Capítulo 17

Enrico

Em primeiro momento eu queria apenas provocar a minha esposa, porque ela domina uma parte dentro de mim desconhecida, e se eu deixar fazer tudo o que quer assim como invadindo a minha reunião certamente em um futuro próximo eu ficaria sem controle algum, mas a ideia de provocar logo passou após eu olhar bem a criatura linda a minha frente, não era de se esperar outra coisa, ela fazia completamente o meu tipo na época. Isabella é totalmente diferente de Luísa, mas agora não desperta nada em mim, para falar a verdade tenho medo que nenhuma outra mulher desperte qualquer coisa em meu corpo, até porque o meu p4u já tem uma escolhida.

Em certo momento da reunião Isabella percebeu que eu lembrei quem ela era, e então abriu o primeiro botão da sua camisa social e deixou o colar amostra, infelizmente para ela isso não provocou sensações nenhuma em meu corpo, é como eu disse, parece que ele já escolheu uma dona.

Mas não deixo de lembrar algo do passado, algo que eu abandonei, não era para mim, assim como não era para ela, porque em pouco tempo foi isso que eu percebi ...

Mesmo sentindo o desconforto da minha esposa eu não pode deixar de fazê-la ficar irritada ainda mais, porque eu quero vê do que a minha esposa irritada é capaz. Ela me deixou irritado com a forma que tentava fazer com que eu tire a minha mão da sua cintura fina, a presença do Andrea no elevador me despertou algo que eu nunca pensei que fosse sentir, ciúmes.

Mas eu tratei de engolir esse sentimento de uma vez, nunca senti isso e agora eu preciso de foco, não posso deixar me envolver por todos esses sentimentos que querem de toda forma rasgar o meu peito e se fazer presente, não posso soltá-los.

– Como uma porr4 dessa foi acontecer? – Eu grito assim que chego em um de nossos galpões e avalio o estrago.

– Don, não conseguimos avisar a todos para sair – um soldado diz de cabeça baixa, nego balançando a cabeça exasperado.

– Não se deu bem Don – Andrea diz ao meu lado – Logo no seu primeiro dia como Don, temos várias mortes.

Eu estou com a porr4 do sangue quente e ele ainda vem debochar de mim? Sem que ele esperasse por essa minha atitude eu o soco, confesso que talvez isso tenha sido pelo modo como ele olhou para a coxa da minha esposa.

– Pessoas morreram Andrea – Eu digo o encarando furiosamente, o sangue escorre do seu nariz e do seus lábios agora partido, todos parecem esperar o que vai acontecer agora – Sei que essa porr4 é a máfia e que pessoas morrem todos os dias, mas implantaram uma bomba aqui na porr4 do seu território, mataram nossos soldados e você vem tripudiar ?

– Não foi isso – ele diz quando os soldados nos encaram, sabendo que perdeu um pouco de consideração da parte deles, na máfia é importante que você tenha aliados verdadeiros, para em um embate eles não fugirem e te deixarem na mão tomando bala de todos os lados.

– Cássio, quem estava no comando?– pergunto já imaginando a resposta.

– Capo Andrea senhor – ele diz e eu olho para Andrea.

– Você é filho de um conselheiro, se tornou capo e ainda não sabe dividir suas tarefas e ficar atento aos seus homens capo? – eu pergunto e ele continua me olhando Sei que estou tirando um pouco da sua autoridade, mas f0da-se estou com raiva – Cássio, envie um comunicado às famílias dos que morreram, daremos todos os suporte a eles.

– Sim senhor – Ele diz e sai com os outros, o meu avô finalmente vem até onde estamos.

– Vocês tem que trabalhar em conjunto – ele diz e eu pouco me importo sigo para o meu carro tenho que ir ao encontro do delegado de polícia.

– Não me peça para confiar em alguém que antes de dormir ora para que eu erre para tomar o meu lugar – eu digo sem olhar para o meu avô, paro de andar e me viro para o maldito capo – Não pense que isso vai acontecer Andrea, esteja ao meu lado, e não contra mim.

– Sou leal sempre Don – ele diz de modo firme – Não é porque o conselho...

– O seu pai– respondo irônico, porque o pai dele faz parte do conselho

– não é porque eles me querem no comando que eu também quero, não vou passar por cima da autoridade do meu Don, eu sei onde é o meu lugar – Ele diz olhando em meus olhos, mas se acredita que não vejo a inveja nele está enganado.

– Conserte a bagunça, mate quem fez isso conosco, e o principal ajude-os– aponto com o queixo para os soldados, nesse galpão ficavam principalmente os soldados que faziam mão de obra mexendo com nossa droga, muitos deles tinham esposas e filhos, precisamos ganhar a confiança deles de um modo diferente. – Vamos enfrentar uma guerra logo mais.

– Não se preocupe – ele diz se afastando indo fazer o seu trabalho.

– Tenha calma, paciência é uma virtude– o meu avô diz – Você quer o respeito deles, mas não pode ganhar isso fazendo com que Andréa tome a frente da situação filho, você que tem que está lá, se forem levantar uma casa, seja você a colocar o próximo tijolo.

Ele diz sabiamente indo para o seu carro que fica ao lado do meu, antes de entrar o meu avô me olha.

– Não, por favor não quero falar disso – Eu aviso antes que ele diga algo sobre o meu casamento.

– Tem uma batalha que só você pode enfrentar – Ele diz e eu concordo – A sua maior força vai vim de dentro do seu lar, Luísa será a sua base, não comece errado, a Isabella é filha da Donna, essa menina tem uma estória com a sua esposa, não se meta nisto Enrico, se você quer ter atitude de moleque e fazer ciúmes na sua esposa, faça qualquer coisa, só não com a Isabella, ou você perderá a sua esposa, e não pense que não vai sofrer as consequências se trair a rainha da máfia.

O meu avô tem razão sobre tudo, mas no momento preciso estar a frente nem que seja um pouco, Andréa e Cássio após eu ir falar pessoalmente com o Delegado que está na nossa folha de pagamento eu volto e eles me dizem que morreram cinco dos nossos homens todos com esposa e dois deles com filhos, fui conversar com elas pessoalmente, apesar de ser o Don eu não posso me envolver nisso porém eu fiz assim mesmo, quero me aproximar o máximo que eu puder.

O meu irmão construiu uma confiança e lealdade com os seus soldados que é admirável, e isso é muito importante, eu também penso da mesma maneira.

Exaustos pelo dia de hoje, já são por volta das seis da tarde quando eu finalmente vou para casa, no caminho vejo algumas pessoas passeando com cachorros, lembro que a minha esposa falou após a reunião terminar, ela disse que queria um, paro o carro e ligo para a minha secretária que me informa um novo meio de adoção de pet, eu peço para ela agilizar o processo porque eu preciso deles para agora, então ela me diz que a sua amiga está com uma “ninhada” e que procura gente para adotá-los, ela me passa o endereço mesmo sendo bastante longe eu vou até lá, afinal esse pode ser um jeito de pedir desculpas, sem precisar pedir desculpas.

Assim que eu chego eu vejo dois rottweiler que me olham com os olhos brilhantes, e que logo se engatam em minhas pernas, conversei com ela que ficou encantada que os dois ganharam um lar, por eles serem um cão de guarda e inadequados para “Família com crianças” ela encontrou dificuldades em encontrar quem queria eles.

Ah Luísa, eu sei que é difícil ficar com raiva de mim depois dessa, eu penso enquanto sorrio.

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Coitado, mal sabe ele para que propósito os cachorros seriam kkk

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