Desculpa pelo jeito da minha mãe!

Capítulo 16

Desculpa pelo jeito da minha mãe!

Vanda varela - Boa noite filho!

Não vai apresentar a moça?

Richard - Oi mãe, o que está fazendo aqui?

— O mesmo que você, seu pai e eu viemos jantar!

Ramiro- Oi filho!

— Oi pai.

Ana, essa é minha mãe vanda e meu pai Ramiro.

Ana- Boa noite senhora Vanda e senhor Ramiro, prazer em conhecê-los, sou uma amiga do Richard.

A mulher me olha de cima a baixo e o olhar dela me incomoda.

— Prazer.

Ramiro- Bom aproveita o jantar filho

Richard acena com a cabeça e volta seu olhar para mim.

— Desculpa pelo jeito da minha mãe.

— Tudo bem, Richard!

O que ouve com seu pai, ele me parece um homem novo, por que está usando aquela bengala?

— Meu pai teve um acidente vascular e ficou com algumas sequelas.

— Sinto muito!

— Tudo bem, ele já está bem melhor agora.

Terminamos o jantar e ela diz que já está na sua hora.

Então levanto e vou até ela ajudando a levantar.

A seguro pela mão e saímos do restaurante.

Entramos no carro e pergunto: podemos nos ver amanhã?

— Eu não sei Richard, me diz você! Porque é você que quando está comigo diz uma coisa e depois faz outra diferente!

— Respiro fundo, sei que ela tem razão e claro que ela não deixaria passar

— Eu sei, Ana, você tem razão.

Você pode me dar um voto de confiança?

Ela me olha com desconfiança e assente com a cabeça?

Então ligo o carro e dou partida, quando chegamos em frente a casa dela eu desligo o carro e ela me olha nos olhos, ficamos assim por alguns segundos, até que ela diz:

— Tchau Richard e obrigada pelo jantar e pela carona!

Levo a mão na porta para abrir e escuto Richard me chamar.

— Ana!

— Volto o olhar para ele, esperando que ele fale, mas o que ele fala me arrepia da ponta do dedo até o último fio de cabelo.

— Posso beijar você?

— Engulo em seco, porque meu cérebro diz não, mas todo o resto quer desesperadamente esse beijo.

Então mando meu cérebro as favas e digo, sim!

Ele se aproxima de vagar e antes dele me tocar já estou tremendo, até que ele segura meu rosto com as duas mãos coloca os lábios nos meus bem devagar, uma das mãos vai para minha nuca e o beijo que começou casto, lento e delicado ganha força, se torna cheio de desejo e desesperado, sinto uma das mãos dele ir para minha cintura e me puxar, quando dou por mim estou no colo dele, derretendo, de tanto calor em meu corpo, um calor insuportável entre as minhas pernas e só me dou conta da situação em que estou quando ouvimos bater no vidro do carro e para meu azar é a incherida da minha prima que agora com certeza vai me infernizar.

Saio do colo dele rapidamente, sento no banco tentando recuperar a compostura, e olho para ele irritada, mas não digo nada, porque tenho tanta culpa quanto ele, abro a porta do carro e saio.

Claro que Lídia não deixaria passar, vem logo atrás de mim.

— Olha a santinha mostrando as garrinhas, quem é o boy? Você deixou ele mal sabia?

Acho até que vou voltar lá e me oferecer para ajudá-lo.

— Paro de andar e olho para ela com toda a raiva acumulada, raiva de mim por ser tão fraca, raiva do Richard por ser um aproveitador e raiva dessa lacraia de saia que só sabe infernizar minha vida.

Lídia, se você não calar essa boca e agora mesmo e sair do meu caminho, não vai sobrar um só dente Inteiro nessa boca para você achar graça de nada, então não me provoque e suma da minha vista!

Ela põe a mão na boca, temendo a ameaça.

— Tá bom, priminha, calminha aí, já estou saindo.

— Que ódio! De todas as pessoas desse mundo que poderiam ter visto essa cena, tinha que ser justo a Lídia.

Subo correndo para meu quarto, e corro para o chuveiro, ainda tenho no meu corpo a sensação das mãos dele me puxando mais para ele, o membro rígido dele por dentro das calças forçando em mim que a essa altura estava só com a calcinha no colo dele, pois o vestido era soltinho e se abriu conforme montei nele.

Meu rosto aquece com a lembrança da cena, que vergonha, Ana, você poderia ser mais atirada do que isso? Meu rosto parece pegar fogo.

O que ele vai pensar de você? Que você é exatamente aquilo que disse a ele que não seria, mais uma garota fácil querendo a cama dele.

Que ódio que estou de mim, sapateio em baixo do chuveiro de tanta raiva e frustração.

E agora! Como você olha para ele de novo em? Sua idiota!

Deixo a água cair sobre mim por tanto tempo que quando saio do banho estou com minhas mãos murchas e isso tudo na tentativa de limpar da minha mente a vergonha e a decepção que estou sentindo de mim mesma e também na esperança que todas as sensações que o corpo e o beijo dele deixaram em mim desapareçam.

Claro que foi inútil, tanto uma coisa, quanto a outra e estou me odiando por isso, me odiando porque disse para ele que não seria mais uma na lista dele, mas se Lídia não batesse naquele momento eu teria quebrado minha palavra e o pior perder a virgindade em um carro, tem coisa mais constrangedora?

Richard - Alguém bateu no vidro do carro, tirando eu e Ana do estado de êxtase que nos encontrávamos, eu nunca desejei tanto uma mulher como estou desejando a Ana, o beijo dela me enlouquece, o cheiro dela me alucina, não consigo entender o poder que ela tem sobre mim!

Ela sai ofegante de cima de mim, me deixando com uma sensação de vazio e uma enorme ereção, ela puxa a respiração algumas vezes e levanta o olhar para mim e tinha indignação em seu olhar, só então me dei conta que posso ter ferrado com tudo.

Não sei o que dizer, não vem uma só palavra em minha boca, fico olhando para ela que abre a porta do carro e sai como um furacão.

A pessoa que bateu no vidro sai atrás dela e eu fico ali parado tentando alinhar meu corpo com meus pensamentos.

Saio dali e vou para casa, preciso de um banho gelado, eu poderia ir para a boate e pegar uma das garotas que estou acostumado, mas não quero fazer isso, quero curtir por mais tempo o gosto dela, o cheiro dela, a sensação que o corpo dela deixou em mim.

Chego em casa e vou direto para o chuveiro, a lembrança dela montada em mim, esfregando sua intimidade coberta só por uma pequena calcinha me deixa tão duro que chega doer, estou louco de desejo por essa mulher, fecho os olhos e cenas do tempo que estive com ela hoje enchem minha mente, a maneira como ela me ignorou na casa do Lorenzo mexeu muito comigo, me doeu, me deixou louco, o beijo que damos no carro as palavras duras dela.

Não posso negar que ela sabe se impor.

O que essa garota tem que me chama tanto a atenção, o que ela está fazendo com minha cabeça?

Não sei o que está doendo mais se é a necessidade dela ou a água gelada no meu corpo, desligo o chuveiro e me seco, enrolo a toalha na cintura e vou até o closet, pego uma calça de abrigo bem folgada visto e desço a escada para tomar um suco, quando chego na sala e minha mãe está sentada no sofá e antes mesmo dela abrir a boca eu já me arrependi de ter decidido.

Finjo que não a vejo e vou direto para cozinha.

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