Capítulo 10

Luísa

Foi arriscado e uma atitude imatura? Foi.

Mas eu faria de novo? Sim com certeza.

Não lembro muito dos cochichos e dos olhares de repreensão de alguns, tudo oque se passa na minha mente até agora é a forma como o meu agora marido parecia me defender de uma forma feroz, eu não preciso saber leitura labial para entender que o meu marido me defendeu com fúria, e eu gostei de sentir o seu olhar queimando o meu corpo como brasa, gostei da forma como os pelos do meu corpo se eriçavam, da forma como o meu corpo parecia implorar por cada toque dele.

E depois da sua promessa do que terá em nossa lua de mel que eu não imaginava ter tão cedo o meu corpo ficou em chamas, durante a cerimônia e até na pequena festa que está acontecendo, o meu corpo parecia necessitar por cada toque seu, e ele parecia saber disso, pois fingia não querer me tocar, mas suas mãos traiçoeiras de uma forma ou de outra paravam em minha cintura ou quando estávamos sentados elas estacionavam em minhas coxas.

E eu ambicionava cada toque desejava que suas mãos cravassem em minha pele, e quando percebi que essa vontade de o ter estava tomando de conta do meu corpo resolvi tomar o controle da situação principalmente tendo os olhos de Andrea e Fran sobre nós o tempo todo.

- Acredito que o seu ex quase noivo não está gostando de ver que você é minha – o meu noivo diz me puxando para dançar, sei que fez isso somente para provocar Andréa, homem tem esse instinto escroto, essa necessidade em marcar território

- Se eu quisesse estar casada com ele era só estalar os dedos – eu digo lutando para não inalar o seu cheiro incrivelmente gostoso para um perfume amadeirado

- Você não quis e nunca vai querer Luísa, porque agora você é minha – ele diz circundando a minha cintura com força, oh Dio, eu sinto vontade de instigar a sua possessividade mais um pouco para que ele não tire as suas mãos enormes e quentes de mim.

-Ah Querido, ontem eu lhe mostrei como vai funcionar o nosso casamento, é só não vacilar comigo meu lindo marido – eu o provoco fazendo com que ele me aperte mais um pouco

- Ah Luísa eu não vou cair no seu joguinho, o mais importante querida não jogue comigo, você vai perder, até porque já esta louca para sentir o meu ... – ele não conclui porque o seu avô e antigo Don o chama eu respiro aliviada fazendo ele sorrir – assim que eu voltar da conversa com o meu avô vamos para o nosso quarto, vamos ver quem joga mais.

Ele diz em meu ouvido eu ofego surpresa e logo trato de disfarçar, cretino se acha que ganhou alguma coisa está muito enganado. Eu olho para os lados vendo o meu noivo se afastar e dou de cara com os olhos chateados de minha mãe que finge manter uma conversa animada com Felicia, porém hoje é o ‘meu dia’ e também não esqueci o que disse para mim, durante os meus vinte anos ela nunca tinha sido tão maldosa como foi me tratando daquele jeito, e eu vi que ela não estava preocupada comigo, percebi que a sua preocupação de fato era se iriam cancelar o casamento.

- Parabéns – Fran diz ao meu lado tentando disfarçar ao máximo o seu veneno enquanto sorve um gole de champanhe da sua taça – Deveria ter adivinhado que para o seu pai ter recusado várias tentativas de Andréa para se casar com você tinha algo maior por trás disso, afinal de contas, sempre o melhor para a princesinha do Don.

- Sempre, e apenas me agradeça querida –sorrio para ela também debochada – Agora não sou a princesinha Da máfia, eu sou a rainha. – Eu digo piscando para ela que me olha como se quisesse me fuzilar, porém não dou tempo para que puxe uma arma da sua bolsa e me ataque, vai saber. Me afasto dali e no caminho cruzo com a minha melhor amiga que depois de conversarmos pelo menos umas duas horas no telefone ela entendeu tudo e disse o quanto eu sou felizarda por ter casado com o chefão gostoso.

- A cobra já estava despejando o seu veneno por aí – Grazi diz e eu confirmo sutilmente – O noivo dela é uma delícia apesar de ser um babaca, não sei por que ela não perde o tempo montando nele ao invés de sair por aí invejando o que é dos outros.

- E por que você não está montada em alguém? – pergunto sorrindo ela gargalha atraindo atenção para nós, inclusive do meu noivo que me olha com seus olhos azuis intensos semelhante a um mar revolto, carregado de promessas.

-Eu vou depois de você subir para o seu quarto para perder esse – eu coloco a mão em sua boca rapidamente – eu não ia falar nada demais- ela reclama assim que eu tiro as mãos de sua boca – o Don te olha como se quisesse te deixar nua.

- Impressão sua – eu digo sentindo as minhas bochechas arderem, ela tem razão, porque é assim que eu me sinto quando estou sobe o olhar do Don

- Podemos conversar Luísa? – a minha mãe diz quando se aproxima eu apenas balanço a cabeça que sim, ela olha Grazi como se pudesse enxotá-la – sozinhas.

- Mãe por favor, pode falar – eu falo ainda magoada com ela que respira fundo

-E se vai ensinar alguma coisa sobre sexo, não se preocupe – Grazi diz me fazendo desejar lhe dar um beliscão principalmente com a cara que a minha mãe faz.

- Luísa, você? – minha mãe pergunta branca como um papel.

- Claro que sou mãe, o que Grazi quer dizer é que ela já me deu umas dicas, não se preocupe – eu digo a fim de encerrar essa conversa constrangedora e minha mãe concorda.

- Se você não fosse tão apressada em três meses iriamos entrar com o anticoncepcional – minha mãe começa e eu luto para não revirar os olhos – mas o que eu ouvir por ai, fez até bem não ter começado o uso da pílula, Enrico vai precisar ser pai em no máximo três meses você tem que engravidar, os anciões, não estão muito contentes com ele ter assumido tão repentinamente.

Eu olho para enrico assustada, ele franze o cenho e olha para a minha mãe com fúria, porém eu logo trato de sorrir para que ele não fique com ainda mais raiva de dona Giovanna, eu não sei oque pensar sobre isso, até porque eu nunca pensei em filhos, não agora, e pelo modo de vida que o meu marido levava eu duvido muito que queira um bebê também. Droga não bastava um casamento forçado, agora vão querer nos obrigar a ter um bebê também?

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