Encontros in-esperados II

Jason

No dia seguinte Bruna me ligou cedo dizendo que viria me ver. Antes que ela chegasse aproveitei para correr um pouco na esteira, era impossível correr do lado de fora e fazia muito tempo desde a última vez que corri e precisava voltar a minha rotina de antes. Assim que terminei, tomei um banho e fui tomar café da manhã. Assim que levantei da mesa, Bruna apareceu.

Disse a ela que estava indo ao hospital ver meu amigo David e ela insistiu em ir comigo.

Chegamos lá e como todos me conhecem já me encaminharam direto ao quarto do David.

Moça: Senhor Freeman, como vai?

Jason: Estou bem, obrigado. O David, em que quarto está?

Moça: No 98

Jason: Obrigado.

Falei já saindo. Não gosto de muita intimidade com ninguém. Bruna disse que iria visitar uma amiga que estava internada e marquei com ela de encontrarmos na saída. Hoje não posso demorar, pois tenho que ir à empresa.

Passei muito tempo fora, tenho que ver como estão as coisas por lá. Nunca fiquei tanto tempo longe e as reuniões em videoconferência as vezes não são suficientes para esclarecer muitos assuntos, então a tarde teremos reunião com acionistas.

Segui para o quarto do David e encontrei ele dormindo.

Deixei-o quietinho, mas parece que ele sentiu a minha presença e foi acordando aos poucos, e de repente já estava animado brincando. Ele sempre falava muito de uma nova amiga a titia Lu. Mostrou os presentes que ela levou para ele e contou que todo dia ela ir ver ele pela manhã e a noite. Fiquei curioso pra saber quem é essa titia Lu. A única coisa que ele sabia dizer é que ela é muito legal e muito bonita.

Me dirigi a enfermeira e perguntei:

Jason: Quem é a titia Lu?

Enfermeira: Uma colega de trabalho, ela é nova aqui, mas já conquistou todo mundo.

Jason: Hum, pelo visto vocês se deram bem, não é?

David: Sim, titio. Você tem que conhecer ela. Ela é muito legal.

Jason: Tá bom. Vejo ela mais tarde.

Ficamos brincando e nisso entrou o médico dizendo que o David poderia ir para casa passar o Natal. Fiquei bastante surpreso, foi muito bom ouvir isso.

Dr: Tem toda uma restrição que deve ser seguida à risca, senão ele volta para o hospital antes mesmo do Papai Noel passar.

Jason: Tudo bem doutor, vou levar ele até o orfanato e passo todas as informações para o pessoal lá.

Dr: Tá ok. Qualquer coisa já tem meu contato é só ligar. O menino está liberado, é só assinar a alta e pode ir para casa.

Jason: Obrigado doutor.

Dr: Imagina, não tem o que agradecer.

Assim que saímos do quarto, o David começou a reclamar que queria se despedir da titia. Ela estava em horário de trabalho, mas ao chegar à recepção iria pedir para que ela fosse chamada para se despedir do David, mas não precisou, pois antes de pedir a recepcionista, o David gritou.

David: Titiaaa Lu, eu ganhei alta, vou para casa.

Quando olhei direito eu a reconheci... era a mulher mais perfeita que eu já tive em meus braços, ela estava cansada, ofegante, parecia que estava correndo uma maratona. Ela parou e me encarou e eu não pude