essa façanha tem nome e sobrenome

Capítulo 20

Essa façanha tem nome e sobrenome.

Richard - Tenho sentindo tanta saudade da Ana que chega a doer!

Penso em tudo que Pedro e Lorenzo me disseram e se eu realmente estiver deixando escapar a minha felicidade e se Ana realmente for a mulher da minha vida, a mulher que a vida escolheu para ser minha esposa e mãe dos meus filhos.

Porra Richard, você nunca pensou em esposa e filhos, como surgiu esse pensamento.

Sempre tive firme em meus pensamentos que felicidade é sermos livres para fazer o que quiser da vida, mas confesso que ver Lorenzo e Pedro falando de como estão felizes e como estou me sentindo, começo a duvidar de que minha convicção esteja certa.

Se ser livre é sentir o que estou sentindo, eu começo a duvidar que essa liberdade traga felicidade.

Preciso tomar uma decisão, que raios, minha vida era tão boa, por que não posso simplesmente tirar ela dos meus pensamentos e voltar a ser o Richard que eu era antes?

Já nem sei quanto tempo faz que não vou à boate, não transo nem sei há quanto tempo, pois é, eu Richard o playboy que não passava duas noites seguidas sem transar, agora estou a míngua e essa façanha tem nome e sobrenome, se chama Ana Beatriz Müller.

Porque tenho que sonhar com ela quase todas as noites e sentir falta dos beijos dela, do cheiro dela?

Pego o telefone e ligo para ela, preciso urgentemente ver ela, tocar nela, sentir seu cheiro.

Toca várias vezes e ela não atende, ligo novamente e mais uma vez ela não atende, ligo pela terceira vez e ela desligou o telefone.

"Esse telefone encontrasse fora de área de cobertura ou desligado."

Isso nada mais é do que um recado dela dizendo, não quero falar com você!

Me sinto com o ego ferido, nunca uma mulher me rejeitou assim, mas tenho que levar em conta de que ela não é o tipo de mulher das quais eu estava acostumado, talvez por isso nunca fui rejeitado antes, mas de qualquer forma a sensação é ruim.

Ana, Ana, pequena feiticeira, enfeitiçou meu coração de tal forma que não me reconheço mais.

Já não sou nem sombra do Richard de antes.

Ana - Estou no escritório na confeitaria e meu telefone toca, e meu coração dispara quando vejo quem é o interlocutor, deixo tocar até cair, na esperança que não ligue de novo, mas o telefone toca novamente e me sinto tentada a atender, por sorte minha razão me chama para realidade, então deixo tocar novamente até cair e quando cai me apresso em desligar o celular para não correr o risco de cair em tentação.

O que será que Richard quer comigo, ele não acha que já se divertiu o suficiente!

Rio do meu pensamento! É claro que não, ele não conseguiu o que queria e parece que não vai desistir tão fácil assim!

Volto a focar no trabalho, mas fica quase impossível retomar os cálculos novamente!

O que ele quer comigo, por que está me ligando?

Será que eu deveria ter atendido ele?

Claro que não Ana, você fez o certo em não atendê-lo! Tento me convencer de que fiz o certo.

Então levanto e vou tomar um café, procuro pensar em outras coisas e afastar Richard da minha cabeça, tomo meu café como alguns biscoitos e volto para o escritório, preciso me concentrar no meu trabalho.

Pego alguns papéis que preciso ler e foco na leitura, os cálculos vão ter que ficar para amanhã, não posso fazer cálculos errados.

Droga, não posso deixar problemas pessoais interferir no meu trabalho, fico irritada comigo mesma!

Porque Richard tem o dom de aparecer e bagunçar tudo.

Já está me pondo louco

Richard - Faz uma semana que ligo para Ana todos os dias e ela ignora todas às vezes, já está me pondo maluco!

Preciso que ela me escute, quero muito falar com ela e se tiver que namorar ela para acabar com essa agonia que estou sentindo, então que seja, eu preciso dela e não posso mais mentir para mim mesmo, eu estou louco por ela, estou apaixonado por Ana e não tenho mais como negar isso e quero que ela saiba disso!

Não aguento mais sonhar com Ana quase todas as noites e acordar e não ter ela para fazer o que fazíamos no sonho!

Até minha relação no trabalho está afetando, ando de mau-humor e todos estão estranhando, pois estou sempre de bom humor.

Sem falar relações sexuais das quais eu estava acostumado, alguns dias atrás mesmo, chamei uma das garotas e simplesmente não fluía, eu queria desesperadamente transar, mas meu corpo não reagia à garota de jeito nenhum!

Só consegui finalmente transar quando comecei a pensar em Ana e imaginar que era ela que estava ali!

Tá virando obsessão, eu sei! Mas o que fazer se ela me enfeitiçou com aquele sorriso doce e aquele corpo de mulher fatal.

Depois desse dia eu não procurei por mais ninguém, meu corpo não quer mais ninguém, meu coração não quer mais ninguém, tudo em mim só quer Ana.

Hoje vou à confeitaria e ela não vai escapar, quero falar com ela e vou falar, ela querendo ou não!

Largo tudo que estou fazendo na empresa e aviso minha secretária que cancele tudo que tem para o resto da tarde, porque não volto mais, ela tenta dizer que tenho uma reunião daqui a duas horas e eu sei disso, mas se eu enfrentar essa reunião do jeito que estou provavelmente vou fazer um Péssimo negócio, então o melhor é remarcar, sei que eles não vão gostar, mas fodasse!

Eu preciso acalmar meu coração e só vou conseguir isso se eu ver a Ana e é isso que vou fazer agora!

Saio da empresa direto para o estacionamento, entro no carro e saio com pressa! Sim, estou com muita pressa de ver a baixinha mais linda que meus olhos já viram.

Não sei se é porque estou ansioso, mas o trânsito hoje, não está colaborando, sabe aquele ditado que diz, parece que quanto mais pressa mais demora, então, é exatamente isso hoje!

Estaciono em frente a confeitaria e entro já procurando por ela com os olhos e para minha infelicidade não a vejo!

Vou até o balcão

Olá dona Lúcia, tudo bem com a senhora?

— Oi, Richard!

Que bom ver você aqui! Tem alguma coisa que eu possa fazer por você?

— Quero um pedaço do seu rocambole de Nutella com pasta de amendoim e aquele maravilhoso cappuccino!

— Você gostou mesmo desse rocambole em?

— Sim, é ótimo mesmo!

E o seu talismã, não está aqui hoje?

— Sim, está, sim, está no escritório, ela já deu sua mãozinha aqui e foi terminar uns trabalhos para ir para casa.

— Hum, entendi!

Vou aguardar na mesa minhas delícias.

— Tudo bem, meu filho, vai lá que já levo seu lanche!

— Tudo bem dona Lúcia, obrigada!

Vou para uma mesa que fica um pouco afastada, mas de frente para a porta onde Ana tem que sair.

Hoje ela vai ter que falar comigo!

Vem uma garçonete me trazer o meu pedido com um sorriso insinuoso, praticamente coloca os peitos na minha cara!

Ignoro totalmente a moça que sai desapontada.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***