dar a época da colheita já terminou, me prometeu que conheceria o Coliseu ao meu lado, tenho planos de irmos de lá direto ao Egito, as pirâmides e todos os pontos turísticos, o que acha?

— As coisas mudaram Yuleika.

Falou sério apoiando as mãos sobre os joelhos, Isabella surgiu logo no topo da escada, sem notar a presença da belíssima socialite presente no salão correu em direção a voz de Klaus, seu enorme sorriso logo se desfez ao ver parada diante dele a figura da mulher de olhos verdes e cabelos loiros, Klaus a olhou surpreso, era visível que a pequena havia se incomodado com a presença de Yuleika e de certa forma isso o agradou, sua gatinha tinha garras ele adoraria vê-la as por para fora.

— Quem é essa?

Yuleika olhou Isabella dos pés a cabeça com desprezo e inveja.

— Isabella.

Estendeu as mãos para jovem que envergonhada e sem jeito agarrou, Klaus a sentou sobre seu colo acariciando gentilmente seus cabelos.

— Todo essa produção é para mim?

Sorriu de um jeito sexy tocando com as pontas dos dedos o início do decote da roupa de Isabella, a mesma sorriu com as bochechas ainda mais coradas do que estavam.

— Se isso é uma brincadeira tenho que deixar claro não ter visto graça Klaus, Viajo um mês e coloca em meu lugar essa fedelha fedendo a leite?

— Não sou uma fedelha, sou uma mulher.

Isabella fez bico cruzando os braços frente ao corpo.

— É sim Linda.

Klaus selou seus lábios com um beijo.

— A mais irresistível e deliciosa que já conheci.

— E quanto a nosso acordo de exclusividade Klaus, sabe como funcionam as coisas, novos parceiros não podem ser agregados sem que eu concorde também.

— Ela não será incluída em nosso acordo Yuleika, ela está aqui porque eu decidi anulalo, Não é mais minha subissa e depois dela.

Tocou o rosto de Isabella com gentileza.

—Não haverão outras, Agora se nos dá licença, tenho assuntos a tratar com essa mocinha, Seja bem vinda e fique o tempo que quiser, desde que não se meta em meus assuntos.

Subiu as escadas com Isabella em seu colo deixando a mulher furiosa.

— Não mesmo Klaus, não vai me dispensar para ficar de amorzinhos com essa pirralha, Você é meu e eu esperei tempo demais para te-lo, não vou entregá-lo assim de mãos beijadas a essa vagabundazinha.

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