Culpa do destino

Não querendo ver a condição dela piorando, Thomas levou Selena dali, eles entraram no carro para levá-la para casa.

Apesar da triste realidade, seguir os passos de Mark fez com que ela soubesse quais desafios enfrentaria mais tarde.

Algumas pessoas podem julga-la, dizendo para parar de ser tão trouxa, mas... só quem passa por algo assim sabe como é difícil ter que conviver com a dor.

Enquanto isso, Mark se soltava do abraço de Erika, ele olhou para baixo onde segurava o

braço da mulher que ele amou por anos.

"Sinto muito, Erika. Eu contive-me com todas as minhas forças, mas parece que não pude deixar de me apaixonar pela Selena, quando percebi, ela já havia preenchido parte do meu coração."

Erika olhou tristemente para Mark.

"No final, eu fiquei aqui, tentando deixar todos felizes, mas, eu mesma não consegui.

Todo mundo me deixou."

Mark aquietou-se, após alguns segundos de

silêncio e havia apenas o som do vento soprando.

Ele disse

"Vou te levar para casa e ajudar com os seus ferimentos."

Erika não respondeu, ela apenas o seguiu e entrou no carro com uma expressão sombria.

Os seus olhos estavam ficando vermelhos. Ela conteve-se ao máximo para não chorar.

"Tome cuidado e não volte mais aqui!", disse Mark e começou a dirigir o carro.

Erika viera até a casa de seus pais (Biológicos), porque no dia anterior ela recebera a notícia de que a sua mãe estava doente. Mas o infortúnio se abateu sobre ela.

O seu meio-irmão estava bêbado e ficou com raiva quando ela não lhe deu dinheiro.

Embora ela tenha conseguido escapar, ela teve muitos ferimentos.

Erika sentou-se confortavelmente enquanto fechava os olhos. Ela sentia que o universo não estava do lado dela.

Houve momentos em que ela se sentia tão zangada devido ao seu destino, especialmente quando ela via a vida perfeita de Selena.

Selena tinha tudo.

Mesmo quando Erika esperava que Mark a amasse de volta, o universo provavelmente a odiava tanto, que até isso impediu.

O céu a culparia, mas não quando tudo foi tirado dela. O mundo parecia rir dos seus sofrimentos.

"Eu comprei comida para você", disse Mark.

"Não precisava. Eu não estou com fome agora."

"Não seja teimosa, Erika!"

Ela não respondeu. Ela inclinou-se para trás e fechou os olhos. Quando estavam a chegar ao

apartamento, Mark parou e entrou em uma loja de conveniência.

"Espere aqui, já volto"

Não demorou muito para que Mark voltasse

com uma grande sacola de plástico cheia.

Havia remédios para as feridas no rosto de Erika.

Então Mark dirigiu em direção ao apartamento dela.

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Enquanto isso, Selena não queria ser levada para o hospital. Ela também não queria ir para casa. Ela pediu para Thomas encostar o carro.

"Você ainda está doente e precisa de cuidados médicos", disse Thomas.

"Eu posso cuidar da minha própria dor."

"Está bem, mas para onde você quer ir?"

"Para qualquer lugar, contanto que você não vá para minha casa ou para o hospital."

"E a casa da minha mãe?"

"Você está louco?"

Para ser honesto, uma situação como essa era um dilema para Thomas.

"Eu não quero ver o Mark, tenho certeza que depois de lá, ele vai para o hospital, e quando não me encontrar, ele ira me procurar em casa."

Thomas ficou em silêncio. Ele ainda estava

pensando e tentando encontrar uma solução.

Selena fechou os olhos, sentindo que a sua cabeça ficava mais pesada. Ela estava com febre e começou a tremer.

"Você está bem?", perguntou Thomas. Selena não respondeu, ainda tremendo.

Thomas desligou o ar condicionado, então deu a sua jaqueta para ela.

Sem pensar mais, Thomas acelerou o seu carro em direção a seu apartamento.

15 minutos depois, eles chegaram e Thomas

imediatamente desceu Selena e a carregou para dentro.

Thomas colocou Selena no sofá. Ele então lhe

deu remédio para a febre e ficou com ela.

"Onde estou?", perguntou Selena quando acordou, a sua cabeça ainda doía.

"Você está em meu apartamento."

"Acho que vou para casa", ela disse se levantando.

"Verdade, você deveria ir para casa, mas não agora. Já é tarde, e o Mark tem me ligado."

"Você disse a ele onde estou?"

"Não, mas ele com certeza me ligou porque

queria saber de você... Ele nunca me liga."

Com o corpo mole, Selena apoiou-se no sofá macio da casa de Thomas.

"Depois de ver ele com ela, eu comecei a pensar sobre isso. Estou sendo tão egoísta assim?"

Thomas ouviu sem interrupção.

"Por que eles não me disseram a verdade desde o início? Se eu soubesse antes, não teria me aproximado dele desta maneira, afinal minha melhor amiga o amava."

"Erika deu lugar a você desde muito tempo atrás."

"Eu posso ceder lugar a ela também, Thomas! Eu a amo, ela é como a minha irmã."

Thomas ficou em silêncio observando a sua

cunhada que olhou para baixo novamente.

"Acabou que não fui só eu, mas todos ficaram magoados".

"Agora, concentre-se primeiro na sua saúde."

Selena olhou para Thomas.

"Eu, queria saber, por que você e o seu irmão se estranham como cães e gatos?"

"Eu só não vou muito com a cara dele."

"Por quê?"

"Você não precisa saber, Isso só te deixaria brava comigo também"

"Estou brava com você há muito tempo."

Disse Selena jogando uma almofada nele.

Thomas riu e Selena também. Ela nunca ficou irritada com o cunhado, mesmo quando o viu pela primeira vez.

Thomas nunca a considerou sua cunhada, sempre tratando Selena como se fossem

amigos.

"Agora, vá dormir! Amanhã de manhã, se você sentir melhor, poderá ir para casa."

"Você por acaso está me expulsando?"

Thomas acenou com a cabeça.

" Só agora você percebeu?"

"Atrevido!"

Thomas ajeitou o quarto de hóspedes para que a sua cunhada pudesse ficar mais confortável.

....

Thomas foi até a cozinha buscar água, enquanto isso Selena não conseguia dormir. A memória do que havia acontecido ainda a incomodava.

Ela estava realmente com o coração partido. Talvez este tenha sido o ponto mais baixo de sua

vida.

Não muito depois, Thomas voltou e trouxe

um copo d'água para ela.

"Depois de beber, vá dormir."

"Eu não consigo dormir."

"Você consegue, só precisa tentar parar de pensar no que aconteceu. A dor deve ser Sentida às vezes, ela faz parte do processo, mas você não deve permitir que ela te consuma "

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